" APROFUNDE-SE E PREVINA-SE DAS ESTRATÉGIAS SATÂNICAS ATRAVÉS DO MOVIMENTO NEW AGE " Parte 2

10/11/2011 08:29

 

A Nova Era – Parte 2

 

A Educação Segundo A Nova Era

 

Umas das marcas que a última década do século XX apresenta, é a explosão e divulgação do famigerado movimento da Nova Era (New Age). Este movimento tem ocupado um grande nos meios de comunicação. Ao mesmo tempo, muitos se têm envolvido com este movimento, duma forma direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente.

Sem dúvidas, que as reflexões – críticas feitas nos meios evangélicos são de vital importância, pois, tem havido uma abordagem exclusivamente religiosa e bíblica. Mas, cremos ser de vital importância, conhecermos e refletirmos noutras áreas, nas quais este movimento tem apresentado as suas idéias.

movimento da Nova Era não é uma seita, não é uma religião, um grupo político, etc., este movimento é uma cultura, uma filosofia de vida, ou ainda uma "contra-cultura", que está penetrando nas mais diferentes áreas da sociedade, instituições, disciplinas do saber, etc. Por isso, confrontar a Nova Era não é uma tarefa fácil, mas é desafiadora e empolgante. Desta forma, nos propomos neste artigo apresentar o pensamento da Nova Era a respeito de Educação e assim os leitores poderão extrair as suas conclusões e formar o seu pensamento crítico.

Para a Nova Era as crises do nosso tempo "são o impulso de que necessita a revolução ora em marcha" (Fergunson, p. 25), assim devemos aderir à nova idéia, ao "novo paradigma", descartando totalmente aquilo que nos foi dado, pois "o novo paradigma é mais produtivo que o antigo (...). O problema é que não se pode aderir à nova idéia sem se descartar da antiga (...) a mudança deve ocorrer dum só vez" (Fergunson, p. 27). Desta forma devemos descobrir as "novas fontes do conhecimento, de eficiência e criatividade" (Fergunson, p. 265). Pois, "todos os fracassos da educação, como uma febre, indicam uma profunda luta pela saúde. O objetivo da Conspiração Aquariana é um diagnóstico tranqüilo dessa doença – tornar claro que uma síntese é necessária – uma mudança de paradigma, e não uma modificação pendular. "(Fergunson, p. 267). Segundo Marilyn Fergunson, esta mudança de paradigma já se encontra em ação em milhares de professores, consultores, psicólogos educacionais, conselheiros, administradores, pesquisadores e membros do corpo docente de faculdades de pedagogia, e assim alcançar a almejada "transformação pessoal".

A características central, ou se podemos chamar de "coluna vertebral" da educação da Nova Era, está ligada a "uma constelação de técnicas e conceitos por vezes designada como educação transpessoal. O nome deriva de um ramo da psicologia que enfoca as capacidades transcendentes dos seres humanos. Na educação transpessoal, o aluno é encorajado a estar atento e autônomo, indagar, explorar todos os cantos e frestas da experiência consciente, procurar significado, testar os limites exteriores verificar as fronteiras e as profundidades do próprio eu... A experiência transpessoal visa a um novo tipo de aluno e um novo tipo de sociedade. Além da autoaceitação, ela promove a autotrancendência... A educação transpessoal é mais humana do que a educação tradicional... ela se propõe a ajudar a transcendência e não a fornecer meras habilidades de ajustamento,... é o processo de expor as pessoas ao mistério que existe nelas" (Fergunson, p. 271-273 grifos da autora)

O uso da psicologia transpessoal para esta educação é aliada a "sabedoria oriental" (entenda-se misticismo-ocultismo), pois para a Nova Era a paz procurada pelo homem moderno, é produto direto e proporcional ao grau de consciência atingido e que pode ser desenvolvido através da experiência da vida, ou por especializados. A educação transpessoal é adquirida através de outros estados de consciência, pois a "realidade vivida, (...) em estado de consciência de vigília é diferente da realidade vivenciada em estado de consciência transpessoal ou em estado de devaneio... A educação do futuro será uma cosmoeducação que levará em conta a possibilidade de ajudar o homem a entrar em estado de "superconsciência" (Weil, p. 143-144, grifos do autor). Posto isso, observando que para a Nova Era é possível "outro" tipo de conhecimento, pois seus expositores declaram que "a mente recebe mensagens de todo o universo e em que há possibilidade de um campo energético de natureza desconhecida se deslocar instantaneamente para qualquer ponto do cosmo" (Weil, p. 143), e este conhecimento é tão verdadeiro quanto é num estado de consciência de vigília. Sabemos que, um dos métodos que é usado para levar alunos a assimilarem as idéias novas sem resistência, é mediante o relaxamento e visualização, levando as crianças a um estado de vigilância chamado Alfa. Num estado de vigilância normal, a atividade elétrica cortiçal se processa num ritmo de 15 a 35 ciclos por segundo, e o indivíduo se encontra em condições de fazer uma análise criteriosa do que vê e ouve, assimilando o que considera certo e rejeitando o que considera errado. Em estado de completa reflexão, a atividade elétrica cortiçal se processa num ritmo de 8 a 12 ciclos por segundo, o que corresponde ao ritmo alfa. Neste estado, o indivíduo retém automaticamente as informações, e sofre uma perda da crítica, que o permitiria rejeitar idéias que considera erradas. Mas, para o "novo paradigma" este estado de "superconsciência" é necessário, pois, "até que os modernos educadores comecem a admitir a possibilidade de que existam unidades centrais no homem que jazem sob o mecanismo tangível, e admitam, também, a possibilidade de uma casa-de-força central de energia por trás da mente, o progresso na educação estará relativamente estacionário; a criança não receberá o treinamento inicial, nem as idéias fundamentais que a capacidade a ser humano inteligente, autodirigido". (Bailey, p. 47)

