" O CASAMENTO É O COMPLEMENTO DE UM SER PARA COM O OUTRO - QUANDO ESTA INSTITUIÇÃO É DIRIGIDA TOTALMENTE POR DEUS - O SEU CRIADOR " Parte 21
02/04/2012 09:19
O Padrão Divino Para Os Filhos - Parte 21
OBEDIÊNCIA, HUMILDADE E INTELIGÊNCIA. 1 Sm 16.10-13; 20-23.
Diferente do que foi Absalão seu filho, Davi, filho de Jessé, escolhido entre seus irmãos para ser rei em Israel, viveu maior parte de sua vida entre as ovelhas. Rapaz humilde, cabelos ruivos e de semblante formoso, sua boa presença só foi notada por Samuel que o ungiu rei, na casa de seu pai. Era tão humilde e recatado, que na hora que o profeta pediu a Jessé que reunisse seus filhos para o sacrifício.
Daví, não fora lembrado nem pelo próprio pai.
A vida pastoril, seu contacto com a natureza o fizeram diferente dos demais irmãos. Enquanto estes viviam à sombra da casa paterna, Davi vivia sózinho pelas pradarias, deleitando-se com o balir das ovelhinhas, e nos momentos de descanso, com certeza, dedilhava sua harpa e entoava lindas canções ao Criador.
Era a pureza da alma, na sua mais sublime e álacre felicidade. Seu comportamento era o mais hilariante possível, e com certeza seus pais o amavam muito por causa disso. Porém, às vezes parecia não ser reconhecido nem lembrado.
Quando chamado, veio depressa, e ao entrar no recinto, Deus disse para Samuel: "Levanta-te e unge-o, porque é este que tenho escolhido". (v 12).
Era uma escolha fora dos padrões do comportamento humano. Se tivesse dependido de Samuel, ou de Jessé, ou qualquer outra pessoa, o escolhido teria sido um dos primeiros: Eliabe, Abinadabe, Samá, ou outro qualquer, menos Davi.
Mas ali estava um jovem que acima de tudo era temente a Deus. Um filho trabalhador, dedicado aos pais, cuidadoso, destemido e inteligente. Suas façanhas, ele contaria mais tarde ao rei Saul, de quem veio ser pagem, e para quem tocava sua harpa, quando Saul estava atormentado. Ele sabia que já era o rei escolhido por Deus para substituir aquele homem doente e cruel; todavia, tanto no palácio, como mais tarde perseguido por Saul, jamais fez menção de sua investidura real, e, quando teve em suas mãos a oportunidade de vingar a Saul, não o fez porque temia a Deus.
Sua humildade, mesmo após ter vencido Golias, sua paciência mesmo sabendo que o reino lhe pertencia, sua bravura em circunstâncias difíceis, seu amor para com o próprio inimigo, o rei Saul, dão o direito de ser ele o tipo real de Jesus Cristo.
Tanto é que a monarquia em Israel só é contada a partir do trono de Daví. E aquele trono que ele ocupou, que agora está vazio, só será ocupado novamente por Jesus Cristo, durante o Milênio.
Sua humildade, sua obediência ao velho Jessê, sua pronta dedicação em servir, acarretaram-lhe ciúme de seus irmãos. Quando estes estavam na batalha contra os filisteus, Davi veio trazer-lhes pão e agasalhos a mandado de Jessé (I Sm 17.12-19). Foi naquela ocasião que o jovem pastor de humildes ovelhas, demonstrou sua fé e coragem, enfrentando o mais terrivel dos inimigos de Israel, o gigante Golias. De um filho assim muito se alegrou o velho Jessé e a nação.
A Bíblia fala-nos do caso de Absalão, filho de Davi, que movido por um sentimento de vingança contra seu irmão Amnon, o matou. É que Amnon, havia cometido um incesto, violentando a própria irmã Tamar (2 Sm 13.1-39).
Diante do que fizera Absalão, seu destino foi o desterro em Gesur. Lá ficou três anos, e depois retornou para Jerusalém. Durante o tempo que Absalão esteve fora, Davi teve muita saudade daquele filho, e com certeza queria vê-lo novamente. Acontece que quando Absalão voltou, Davi endureceu o coração e não quis recebê-lo.
Absalão ficou dois anos em Jerusalém, mas Davi não o recebeu (11 Sm 14.28) criando assim no coração de Absalão um sentimento de mágoa contra seu pai, o rei Davi. 0 resultado do endurecimento do coração de Davi contra o filho naquela fase, a falta de brandura e de um perdão sincero da parte do rei, foi a gota-d'água que levou a Absalão insurgir-se contra o trono de seu pai.
A conclusão dessa história triste na vida de Davi e sua família, foi que Absalão foi morto, e Davi teve que chorar amarguradamente (II Sm 18.14,15,33).
0 imediato perdão, a imediata reconciliação, o tratamento mais brando para com aquele jovem, com certeza teria evitado tamanha desgraça.
Muitos pais acham que por serem pais, não podem admitir os erros dos filhos, especialmente os jovens, esquecendo-se muitas vezes o próprio passado, e nessa arrogância insana, maltratam, humilham, e lançam na perdição aqueles que Deus lhes confiou para serem amados, ensinados, ajudados e perdoados também.
A Bíblia diz que o homem violento, tanto quanto a mulher violenta são abomináveis ao Senhor, e que serão desaraigados da terra (SI 140. 11).
Se seu filho, ou sua filha não puder contar com sua paciência, seu amor, sua compreensão, sua complacência de pai, onde ele ou ela irão encontrar apoio?
Se você que é mulher cristã não ajudar seus filhos em suas dificuldades, orientando-os e mostrando-lhes o verdadeiro caminho, quem fará isso por eles?
Não grite, não xingue, não maltrate seus filhos. Ouça-os, procure compreendê-los, ajude. Corrija-os com amor e respeito, demonstre que você os ama mais que qualquer outra pessoa.
É assim que Deus quer de todos os pais.