"CONSEQUÊNCIAS GRAVES DO SEXO NA ADOLESCÊNCIA"

14/07/2011 14:30

 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.

A incidência de gravidez na adolescência está crescendo e, nos EUA, onde existem boas estatísticas, vê-se que de 1975 a 1989 a porcentagem dos nascimentos de adolescentes grávidas e solteiras aumentou 74,4%. Em 1990, os partos de mães adolescentes representaram 12,5% de todos os nascimentos no país. Lidando com esses números, estima-se que aos 20 anos, 40% das mulheres brancas e 64% de mulheres negras terão experimentado ao menos 1 gravidez nos EUA .

No Brasil a cada ano, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70, engravidam hoje em dia (Referência). A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas delas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos.

A Pesquisa Nacional em Demografia e Saúde, de 1996, mostrou um dado alarmante; 14% das adolescentes já tinhas pelo menos um filho e as jovens mais pobres apresentavam fecundidade dez vezes maior. Entre as garotas grávidas atendidas pelo SUS no período de 1993 a 1998, houve aumento de 31% dos casos de meninas grávidas entre 10 e 14 anos. Nesses cinco anos, 50 mil adolescentes foram parar nos hospitais públicos devido a complicações de abortos clandestinos. Quase três mil na faixa dos 10 a 14 anos.

Segundo Maria Sylvia de Souza Vitalle e Olga Maria Silvério Amâncio, da UNIFESP, quando a atividade sexual tem como resultante a gravidez, gera conseqüências tardias e a longo prazo, tanto para a adolescente quanto para o recém-nascido. A adolescente poderá apresentar problemas de crescimento e desenvolvimento, emocionais e comportamentais, educacionais e de aprendizado, além de complicações da gravidez e problemas de parto. É por isso que alguns autores considerem a gravidez na adolescência como sendo uma das complicações da atividade sexual.

Ainda segundo essas autoras, o contexto familiar tem uma relação direta com a época em que se inicia a atividade sexual. As adolescentes que iniciam vida sexual precocemente ou engravidam nesse período, geralmente vêm de famílias cujas mães se assemelharam à essa biografia, ou seja, também iniciaram vida sexual precoce ou engravidaram durante a adolescência.

O comportamento sexual do adolescente é classificado de acordo com o grau de seriedade. Vai desde o “ficar” até o namorar. “Ficar” é um tipo de relacionamento íntimo sem compromisso de fidelidade entre os parceiros. Num ambiente social (festa, barzinho, boate) dois jovens sentem-se atraídos, dançam conversam e resolvem ficar juntos aquela noite. Nessa relação podem acontecer beijos, abraços, colar de corpos e até uma relação sexual completa, desde que ambos queiram. Esse relacionamento é inteiramente descompromissado, sendo possível que esses jovens se encontrem novamente e não aconteça mais nada entre eles de novo (veja Hábito de Ficar Com….).

Em bom número de vezes o casal começa “ficando” e evoluem para o namoro. No namoro a fidelidade é considerada muito importante. O namoro estabelece uma relação verdadeira com um parceiro sexual. Na puberdade, o interesse sexual coincide com a vontade de namorar e, segundo pesquisas, esse despertar sexual tem surgido cada vez mais cedo entre os adolescentes (veja Adolescência e Puberdade). O adolescente, impulsionado pela força de seus instintos, juntamente com a necessidade de provar a si mesmo sua virilidade e sua independente determinação em conquistar outra pessoa do sexo oposto, contraria com facilidade as normas tradicionais da sociedade e os aconselhamentos familiares e começa, avidamente, o exercício de sua sexualidade.

Há uma corrente bizarra de pensamento que pretende associar progresso, modernidade, permissividade e liberalidade, tudo isso em meio à um caldo daquilo que seria desejável e melhor para o ser humano. Quem porventura ousar se contrapor à esse esquema, corre o risco de ser rotulado de retrógrado. As pessoas de bom senso silenciam diante da ameaça de serem tidas por preconceituosas, interessando à cultua modernóide desenvolver um cegueira cultural contra um preconceito ainda maior e que não se percebe; aquele que aponta contra pessoas cautelosas e sensatas, os chamados “conservadores”, uma espécie acanhada de atravancador do progresso.