Para uma nova era precisamos de um novo currículo e assim alcançaremos a educação transpessoal. O que propõe o movimento Nova Era?. Segundo a Nova Era, já está colocado em prática esta sendo colocada em prática esta educação, mas o medo permeia o ambiente onde se intenta aplicar este novo currículo, por isso é recomendado manter aquilo que funciona, e procurar soluções novas enfrentando as necessidade que se encontram na frente, para isso. "Use métodos naturais para abrandar energias superativas: ioga, meditações, massagens, movimentos, nutrição (...) aprenda como conduzir atividades de concentração, meditação em grupo e técnicas de relaxamento", mesmo levando em considerações alguns componentes do currículo determinado por lei, o educador da Nova era deve integrar "muitos assuntos acadêmicos com atividades do ‘cérebro direito’ (música, ginástica, artes, estímulo sensorial) ou os apresentam dramaticamente, como na encenação de julgamentos históricos de modo a fazer os estudantes pensarem sobre o assunto com interesse e vigor renovado. O estudante vivenciam outros períodos históricos e outras culturas, organizando feiras e festivais, aprendendo a música e as artes de outras épocas e lugares". Neste processo "os estados alterados da consciência são levados a sério: exercícios de ‘centralização’, meditação relaxamento e fantasia são utilizados para que se mantenham abertos os caminhos intuitivos e o aprendizados com todo o cérebro. Os estudantes são estimulados a ‘entrar em sintonia’, imaginar, identificar a sensação especial de experiências excepcionais. Há técnicas para encorajar a percepção do corpo: respiração, relaxamento, ioga, movimento, biofeedback. "Para o movimento Nova Era a ambição do novo currículo é a autonomia, baseada na convicção de que, "para que nossos filhos sejam livres, eles devem libertar-se até de nós mesmo – de nossas crenças limitadoras e gastos e hábitos adquiridos. Por vezes, isso significa ensinar com vistas a uma rebelião saudável e apropriada, e não ao conformismo. A maturidade traz consigo uma moralidade que se deriva do interior do indivíduo e não da mera obediência aos padrões culturais". (cf. Fergunson, p. 297-300).

Outros exponentes deste movimento têm elaborado e criado um estilo pedagógico nesta nova perspectiva da educação, tais como: Alice Bailey e Rudolf Steiner (Pedagogia Waldorf). Em ambos a ênfase é orientação mística, exercícios de meditação, esoterismo-ocultismo, astrologia, etc.

Concluindo, torna-se preocupante o avanço do movimento da Nova Era, especialmente ao observar que a educação não podia escapar dos seus objetivos. Aqui as nossas crianças poderão ser ensinadas e preparadas para o amanhã. E este amanha poderá ser no estilo da Nova Era ou no estilo cristão. Cabe as nossas Igrejas reagirem com maior ênfase a este "furacão de doutrinas", senão amanhã teremos que lamentar. Sem dúvidas que muitos recursos nós temos: espaço, tempo financeiro, profissionais especializados, etc. Talvez o que falte é disposição, sacrifício para instaurarmos uma NOVA ERA COM CRISTO e não permitirmos o avanço deste movimento que cada dia se enraíza mais e mais no meio da sociedade brasileira.

Bibliografia

BAILEY, Alice A Educação na Nova Era. Lucis Press, Londres.1989.170p.

BRANDÃO, Denis M. S. O Novo Paradigma Holístico. Ciência, Filosofia, Arte e Mística. São Paulo, Sammus, 1991, 160 p

FERGUNSON, Marilyn. A Conspiração Aquariana. Transformações Pessoais e Sociais nos anos 80. 5ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Record. C1980.411 p.

WEIL, Pierre. Semente Para Uma Nova Era. Um Livro de Emergência Para Uma Situação de Emergência. 2a ed. Petrópolis, Ed. Vozes, 1986. 192 p.

