" JOVENS DILIGENTES RECONHECENDO O VERDADEIRO VALOR DO SEXO À LUZ DA BÍBLIA " - Parte 2
26/06/2012 12:16
O CRISTÃO,O SEXO E O SEU REAL PROPÓSITO- Parte 2
Os eventos criacionais ensinam-nos, por intermédio de fatos ilustrativos, figurativos, protótipos e arquétipos o seguinte:
a- O casal humano original, marido e esposa, foi a origem, a causa, a conseqüência e a seqüência da humanidade. Todos os povos que se tornaram sexualmente promíscuos enfraqueceram-se, desorientaramse, perderam a identidade, transformaram-se em vítimas dos individualismos, dos personalismos, das antropolatrias: Babilônios, egípcios, gregos, romanos.
b- A união conjugal era tão profunda que marido e mulher não eram apenas “sócios domésticos”,
“uma miniempresa conjugal de pessoas físicas”, um homem e uma mulher unidos por um contrato de natureza temporária, durando apenas enquanto permaneciam as conveniências, os interesses e os atrativos sexuais, mas uma unidade substancial, essencial de tal reciprocidade que as individualidades realizavam na biunidade mais natural que ordenatória. Os dois tornaram-se UM. A única expressão capaz de conotar e denotar semelhante consubstancialidade foi a emocional, pronunciada num estado de perplexidade sentimental e romântica pelo “marido primevo” em suas núpcias: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Em outras palavras: Esta sou eu; eu sou ela; ela é minha; eu sou dela; ela não é sem mim; eu não sou sem ela; ela procedeu de mim, mas as minhas sementes nela
frutificarão; Deus a tirou de mim para tirar dela a humanidade.
c- O princípio da unidade conjugal indissolúvel estabelecido na criação deve continuar inalterado nas gerações sucessivas. O divórcio, as separações, legais ou não, as relações sexuais pré e extraconjugais são atos e atitudes contrários à idealidade criacional, à vontade e aos propósitos do Criador e, portanto, pecaminosos. Eis, sobre esta questão, a incisiva, decisiva e autoritativa declaração de Cristo, segundo o registro de Mateus: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará
o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são dois, porém uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe:
Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar?
Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; entretanto, não foi assim desde o princípio”( Mt 19.4-8). O mundo, posto no maligno, dominado pelo pecado, dirigido pelo espírito atuante nos filhos da desobediência( Ef 2.2, 3), carnal por natureza, em nada se assemelha ao povo de Deus, constituído de regenerados, herdeiros da promessa.
A voz de Deus nas Escrituras é ouvida e obedecida exclusivamente pelos eleitos incluídos na comunhão do corpo de Cristo, a Igreja. Na família da fé quem manda, determina, ensina e dirige é o Pai celeste.
Na grei do Redentor casamento somente entre um homem e uma mulher. A Confissão de Fé de Westminster corretamente, sobre o matrimônio, doutrina:
“O casamento deve ser entre um homem e uma mulher; ao homem não é lícito ter mais de
uma esposa, nem à mulher mais de um marido ao mesmo tempo( I Co 7.2; Mc 10.6-9; Rm 7.3; Gn 2.24)”. “O matrimônio foi ordenado para auxílio mútuo de marido e esposa( Gn 2.18), para a propagação da raça humana por uma sucessão legítima, e da Igreja por uma semente santa( Ml 2.15; Gn 9.1), e para evitar a impureza( I Co 7.2,9).”. Retenham bem: Casamento, no sentido bíblico e teológico, realiza-se no Senhor e exclusivamente entre um
homem e uma mulher, e é de caráter indissolúvel, pois os que Deus ajunta o homem não separa, isto é, as contingências, as circunstâncias e a vontade humana não desfazem o que Deus faz. Os contratos matrimoniais efetivados fora do corpo de Cristo celebram acordos e compromissos mútuos nos termos da lei, mas não significam uniões estáveis, permanentes e indissolúveis. O casamento, e não somente acasalamento, é ato divino irrevogável, indestrutível e incorruptível. O que o homem ajunta já o faz com pressupostos de separação: a instituição do divórcio, o individualismo e personalismo modernos, a fragilidade do amor sensual. Não há certeza, nos feitos nupciais humanos, por mais juridicamente perfeitos que sejam, de que os cônjuges viverão juntos, um para o outro, em cooperação e fidelidade, até a morte de um deles. A insegurança é tanta, que o aforismo popular passou a ter uma viabilidade indiscutível:
“Casamento é loteria”. Para os filhos da promessa não é assim, pois “o que Deus ajunta o homem não separa.” Nos tempos bíblicos não havia o instituto civil do casamento: contrato matrimonial assinado e testemunhado. O que ligava o noivo à noiva, estabelecendo uma nova e perene unidade familiar, era o primeiro coito nupcial. A prova de que
a nubente era virgem, não havia pertencido a homem nenhum, promessa de que a nenhum outro pertenceria, era a marca de sangue no lençol ou nas roupas usadas no conúbio nupcial. Os dois estavam, pela primeira relação sexual, inseparavelmente unidos, segundo a vontade de Deus. O sangue do defloramento assinalava a veracidade, a autenticidade e a santidade do pacto matrimonial efetivado na cópula conjugal. Para a Bíblia, o ato sexual estabelece a união corporal, transforma o par conubial em “uma só carne”.
d- O prazer sexual. Deus concedeu ao homem a bênção dos prazeres nas realizações criativas e nas funções vitais: nas artes, nas criações literárias, na alimentação, na habitação, no turismo. Nenhum prazer, contudo, se iguala ao do sexo. O próprio Deus o recomenda ao
casal: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corsa de amores, e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo, e embriaga-te sempre com as suas carícias.
Por que, filho meu, andarias cego pela estranha, e abraçarias o peito de outra?”( Pv 5.18-20). A relação sexual, por criação e por ordenação de Deus, além de ser fortíssimo elo interativo, é prazeroso. O que o Criador não quer nem aprova é a venalização do sexo, “a comercialização do prazer”. Compra-se hoje, pela “lei da oferta e da procura”, no concorridíssimo mercado do erotismo banalizado ou elitizado, o prazer sexual, inclusive a domicílio pelos “garotos” e “garotas” de programa, geralmente “funcionários de empresas
eróticas”. Deus não coloca em tais antros pornográficos os seus santos. Os filhos da luz não comungam com os das trevas. E o radicalismo paulino vai mais longe, insta com os filhos de Deus para não se associarem com incrédulos, injustos e iníquos: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o maligno? Ou que união do crente com o incrédulo?”( II Co 6.14). E o apóstolo recomenda relações sexuais de mútua concordância e que os cônjuges evitem abstinência, pois o intercurso de copulação coital é uma exigência orgânica de cada parceiro, possibilitando momentos de
profundos afetos, carícias e aprofundamento do nexo conjugal: “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa e cada uma o seu próprio marido. O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também semelhantemente a esposa ao marido”( I Co 7.1-3). “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência( I Co 7.5).”. A Bíblia, portanto, considera o sexo um dom de Deus aos homens, e espera que os regenerados o exerçam com prazer e responsabilidade, dentro da instituição divina, o casamento. A primeira mulher a conceber e dar à luz um filho foi Eva, e ela não sentiu nenhuma imundícia do ato sexual que possibilitou a concepção de Caim. Pelo contrário, entendeu que era graciosa ação divina:
“Então disse:
adquiri um varão com o auxílio do Senhor” ( Gn 4.1). O mesmo sentimento teve em relação a Sete(Gn 4.25).