As atitudes das pessoas são, inegavelmente, estimuladas e condicionadas tanto pela família quanto pela sociedade. E a sociedade tem passado por profundas mudanças em sua estrutura, inclusive aceitando “goela abaixo” a sexualidade na adolescência e, conseqüentemente, também a gravidez na adolescência. Portanto, à medida em que os tabus, inibições, tradições e comportamentos conservadores estão diminuindo, a atividade sexual e a gravidez na infância e juventude vai aumentando.

Adolescência e Gravidez

A adolescência implica num período de mudanças físicas e emocionais considerado, por alguns, um momento de conflitivo ou de crise. Não podemos descrever a adolescência como simples adaptação às transformações corporais, mas como um importante período no ciclo existencial da pessoa, uma tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo.

A puberdade, que marca o início da vida reprodutiva da mulher, é caracterizada pelas mudanças fisiológicas corporais e psicológicas da adolescência. Uma gravidez na adolescência provocaria mudanças maiores ainda na transformação que já vinha ocorrendo de forma natural. Neste caso, muitas vezes a adolescente precisaria de um importante apoio do mundo adulto para saber lidar com esta nova situação.

Porque a adolescente fica grávida é uma questão muito incômoda aos pesquisadores. São boas as palavras de Vitalle & Amâncio (idem), segundo as quais a utilização de métodos anticoncepcionais não ocorre de modo eficaz na adolescência, inclusive devido a fatores psicológicos inerentes ao período da adolescência. A adolescente nega a possibilidade de engravidar e essa negação é tanto maior quanto menor a faixa etária.

A atividade sexual da adolescente é, geralmente, eventual, justificando para muitas a falta de uso rotineiro de anticoncepcionais. A grande maioria delas também não assume diante da família a sua sexualidade, nem a posse do anticoncepcional, que denuncia uma vida sexual ativa. Assim sendo, além da falta ou má utilização de meios anticoncepcionais, a gravidez e o risco de engravidar na adolescente podem estar associados a uma menor auto-estima, à um funcionamento familiar inadequado, à grande permissividade falsamente apregoada como desejável à uma família moderna ou à baixa qualidade de seu tempo livre. De qualquer forma, o que parece ser quase consensual entre os pesquisadores, é que as facilidades de acesso à informação sexual não tem garantido maior proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e nem contra a gravidez nas adolescentes.

Uma vez constatada a gravidez, se a família da adolescente for capaz de acolher o novo fato com harmonia, respeito e colaboração, esta gravidez tem maior probabilidade de ser levada a termo normalmente e sem grandes transtornos. Porém, havendo rejeição, conflitos traumáticos de relacionamento, punições atrozes e incompreensão, a adolescente poderá sentir-se profundamente só nesta experiência difícil e desconhecida, poderá correr o risco de procurar abortar, sair de casa, submeter-se a toda sorte de atitudes que, acredita, “resolverão” seu problema.O bem-estar afetivo da adolescente grávida é muito importante para si própria, para o desenvolvimento da gravidez e para a vida do bebê. A adolescente grávida, principalmente a solteira e não planejada, precisa encarar sua gravidez a partir do valor da vida que nela habita, precisa sentir segurança e apoio necessários para seu conforto afetivo, precisa dispor bastante de um diálogo esclarecedor e, finalmente, da presença constante de amor e solidariedade que a ajude nos altos e baixos emocionais, comuns na gravidez, até o nascimento de seu bebê.

Mesmo diante de casamentos ocorridos na adolescência de forma planejada e com gravidez também planejada, por mais preparado que esteja o casal, a adolescente não deixará de enfrentar a somatória das mudanças físicas e psíquicas decorrentes da gravidez e da adolescência.

A gravidez na adolescência é, portanto, um problema que deve ser levado muito a sério e não deve ser subestimado, assim como deve ser levado a sério o próprio processo do parto. Este pode ser dificultado por problemas anatômicos e comuns da adolescente, tais como o tamanho e conformidade da pelve, a elasticidade dos músculos uterinos, os temores, desinformação e fantasias da mãe ex-criança, além dos importantíssimos elementos psicológicos e afetivos possivelmente presentes.