UNRUH, Peter. Nova Era. Curitiba. Apostila não publicada

New Age. São Paulo. Revista nº 1 Agosto/91

 

A Nova Ordem Mundial Segundo A Nova Era

 

A Literatura da nova era prevê um mundo de paz e harmonia. As crises mundiais e degradação da sociedade é o ponto de apoio para a Nova insurgir com uma mensagem de esperança, de paz, de transformação que parte do indivíduo. Incentiva-se uma união em trono de projetos que viabilizem esta "unidade mundial" e a concretizem. Nesta "idade de ouro" que surgirá "ELE", mas para isto "terá que desaparecer nossa atual civilização". (...) O primeiro passo será a emergência, da humanidade, da morte de sua civilização, de suas antigas idéias e modos de viver, do abandono de suas metas materialista e de seu detestável egoísmo, do seu progresso em direção à clara luz da ressurreição". (Bailey A O Reaparecimento do Cristo, p. 21). A Nova Era exige:" (...) abertura de todas as fronteiras e criação de um sistema monetário único" (Weil, P. 78)

O 1º Congresso Holístico Internacional e Iº Congresso Holístico Brasileiro, ocorridos em Brasília de 26 a 29 de Março de 1987, promulgou um manifesto conhecido como a "Carta de Brasileira", onde é apresentada uma síntese do encontro. Num dos seu pontos o documento indica que:

Uma nova civilização está nascendo, uma mutação de consciência está em curso. Ela se traduz pelo progressivo reconhecimento mundial da visão holística, que estabelece pontes sobre todas as fronteiras do conhecimento humano, resgatando o amor essencial como base da vinculação entre todos os viventes. (Brandão D. p. 156).

Um dos palestrantes deste congresso falando à respeito: "Em Direção A Uma Nova Ordem Mundial" afirma que:

(...) Autocompreensão e autoconhecimento é o que há de mais importante para a felicidade e a paz de toda a humanidade.

Somente uma ordem mundial que seja construída sobre essa compreensão, da profunda natureza humana, pode trazer um estado permanente de paz. (...) Aquilo de que mais necessitamos é desenvolver essa capacidade de autoconsciência e, compreendendo e analisando nossa própria natureza, criar uma ordem e um relacionamento baseado nesse sentido de unidade, e não na ilusão das diferenças. (Brandão, D, p.145)

Neste mesmo Congresso o arquiteto Maurício André, brasileiro, apresentou a palestra: "Constituição Planetária" que visa esta Nova Ordem Mundial. A seguir alguns pontos-chaves da palestra e que serve ao objetivo deste trabalho.

"A Constituição para a Federação da Terra foi formulada por uma Assembléia Constituinte Mundial reunida na Áustria e composta de 135 participantes de 25 países".

O anteprojeto de Constituição para a Federação do Planeta Terra "apresenta a visão de que nos encontramos no limiar de uma era de paz, prosperidade, justiça e harmonia (...). (...) Alinham-se argumentos que ambas esta iniciativa tomada por cidadão do mundo, decididos a dar os primeiros passos para o estabelecimento de uma federação planetária. (...)

A consciência" da interdependência dos povos e das nações..!!

A consciência de que "o abuso da ciência e da tecnologia vem

colocando a humanidade à beira da catástrofe ecológico e social e do desastre através de armamentismo" (...)

3."A humanidade é Una, apesar da existência de diversas nações, credos, ideologias e culturas" (...)

4."Que o princípio da unidade na diversidade é a base para uma nova era na qual a guerra será banida e a paz prevalecerá".

Esta constituição é um exercício que "propõe formas concretas para o funcionamento de um governo mundial" e no geral apresenta: "as funções, a estrutura básica, os poderes, os órgãos e princípios diretivos do governo mundial. Prevê a estrutura do Parlamento, do Executivo, da administração e do Judiciário, o "ombudsman" mundial, além do sistema de vigilância e do complexo integrativo".

Finalmente, "os grupos ou países que não desejassem enquadrar-se nas diretrizes do governo mundial continuariam vivendo em reservas ou territórios fora do domínio deste governo, desde que era sua extensão não fosse significativa na superfície total do planeta".

 

A Mensagem Central Da Nova Era

 

Uma das ênfases do movimento Nova Era que cativa a um grande número de adeptos é a pregação do potencial humano. Anuncia-se que o homem está em condições de sair do estado de coisas em que se encontra e que isto não está acontecendo por mera ignorância. O homem precisa descobrir-se, iniciar um autoconhecimento para transformar a situação caótica em que vive a humanidade. O indivíduo que inicia este processo de autoconhecimento é incentivado a unir-se aos grupos já existentes para levar a humanidade a um estado de fraternidade universal, de paz e harmonia. Numa sociedade envolvida no desespero esta é uma mensagem que desperta a esperança e motiva e envolvimento com movimento newageriano.

