" PARA AGRADAR A DEUS E REALIZAR A SUA OBRA NÃO NECESSITAMOS DE ESTRUTURAS IMPONENTES, MAS IMPRESCINDÍVEL É E INDEPENDENTE DO QUÃO SIMPLES SEJA,TER UMA CONSTANTE VIDA COM DEUS " - Parte 22

06/08/2013 11:08

Mantendo vida com Deus – Parte 22

A RAIVA E A IRA

3.1. A raiva é uma emoção violenta de caráter penoso, geralmente caracterizada na Bíblia como um grave pecado (Mateus 5.22; Efésios 4.31; Colossenses 3.8), ainda que algumas vezes é ocasionada por um justo motivo (Efésios 4.26). Neste caso, o apóstolo Paulo adverte sobre o perigo de passar-se facilmente para o injusto e pecaminoso.

A raiva (ou ira) é uma obra da carne (Gálatas 5.19-20), um impulso, ou hábito, procedente da velha maneira de viver (Colossenses 3.5-9), da qual devemos despojar-nos.

A IRA É DANINHA E PECAMINOSA.

Gera contendas, ofensas, gritarias, blasfêmias, pleitos, inimizades, homicídios (Efésios 4.31; Colossenses 3.8; Tiago 3.13,18; Salmo 37.8; Eclesiastes 7.9). É o pecado que atenta contra o amor ao próximo (I Coríntios 13.5; Provérbios 22.24-25). Cristo denuncia a ira como um pecado grave e digno de juízo (Mateus 5.21-25).

COMO LIVRAR-NOS DA IRA.

a) Devemos nos despojar do velho homem com seus feitos e revestir-nos do novo (Colossenses 3.8-15).

b) Devemos fazer morrer, pelo Espírito, as obras da carne (Colossenses 3.5; Romanos 8.13).

c) Cada vez que incorremos neste pecado devemos confessá-lo sem deixar passar o tempo (Efésios 4.26-27; I João 1.9; 2.9).

d) Devemos reconciliar-nos com as pessoas afetadas e com Deus (Mateus 5.22-26). De outro modo a nossa comunhão fica prejudicada (I Timóteo 2.8; I Pedro 3.7).

A ATITUDE CORRETA DO DISCÍPULO.

a) O fruto do Espírito é o amor, paz, paciência, etc (Gálatas 5.22-23).

b) O Espírito Santo opera em nossas vidas transformando nosso caráter a fim de que sejamos semelhantes a Cristo (II Coríntios 3.18). Ele nos faz pacientes, amáveis (II Timóteo 2.24), mansos (I Timóteo 3.3).

c) Devemos reagir com amor frente a injustiças (I Pedro 3.8-18).

O VOCABULÁRIO PERVERTIDO

O Senhor Jesus Cristo disse: “porque a boca fala do que está cheio o coração”(Lucas 6.43-45).

A fala é uma faculdade diferenciada do ser humano (os animais não falam). É a expressão do nosso espírito, com ela expressamos nossas reações, sentimentos, idéias, desejos, pensamentos, etc.

Além disso, o modo e o tom com que falamos normalmente refletem o nosso estado de

ânimo, o estado de nosso ser interior (dizemos normalmente porque podemos algumas vezes falar fingidamente).

Já que o falar é a nossa principal forma de expressão, a maioria dos pecados que cometemos é com a boca. Muitos outros pecados são também acompanhados por uma expressão verbal.

UM SINTOMA DE DECADÊNCIA.

A forma corrente de falar torna evidente a decadência moral e espiritual da presente geração. O vocabulário utilizado hoje em dia tanto por homens como por mulheres, sejam adultos, crianças ou velhos, é um sintoma inconfundível da deterioração dos bons costumes e da pureza de espírito.

Ao mesmo temo é um testemunho eloqüente daquilo que impera no coração dos homens: atrevimento, irreverência, agressividade, pessimismo, derrota, ironia, presunção, morbidez etc.

O DESPREZÍVEL VOCABULÁRIO DO VELHO HOMEM

(Colossenses 3.8-9; Efésios 4.29).

Consideremos alguns dos pecados mais comuns que cometemos com a boca, aos quais

devemos chamar de PECADOS e dos quais devemos nos arrepender, eliminando-os totalmente do nosso vocabulário.

a) Blasfêmias, insultos, palavras más, grosserias (Colossenses 3.8), sejam elas contra Deus, contra o nosso próximo ou simplesmente sem ter alguém como alvo específico.

b) Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices, palavras desonestas (Efésios 5.3-4; Filipenses 4.8).

c) Ofensas, expressões agressivas, palavras ásperas, gritarias (Tiago 3.2-12; Mateus 5.22;

Colossenses 3.8).

d) Zombarias, motejo, escárnios, sarcasmos (Salmo 1.1; Provérbios 3.34). A zombaria é uma expressão muito generalizada em nosso meio, são poucos os que têm conhecimento de que ela de ser banida de nós. A zombaria é prejudicial, não flui do Espírito Santo, é obra da carne, pois não brota do amor que possuo para com a pessoa de quem estou zombando. Ao fazermos tal coisa apagamos o Espírito em nossas vidas, machucamos as pessoas e, além disso, abrimos uma porta para que a leviandade se propague em nosso meio (Levítico 19.14).

e) Fofocas, murmurações, maledicências, calúnias.

-FOFOCAS: é falatório, conto ou notícia, verdadeira ou não, com que se cria inimizades

(Levítico 19.16).

-MURMURAÇÃO: é uma conversa difamatória que compromete a honra ou o bom nome de outrem.

-CALÚNIA: é acusação falsa e maliciosa feita com o propósito de causar dano (Salmo 15.3).

Essas expressões, mesmo sendo semelhantes, não são idênticas; todas procedem do mesmo espírito, ou seja, causar dano ao próximo, estando nós conscientes ou não disso. É pecado que atenta contra a vida do outro (Levítico 19.16). Somos responsáveis diante de Deus por não cometê-los, como também por não escutá-los (Salmo 15.3).

f) Queixas, resmungos, protestos, lamentações. A queixa é uma das notas mais dominantes do vocabulário do homem. A queixa reflete derrota interior diante das situações de nossa vida. Deus nos afirma em Romanos 8.28 que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Portanto, devemos sempre dar graças a Deus por tudo (Efésios 5.20).

g) Tolices, estupidez, leviandade, inconsequências (Provérbios 15.14; Efésios 5.4; Mateus 12.36).

APRENDER A FALAR DE UMA NOVA MANEIRA.

Se a boca fala do que está cheio o coração, ter um coração novo significa ter um novo vocabulário (Lucas 6.45). Há quatro princípios que devem reger nossas conversações:

a) Tudo o que falamos deve ser para edificação (Efésios 4.29).

b) Toda conversação deve ser feita em nome do Senhor Jesus (Colossenses 3.17).

c) Tudo o que falamos deve ser com graça (Colossenses 4.6). A chave para obtermos graça é a humildade.

d) A fé deve ser sempre a nota dominante de nossas conversações.

NOSSA BOCA COMO INSTRUMENTO DE DEUS (Romanos 6.13).

a) Ensinando, exortando, animando (Colossenses 3.16).

b) Orando sem cessar (I Tessalonicenses 5.17).

c) Cantando louvores, salmos e cânticos espirituais (Efésios 5.19).

d) Dando sempre graças por tudo (Efésios 5.20).

e) Pregando em todo o tempo, comunicando o Evangelho (II Timóteo 4.2).

f) Proclamando a verdade (Efésios 6.17).

g) Falando em novas línguas (I Coríntios 14.18).