Para se ter idéia das intercorrências emocionais na gravidez de adolescentes, em trabalho apresentado no III Fórum de Psiquiatria do Interior Paulista, em 2000, Gislaine Freitas e Neury Botega mostraram que, do total de adolescentes grávidas estudadas na Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba, foram encontrados: casos de Ansiedade em 21% delas, assim como 23% de Depressão. Ansiedade junto com Depressão esteve presente em 10%.

Importantíssima foi a incidência observada para a ocorrência de ideação suicida, presente 16% dos casos, mas, não encontraram diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida entre os diversos trimestres da gravidez. Tentativa de suicídio ocorreu em 13% e a severidade da ideação suicida associação significativa com a severidade depressão.

Procurando conhecer algumas outras características da população de adolescentes grávidas como estado civil, escolaridade, ocupação, menarca, atividades sexuais, tipo de parto, número de gestações e realização de pré-natal, Maria Joana Siqueira refere alguns números interessantes.

Números interessantes da Gravidez na Adolescência

Porcentagem de grávidas entre 16 e 17 anos

84%

Primigestas (primeira gestação)

75%

Freqüentaram o pré-natal

95%

Tiveram parto normal

68%

Menarca (1a. menstruação) entre os 11 e 12 anos

52%

Não utilizavam nenhum método contraceptivo

56%

Usavam camisinha às vezes

28%

Utilizavam a pílula

16%

A primeira relação sexual ocorreu*:

até os 13 anos

10%

entre 14 e 16 anos

27%

entre 17 e 18 anos

18%

entre 19 e 25 anos

17%

depois dos 25 anos

2%

Ideação Suicida em Adolescentes Grávidas

Gisleine Vaz Scavacini de Freitas e Neury José Botega (Unicamp) têm um estudo sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas. Estudaram 120 adolescentes grávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos, atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba.

Do total dos sujeitos, foram encontrados: casos de ansiedade em 25 (21 %); casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 (10%) tinham ansiedade e depressão. Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradas diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversos trimestres da gravidez.

As tentativas de suicídio anteriores ocorram em 13% das adolescentes grávidas. A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau da depressão, bem como com o estado civil da pacientes (solteira sem namorado).

t;font-@�l:����,"sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; color:#363636;- Vou ter que dar um jeito nesta situação. Pensava Carlos. Levantou-se sem fazer barulho e caminhou até o quarto das crianças para ver se a encontrava, mas sem êxito.
Nem precisou chegar até a sala para ver um vulto sobre o sofá pequeno.
Ao se aproximar pode perceber Joana toda encolhida no sofá.
Carlos se aproxima e o brilho nos olhos de Joana denuncia que ela estava chorando em silencio olhando fixamente para a porta que dava acesso a rua. Carlos se aproxima e não sabe o que fazer, e nem o que falar. Seus pensamentos param por alguns instantes por não entender a situação.

 

O Silencio é quebrado pelo sussurro de Joana:

- Chega!

- O que foi? Pergunta Carlos.

- CHEGA! Você escutou? CHEGA! ACABOU.

Carlos sabia o que ela queria dizer, mas queria ganhar tempo para analisar a situação e tentar um dialogo e colocar a situação sob controle.

- Você é um monstro! Não é a pessoa com quem casei. Nós nunca seremos felizes, nunca fomos e nunca seremos. Não sei como durou tanto.

Carlos e Joana se confrontam como dois gladiadores na arena, com a diferença de que a única regra era tentar magoar o máximo possível um ao outro.

Se pudéssemos tirar o som desta cena e olharmos através do telhado, veríamos a triste cena de em um cômodo um casal se agredindo e no outro duas crianças dormindo tranqüilamente sem saber que ao acordarem poderiam estar sem pai ou sem mãe.

E se pudéssemos voltar no tempo e acompanhar a vida de Carlos e Joana, veríamos um casal fazendo votos de amor e fidelidade no dia do seu matrimonio.
Um casal se alegrando juntos com o presente que Deus lhe dera que era seus filhos.