Na infinidade da vida onde estou tudo é perfeito pleno e completo. Acredito num poder muito maior do que eu, que flui através de mim cada momento de cada dia. Abro-me a sabedoria interior sabendo que existe apenas uma inteligência neste Universo. Confio neste Poder e nesta Inteligência, sabendo que tudo que precisa vem a mim na hora no espaço e freqüência certa. Tudo esta bem no meu mundo. (Louves L. Ha, in. New Age Informátivo, p. 16)

É este despertar do "potencial humano que tem provocado uma avalanche de instituições e cursos que ensinam a despertar e usar as capacidades do ser humano em benefício da sua paz, prosperidade. Esta instituições declaram os seus objetivos indicando que desejam:

Explorar o equilíbrio dinâmico que aparentemente unifica valores opostos: o Oriente e o Ocidente, o antigo e o moderno...Acreditamos na liberdade das pessoas em traçarem o rumo de suas próprias vidas em uma aventura sem limites.... Convidamos você a se unir a nós nessa viagem de descobrimento, cujo ponto de origem está em qualquer lugar e cujo objetivo é infinito... O objetivo da Fundação das Novas Dimensões é "comunicar a visão e as infinitas possibilidades do potencial humano...usar os meios de comunicação para apresentar novas idéias, novas escolhas, novas opções, novas soluções...para promover mais comunicação sobre a natureza da mudança pessoal e social". (Fergunson, M. p. 12-124).

O Centro de Esalen é uma das instituições que tem exercido grande influência no mundo todo. É um centro propagador do "desenvolvimento do potencial humano". Foi dali que saiu Carlos Castañeda, conhecido nos anos 70 por seus livros de natureza eminentemente oculistas, como a "Erva do Diabo" por exemplo, no qual narrava suas experiências com bruxos mexicanos e drogas alucinógenas. (Cf. Revista Kerigma, Jan/Fev 1992, p. 16-17).

Outro nome ligado ao Centro de Esalen é Timothy Leary, ex-guru dos hippies e militantes em favor do uso do LSD (ácido lisérgico) e considerando pelo FBI como "o homem mais perigoso do mundo". Leary esteve no Brasil no encontro promovido nos dias 10 a 14 de março de 1992, em São Paulo, no Hotel Maksoud Plaza, pela ordem hermética "Aurora Dourada", criada há cem anos na Inglaterra e instalada só há dois anos no Brasil. A tentativa deste encontro era "fazer discípulos" visto que Brasil carece de "magos". Segundo a organizadora do evento, "cada um é responsável por melhorar sua vida. Se eu melhoro minha vida, minha espiritualidade, automaticamente contribuo para um mundo melhor". (Cf. folha de São Paulo, "Magos da Nova era Tentam fazer discípulos no Brasil, 10/03/1992.

Esta pregação tem cruzado as fronteiras sócias, religiosas e filosóficas, a Nova Era é suficientemente ampla e feral para caberem dentro de si todo tipo de pessoas sem importunar-se com idade, religiões e níveis sócio-econômico-culturais. O comportamento humano, com esta mensagem do "potencial humano" se tem modificado radicalmente, é um surgir de palestras, cursos, atividades esotéricas, ciências ocultas, bruxarias, etc., isto uma nova "religião", a "religião do deus interior". "O Psicossociólogo Daniel Yankelovich..faz uma análise acurada da mudança que se caracteriza essencialmente por um fato novo: a procura da autorealização. Oitenta por cento da população (EUA) estão empenhados de uma maneira ou outra neste trabalho. Acham uma evolução pessoal é importante na sua vida e dizem trabalhar arduamente nisto. Procuram Ter novas experiências, participar de grupos de "autodescoberta". (Weil, Pierre. P. 110)

Em 1976, uma coalizão de deputados estaduais, congressistas e cidadãos formam nos EUA uma organização de âmbito estadual chamada de "A autodeterminação,

A Autodeterminação propõe uma alternativa prática e vigorosa ao cetismo: uma mudança de nós mesmos e da sociedade pela transformação do mito mais básico pelo qual temos vivido – presupostos sobre nossa natureza e potencial... a libertação do corpo, da mente e dos sentimentos de cada indivíduo. Há, literalmente, milhões de pessoas dizendo: ‘Quero ser quem eu sou e quero ser completo’. (Fergunson, M. p. 219-221, grifos meus)  Para a Nova Era o homem precisa descobrir as forças interiores dormentes, que segundo o movimento, negadas ao longo da vida. A idéia é despertar e descobrir que o ser humano carrega consigo mesmo a saúde e doença, prosperidade e insucesso, crescimento e estagnação, etc. Desta forma como ensina Louise L. Hay, "os padrões de nossos pensamento são responsáveis por doenças, saúde, sucesso e insucesso", assim que o homem é vítima de si mesmo, pelo uso inadequado de seus pensamentos e energia, como observa Perl, F. ‘estamos usando a maior parte de nossa e energia para jogos autodestrutivos, para jogos auto-impedidores!...e nos impedimos de crescer...Transcendência o caminho do autoconhecimento". (Cf. New Age Informativo, p. 11).

O Movimento Nova Era redescobre o mundo espiritual–místico e o seu ensino e prático é procurar descobrir Deus no ser humano. O padre Trevisan escreve que "na Era de Aquarius entramos na culminância mais elevada em termos de relacionamento entre Deus e o homem, porque se trata da descoberta de que Deus é no ser humano", isto significa segundo Trevisan,

...faz com que você e o Pai que habita o seu interior, sejam um. Já não busca mais o Pai, mas o reconhece dentro de si. A criatura humana reconhece que é da espécie divina, imagem e semelhança de Deus, e que, acima de tudo, é uma unidade com Deus... Agora é simples aceitar que todos têm poder ilimitado e são capazes de alcançar qualquer objetivo na vida, pois, se Deus é no ser humano e o ser humano é em Deus, consequentemente tem o poder de Deus...Como há esta interligação absoluta entre o homem e o Deus imanente, a palavra do homem é a palavra de Deus; o pedido do homem é a resposta de Deus; o desejo do homem é o atendimento de Deus. Em outras palavras, o poder de Deus é o poder do homem. (Cf. Trevisan, Lauro. P. 99-101).

Para a Nova Era, "o eu-humano será uma unidade com eu-divino, daí resultando o conhecimento e o controle do Poder e da Sabedoria Infinitos". Assim que,

O homem de Aquarius não está voltado para o seu declínio e desintegração futura, mas para o infinito do ser, para a eternidade do seu espírito, para a presença do Pai no seu secreto. Por isso, tem em mente que a eterna juventude mora nele mesmo, já que nas profundezas do seu ser existe o Eu Sou que, pela significação das próprias palavras, quer afirmar eternidade, imortalidade, eterna juventude, vida indestrutível. (Trevisan, Lauro. p. 110, 93)

O ensino newageriano relacionado ao assunto criador - criatura não somente está relacionado ao ser humano, mas também o está com relação à natureza, assim "a comunhão universal determina que o indivíduo é o universo e o universo é o indivíduo. Esta interação funde o ser humano com universo físico, numa íntima relação de amor essencial". (Trevisan. L. p. 123) O termo técnico usado pela Nova Era para esta relação criador – criatura é "visão holística" que se refere "ao todo" "ao conjunto", em suas relações com suas "partes", à inteireza do mundo e dos seres. (Cf. Weil, Pierre, Holística Uma Nova Visão e Abordagem do Real, 122 p.)

A idéia de um Deus internos era particularmente perturbadora: o ponto de vista religioso, incorporado pelo movimento de saúde holístico, afirmou a coalizão, ‘é uma parte integral da visão mística que está penetrando de forma coordenada em todos os aspectos de nossa consciência cultural...Não se trata de um modismo passageiro, não irá desaparecer e é, em sua essência, hostil ao Cristianismo Bíblico. (grifos meus)

Ainda,

Na tradição espiritual emergente, Deus não é o personagem do catecismo, mas assemelha-se à dimensão descrita por Willian James: ‘ Os limites mais avançados de nosso ser mergulham, ao que me parece, em uma dimensão de existência oposta ao mundo sensato e meramente ‘compreensível’... Pertencemos a ele de uma forma mais estreita do que aquela em que pertencemos ao mundo visível, pois pertencemos, no sentido mais profundo, ao que quer que pertençam nossos ideais....

Darei a essa parte superior do universo o nome de Deus.

Deus é percebido como fluxo, integridade, o infinito caleidoscópio da vida e da morte, a Causa Suprema, a base do Ser, o que Alan Watts chamou de ‘o silêncio do qual emanam todos os sons’.

Deus é a consciência que se manifesta como lila, a ação do universo. Deus é a matriz organizadora que podemos experimentar mas não descrever, a que dá vida à matéria.

O exponentes dos ensinos newagerianos incentivam a descobrirem Deus em todas as circunstâncias da sua vida. Fergunson citando o conto de J. D. Salinger, "Teddy" apresenta uma experiência mística do reconhecimento de Deus como válida, hei-la:

Um jovem espiritualmente precoce recorda a experiência com Deus imanente vivida ao observar sua irmãzinha tomar leite’...De repente percebi que ela era Deus e o leite era deus. Isto é, o que ela fazia era despejar Deus dentro de Deus...’ (Fergunson, M. p. 352 e 363. Grifod do autor).

Finalmente,

As experiências místicas contemporâneas de muitos indivíduos em muitas partes do mundo centralizaram-se nos anos recentes em uma visão coletiva e intensificada, a consciência de uma iminente transição na história humana: uma evolução da consciência tão significativa como qualquer passo na longa cadeia de nossa evolução biológica. A visão consensual, quaisquer que sejam suas variações, vê essa transformação da consciência como o momento previsto nas profecias mais antigas de todas as tradições do conhecimento direto – o fim de um mundo e o nascimento de um novo, um apocalipse, o período do fim dos tempos’ da caba, o despertar de um crescente número de seres humanos para o seu potencial divino. ‘A semente de Deus está em nós’ disse Meister Eckhart. ‘As sementes da pêra transformam-se em pereiras, as de nozes em nogueiras, e a semente de Deus transmita-se em Deus’. (Fergunson, Marilyn. P. 365. Grifos meus)

Resumidamente, podemos indicar que o ensino newageriano tem enfatizado três premissas; a saber:

Tudo é um (Monismo)

Tudo é Deus (Panteísmo)