Veríamos um casal planejando um futuro, juntos. Com certeza teríamos dificuldades para detectar quando começou esta separação.
Não encontraríamos o ponto em que se iniciou tudo isto, ou o motivo principal.

Uma resposta simplista seria: Uma somatória, um ajuntar de problemas teria levado a esta fatalidade.
Poderíamos tentar achar um culpado, ou uma culpada, mas de nada resolveria.

A realidade é que mesmo na época de namoro, Carlos e Joana nunca tiveram um preparo para o que viria. Pessoas estudam anos para se formarem médicos advogados e outras coisas mais, mas ninguém é preparado para o casamento, ao contrario disto é entregue o diploma que é a certidão de casamento para o casal e terão a vida toda para tentar manter aquele pacto, ou aquela aliança em que fizeram um para com o outro.

A vida nada os ensinou a não ser grandes mentiras tipo: “E os dois viveram felizes para sempre”, ou “Você encontrará alguém que te fará feliz”, não seria o correto dizer: “você encontrará alguém para fazer feliz”? Já entramos no casamento com a esperança de que nossa felicidade está no parceiro ou parceira desta jornada.

Mas espere aí! Se os dois entrar no casamento esperando que o outro seja portador de tal felicidade, já estamos sendo enganado desde o princípio. Mas se ao contrario disto usássemos o amor que a bíblia nos ensina? Ou seja, o amor ágape. Deixaríamos de nós mesmos para cuidar do próximo, assim como o ar que respiramos temos a certeza que daria certo, pois não é um método humano e sim divino. Deus sabe as lutas que um casal tem em se relacionar e deixou o manual, mas o fato é que desprezamos este manual e nos enchemos de coisas mundanas, como nos transportar para uma vida que não é nossa passando meses e anos seguindo novelas em que marido abandona esposa e acaba se dando bem.

Filmes em que esposas deixam marido e filhos em busca de felicidade própria e nós acabamos até em concordar com aquela atitude.

Há! Então achamos um culpado? É a novela? Não assisto mais novelas e em troca tenho meu casamento de volta? O que quero dizer é: com o que você tem se alimentado?
Quais os cuidados que tem tido para com seu lar? Tem buscado saber o que é melhor para seu cônjuge e filhos? Ou tem navegado a deriva, deixando que com o tempo as coisas se encaixam?

Na realidade somos acomodados. Muitas vezes vindo de famílias em que crescemos aos trancos e barrancos chegando onde estamos hoje cheios de vícios e preceitos errados da vida.

Não! Definitivamente não!

Existe uma promessa bíblica para isto, ou seja: “buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas (Mat 6:33)  “, e nestas demais coisas está incluso o nosso casamento. Ao buscarmos a Deus descobrimos princípios que sustentam nosso casamento.

Quando o homem tenta sem a ajuda de Deus, o máximo que se consegue são duas pessoas acomodadas vivendo como irmãos e não uma só carne como a bíblia nos ensina.

Antes de tomar qualquer decisão, Carlos e Joana pensariam duas vezes se soubessem a vontade de Deus para com suas vidas. DEUS ODEIA DIVÒRCIO, e deixou bem claro isto em Malaquias 2:16.

Sei que existe casos e casos, e não devemos generalizar, mas uma coisa é certa, o remédio é o mesmo: Deus! Busque em Deus a solução para sua vida conjugal e para tudo o que pretende fazer nesta vida e será bem aventurado como promete o Salmo primeiro.

Carlos e Joana não se separaram nesta briga, se acertaram com palavras, mas na realidade só adiaram mais um pouco e tentaram mais uma vez sem fazerem algo significativo para salvar seu casamento. Carlos e Joana se separaram?

A resposta quem dará é você mesmo se colocando em seus lugares.

Você se separaria? Ou verdadeiramente pisaria no freio e viraria a direção da vida para uma nova estrada, estrada tortuosa, estreita e esburacada, mas que leva para a vida e vida em abundancia. (João 10:10).

Esta em nossas mãos? Sim está. Mas está na hora de tirar de nossas mãos e depositar aos pés de Cristo.