A humanidade é Deus

Na primeira premissa temos que homem e Deus e todas as coisas criadas são uma só. Não há distinção entre uma pessoa, uma planta, um planeta e um cesto de papel. Esta idéia permeia todo o movimento newageriano e as várias manifestações do mesmo, tais como: saúde holística, a nova física, a psicologia transpessoal, as religiões orientais, o ocultismo. Para o monismo tudo está interrelacionado, interdependente e as diferenças são exclusivamente aparentes e não reais. Este também é o ensino fundamental da base Teosófica da Nova Era, extraída dos ensinos de Helena P. Blavatsky que escreve a respeito da "importância de se compreender os princípios fundamentais, sem os quais o estudo do Ocultismo se torna incompreensível, sendo que dentre eles se destaca a afirmação da Unidade Essencial de Toda Existência, uma idéia que ganha contornos cada vez mais nítidos na visão de mundo delineada pela ciência contemporânea. " (Blavatsky, H. P. Fundamentos da Filosofia Esotérica, p. 7. Grifos meus)

Sem dúvidas que o pensamento monista é contrário ao ensino bíblico. O texto da Palavra de Deus afirma que Deus criou a diversidade de objetos, eventos e pessoas. O livro de Gênesis nos lembra que Deus cria as coisas em particular. Há uma diversidade de coisas criadas não redutíveis a uma unidade mononística. Deus separou a luz das trevas, o dia da noite, a terra do céu, a terra dos mares. Todas as coisas tem um criador comum e são por Ele sustentados (Hb: 1:3). Finalmente, Deus criou o homem e a mulher à sua imagem (Gn: 1:26-27). Isto não significa uma pretensa homogeneidade ou uma unidade indiferenciada o que nos temos é uma pluralidade, uma "incorrigível pluralidade" (C.C. Lewis).

A Segunda afirmação é indicada como "panteísmo". Todas as coisas participam da essência divina. Aqui a idéia do Deus pessoal é abandonada em favor de uma energia impessoal, força ou consciência. Esta realidade se manifesta na criação como uma interação dinâmica dos opostos, mas de opostos aparentes: luz/trevas; macho/fêmea; agressividade/ passividade; bem / mal; e assim por diante. Essas polaridades não são absolutas. São facetas diferentes daquela realidade única de onde flui tudo e para onde tudo volta. Mesmo sendo diferentes, tudo é Um. A realidade se dissolve numa unidade cósmica.

O ensino bíblico afirma que não tudo é Deus. Ele é o criador e está numa posição transcendente da sua criação. Ele está presente na sua criação mas não pode ser confundido com ela. "...porque Deus está no céu, e tu estas sobre a terra..." (Ec: 5:2). O criador não é uma energia, força impessoal, ou uma percepção interna (Consciência). Ele é o Ser pessoal de infinita inteligência, poder e pureza. Deus não é uma entidade amoral, porem um agente moral que chama ao arrependimento e à fé.

A última afirmação é que a humanidade é uma extensão de Deus (ou realidade última – da mesma que tudo o que mais existe – com quem compartilha sua natureza e ser essencial. Esta essência divina é o verdadeiro Eu da humanidade. Um dos autores e ativistas do movimento Nova Era George Leonard afirma que cada um de nós" é o universo completo" e "nós somos como um Deus, onipotente e onisciente. "(Groothuis, Douglas R. Unmas-King the New Age p. 22). Esta idéia é confirmada pelo P. Lauro Trevisan quando escreve: "O Sol, a sua luz e a sua Energia, são a trindade humana da Era de Aquarius, que assinala o nascer de um novo Homem, o Homem-racional-divino e, portanto, Todo-Poderoso" e o exercício deste poder, segundo Trevisan, é efetivado através da confiança nesta afirmação, pois, "a Fé é palavra na sua dimensão infinita. Esta contém em si mesma a manifestação divina, por isso é infalível e milagrosa." (Trevisan, Lauro. p. 121 e 91).

Finalizando este ponto queremos apontar a base teosógrafica ou a fonte de onde o movimento Nova Era tem bebido o seu arcabouço doutrinário.

A expressão ‘sois deuses’, que para os nossos estudiosos bíblicos é uma mera abstração, tem para os cabalistas um significado vital. Todo espírito imortal que se irradia sobre um ser humano é um deus – o Microcosmo do Macrocosmo, parte e parcela do Deus desconhecido, a Causa Primária de que ele é uma emanção direta. Possui todos os atributos de sua fonte original. Entre esses atributos, estão a onisciência e a onipotência. Dotado de tais atributos, mas incapaz de manifestá-los enquanto está no corpo, durante cujo período são obscurecidos, velados e limitados pelas faculdades da natureza física, o homem habitado pela divindade pode elevar-se muito acima de seus semelhantes, pôr em evidências seus conhecimentos divinos e fazer prova de poderes deifico; pois, enquanto o resto dos mortais ao seu redor são ensoberbecidos por seu Eu divino, com todas as possibilidades de se tornarem imortais durante sua estada aqui, mas sem outra certeza do que seus esforços pessoais para conquistar o reino dos céus, o homem assim eleito já se tornou imortal enquanto está na Terra. Seu prêmio está assegurado. Doravante, ele viverá para sempre na vida eterna. Não apenas ele pode Ter ‘domínio’ sobre todas as obras da criação empregando a ‘excelência’ do NOME (o inefável), mas nesta vida, não, como Paulo afirma, ‘abaixo dos anjos’". (Blavatsky, H. P. Ísis sem Véu. V. 3 p. 137 (Grifos meus).

Sem dúvidas que a pergunta natural que se levanta é: Se temos todas estas capacidades, se possuímos todos estes atributos da divindade, então, por quê nós não nos reconhecemos como deuses? A resposta é simples: IGNORÂNCIA. Para o movimento Nova Era a cultura ocidental tem dado forma a nossa consciência, ajustado experiência e domesticado nossa meta – física. Ficamos contente com o dia a dia, com as ilusões humanas e com a nossa finatude. "Precisamos ser iluminados", "termos que descobrir nossa verdadeira identidade", são os anúncios da Nova Era. Mas como conseguir? Temos que alterar nossa consciência através de técnicas que

Abrem as portas da percepção, pois é assim que descobriremos e veremos a verdadeira realidade. É esta a função da "invasão" de cursos, técnicas, instituições, livros, que vemos na atualidade.

 

A Nova Religião Mundial Segundo A Nova Era

 

O movimento Nova Era aponta para o futuro a necessidade de uma religião exclusiva com determinadas características. No aspectos religioso o movimento acusa todas as religiões de terem falhado, mas ao mesmo tempo indica que nestas religiões sempre houve "alguns iluminados" que compreendera, a real mensagem de Deus. São estes iluminados que matizarem e mantêm "as verdade essenciais" que poderiam por meio destas, formar uma nova religião para Nova Era.

Sendo o movimento newageriano uma "cultura" são os espiritual os esotérico, iluminados, etc., que se encarregam de difundir esta nova religião. Embora poliformes as apresentações, o movimento consegue atrair diferentes escolas, ciências, grupos, etc., de índole religiosa, pois todos eles propugnam um alvo: NOVA ERA, além dalguns pontos doutrinários comuns. Se há um aspecto psicológico que une os indivíduos – religiosos neste movimento, como também poderia ser indicado como uma das razões para esta nova religião é, DECEPÇÃO, FRUSTAÇÃO, FOSSILIZAÇÃO. È isto que é apontado por aquela conhecida como o "novo João Batista,"

...a apresentação da verdade divina, tal como foi dada pelas igrejas, no Ocidente, e pelos instrutores, no Oriente, não se manteve à altura do desenvolvimento intelectual do espírito – humanos. Apresenta-se, ainda, ao que busca, as mesmas palavras ou idéias que de forma alguma o satisfazem, mentalmente, nem respondem às suas necessidades práticas, neste mundo cheio de dificuldades. Pede – se – lhe que creia e que não duvide, porém não lhe pede que compreenda; diz – se – lhe não ser possível que compreenda, entretanto pode – se lhe que aceite as interpretações e as afirmações de outras mentes, que pretendem possuir e compreender a Verdade. Não crê que as mentes e interpretações alheias sejam melhores que a própria. As mesmas velhas fórmulas, teologias e interpretações são consideradas adequadas para enfrentar as necessidades e investigações atuais do homem moderno, porém, na realidade, não o são. A igreja de hoje é a tumba de Cristo e a lápide da teologia foi arrastada até a porta do sepulcro. (Bailey, Alice. O reaparecimento de Cristo, p. 111, grifos da autora)

O movimento em estudo tece severas críticas as igrejas estabelecidas, seja a igreja Católica Romana, a Igreja Grega Ortodoxa, as Igrejas Protestantes, etc. Esta crítica é direcionada a um "status – eclesiástico" e ineficiente das igrejas institucionalizadas. As necessidade espirituais da humanidade, segundo o movimento, não foram satisfeitas pelas igrejas institucionalizadas. Estas pelo contrário impediram o crescimento do espírito religioso, por isto,

 

Quando o Cristo reaparecer com toda segurança

 

Desaparecerá o não essencial; permanecerão os fundamentos da fé, sobre os quais Ele poderá erigir a nova religião mundial, a que todos os homens esperam. Esta nova religião deve estar baseada sobre as verdades que suportaram a prova do tempo e trouxeram bem – estar e segurança aos homens,.."

Cabe agora indicar estas verdades que caracterizarão esta nova religião mundial. Para esta apresentação lançamos mãos do livro de Alice A. Bailey, O Reaparecimento do Cristo, p. 115 – 126. Dito livro é apontado como "mola propulsora" do movimento Nova Era logo após a sua publicação. (Cf. Jornal do Brasil, 12/06/1991, 1º Caderno, p. 11)

Primeira verdade: A realidade de Deus. Não há uma definição clara a que "deus" se refere visto que, "essa realidade capital pode ser denominada como o homem quiser, de acordo com sua inclinação mental ou emocional e sua tradição racial e hereditária, pois não há nome que possa defini–lá nem condiciona–lá". O que é dito aqui é uma sistematização esotérica do provérbio popular " todos os caminhos levam a Deus".

A idéia central para a Nova Era é que deveria haver uma síntese das verdades apresentadas pelos credos orientais e ocidentais. O primeiro, se fundo a New Age, apresenta o Deus Imanente, enquanto que o segundo apresenta o Deus Transcendente, assim segundo Alice Bailey, A igreja teria que expor uma síntese destas duas idéias, que resumidas por Shri Krishna, no Bhagavad Gita: '‘havendo interpenetrado todo o Universo com um fragmento de Mim mesmo, Eu permaneço. ‘Deus mais grandioso que todo o criado e, não obstante, Deus presente na parte; Deus Transcendente resguarda o plano de nosso mundo e constitui o Propósito que condiciona todas as vidas, desde o minúsculo átomo, passando por todos os reinos da natureza, até chegar ao homem".

Como conseqüência desta síntese defendida pelo movimento Nova Era, temos a Segunda verdade da nova religião mundial que é a relação do homem com Deus. Segundo os newagerianos, é inerente à consciência humana duma maneira indefinida e incipiente, um sentido de divindade. Este ponto de vista já foi discutido anteriormente neste trabalho.

A terceira verdade é a realidade da imortalidade e da Persistência Eterna. Segundo a Nova Era a esperança e convicção de encarar a morte está em sabermos que "devemos voltar à vida, novamente, que viemos e vamos, e perduramos, porque somos divinos e os regentes de nosso próprio destino". Desta maneira precisamos compreender e reconhecer duas "grandes leis da natureza: a Lei do Renascimento e a Lei de Causa e Efeito chamada no Oriente a Lei do Carma". Para esta nova religião com característica mundial, "o espírito do homem é imortal; perdura eternamente e progride paulatinamente, no caminho da Evolução, desenvolvendo, enforma constante, os atributos e aspectos divinos". É este o reconhecimento e apresentação que indicam as duas leis já assinaladas.

A Quarta verdade que servirá como base para a nova religião mundial, segundo a Nova Era é a Continuidade da Revelação e as Aproximações Divinas. Para o movimento em estudo sempre houve um contato com a divindade, sempre existiu uma necessidade mutua para este relacionamento, desta forma, a "história da humanidade é, em realidade, a história da súplica do homem por maior luz e de contato com Deus, assim também a chagada da luz e a aproximação de Deus ao homem. Sempre o Salvador, Avatar ou Instrutor do Mundo, surgiu do lugar secreto do Altíssimo, trazendo ao homem uma nova revelação, uma nova esperança e um novo incentivo para uma vida espiritual mais plena".

As aproximações, segundo a Nova Era, afetam toda a humanidade em sua totalidade ou uma pequena parte, e são efetivadas pelos reveladores de Deus. Estes procedem do centro espiritual (Reino de Deus), onde habita a "Hierarquia Espiritual", a qual "constantemente se tem aproximado da humanidade, na medida em que o homem vai– se tornando mais consciente da divindade e mais apto para entrar em contato com o divino. "Por isto no pensamento da Nova Era estamos na expectativa de "uma outra grande Aproximação da divindade e uma nova revelação espiritual são, hoje, possíveis. A nova revelação é iminente e Quem a trará e completará está se aproximando firmemente de nós".

De uma coisa podemos estar seguros: esta aproximação comprovará, em forma profundamente espiritual e, não obstante, absolutamente real, a verdade da imanência de Deus. As igrejas acentuaram e exploraram a extraterritorialidade da Deidade e postularam a presença de uma Deus Criador, Mantenedor e criativamente ativo e, ai mesmo tempo, alheio à Sua criação -* um observador inescrutável. Haverá de se demostrar que este tipo de criador transcedente é falso, e haverá de se contestar esta doutrina, mediante da manifestação de Deus no homem, a esperança de glória. Tal é o que demonstrará aproximação: provará, também, a íntima relação que existe entre Deus Transcedente e aquilo naquele em quem "vivemos, nos movemos e temos e temos o nosso ser", porque "havemos compenetrado todo o Universo com um ‘ fragmento de Si mesmo Ele permanece". Deus é imanente em toda forma criada. A glória é a expressão da divindade inata, em todos os seus atributos e espéctos, qualidade e poderes, que há de ser revelada por meio da humanidade. (p. 119)

Para o movimento New Age esta nova religião mundial dará ênfase na "união fraternal" do espírito e o seu programa será estruturado " por inumeráveis grupos que trabalham inspirados por Cristo. Desta forma segundo o movimento Nova Era "as igrejas ocidentais necessitam compreender, também que, em essência, há uma só Igreja, que não é necessariamente a instituição cristã ortodoxa". Isto está em razão de que "Deus trabalha de muitas maneira e através de muitos credos e agentes religiosos. Sua união dará como resultado a revelação da verdade em toda sua plenitude". Por isto deverão ser eliminadas as "doutrinas não essenciais" mostrando e ressaltando as "doutrinas essenciais, e assim a unidade revelará "plenitude a verdade. Isto será realizado pela nova religião mundial, cuja instalação dar – se – á passo acelerado depois do reaparecimento do Cristo".