APOCALIPSE

28/05/2011 22:43

 

As sete igrejas do Apocalipse

 

As sete igrejas do Apocalipse

Introdução


As Sete Congregações de Revelação, também conhecidas como as Sete Congregações da Ásia Menor, são as Congregações das cidades mais importantes desta região no início do cristianismo, mencionadas no livro do Apocalipse, no Novo Testamento. Atualmente, todas as ruínas destas antigas cidades encontram-se na Turquia. Na Revelação, Jesus Cristo instrui o apóstolo João da seguinte forma:
«...O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.» (Apocalipse 1:11)[1]
Devemos entender o termo "Congregações", neste contexto, como as comunidades cristãs que viviam nestas cidades e não necessariamente Congregações no sentido de templos, prédios ou construções, as quais foram construídas posteriormente para serem locais de reunião e culto.
As sete igrejas citadas são:


• Éfeso (Apocalipse 2:1-7) 
• Esmirna (Apocalipse 2:8-11) 
• Pérgamo (Apocalipse 2:12-17) 
• Tiatira (Apocalipse 2:18-29) 
• Sardes (Apocalipse 3:1-6) 
• Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) 
• Laodicéia (Apocalipse 3:14-22)

Citação
Das sete igrejas em Apocalipse, temos:
Eféso
A primeira delas, precisava se arrepender, pois havia perdido o primeiro amor. Esse primeiro amor é um amor ardente. É este amor que Deus deseja. Amar a Deus não é fácil. Precisamos aprender a amar a Deus. Ele nos ensina a amá-lo. Só quem o ama pode alimentar-se da árvore da vida. Por isso é necessário ganharmos a experiência da segunda igreja, Esmirna. 
Éfeso foi uma das grandes cidades dos jônicos na Ásia Menor, situada no local onde o rio Cayster que desagua no Mar Ageu. Era o centro comercial, religioso e político da Ásia Ocidental. E está situada próximo ao lugar onde Caister e Meandro desembocam no Mar Ageu. Foi fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa e Alexandre libertou-a em 334 a.C.. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos. Situa-se na Turquia atual.
Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25 mil espectadores de uma população total estimada em cerca de 400 mil a 500 mil habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e VI a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C. Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já se constituía em centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios. 
Sua riqueza, contudo, não era apenas material. Nela se destacavam iniciativas culturais como escolas filosóficas; escola de magos e muitas manifestações religiosas, sendo a mais significativa em torno de Ártemis; a deusa do meio ambiente conhecida como Diana pelos romanos, a deusa da fertilidade. É dedicado a Ártemis o maior templo nela encontrado por arqueólogos austríacos. Ao lado do templo de Ártemis, com 80 metros de comprimento e 50 metros de largura, foram encontrados suntuosos palácios romanos. Outras descobertas incluem uma bela casa de banho, de mármore, com muitos quartos, uma magnífica biblioteca, a "Catacumba dos Sete Adormecidos", onde foram encontrados centenas de locais de sepultura, e um templo dedicado à adoração ao imperador. Ali havia uma estátua de Domiciano, o imperador que exilou João na ilha de Patmos e perseguiu aos cristãos. Como é comum em praticamente todas as cidades ao redor do Mediterrâneo, também Éfeso acumulava em sua tradição traços religiosos orientais, egípcios, gregos, romanos e do judaísmo. 
O antigo geógrafo Estrabão, que viveu de 64 a.C. a 25 d.C., descreveu-a como "o maior centro de comércio exterior que havia na "Ásia". Os arqueólogos encontraram uma inscrição em pedra (talvez erigida por ordem do imperador), que premiava Éfeso como a "mais ilustre de todas as cidades" da Ásia.
Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu. Os apóstolos Paulo e João pregaram na cidade. A cidade foi sede de dois concílios. 
Perfil da Igreja de Éfeso
A Igreja de Éfeso é a única das sete igrejas, mencionadas em Apocalipse, que faz referências a apóstolos. Esta é a razão pela qual a mensagem Jesus Cristo se dedica a todas as igrejas apostólicas do século I, e não somente a esta igreja. Por esta razão, a igreja de Éfeso é considerada a igreja apostólica ou igreja primitiva.
O período efésio, ou apostólico, iniciou desde o dia de Pentecostes (perto do ano 30 d.C) e durou até 100 d.C. 
O nome "Éfeso" quer dizer "desejado". Portanto, esta era e é a igreja desejada pelo Senhor Jesus. É assim que devemos trabalhar para tornar nossas igrejas tão desejadas como a de Éfeso.
A igreja de Éfeso pregou o evangelho por todo o mundo, conforme Romanos 10:18:
"Mas digo: Porventura não ouviram? Sim, por certo, pois Por toda a terra saiu à voz deles, E as suas palavras até aos confins do mundo."
A igreja primitiva conseguiu propagar o evangelho de uma maneira fenomenal, e há um detalhe muito importante a ser citado: este êxito se deve ao ministério de judeus convertidos. Hoje, a igreja, ao redor do mundo, é composta também por não-judeus.


Esmirna
Provação. Quando estamos em sofrimento, daí é que nós nos voltamos ao Senhor, valorizamos as reuniões, os grupos familiares, e até pedindo a oração dos irmãos, mas quando o sofrimento passa a nossa tendência é nos afastarmos de Deus e nos unirmos ao mundo.
 Esmirna (em turco İzmir) é uma cidade da Turquia, na costa do mar Egeu. Tem cerca de 2,54 milhões de habitantes. 
A cidade de cinco mil anos é uma das cidades mais antigas da bacia de Mediterrâneo. A cidade original foi estabelecida por volta do terceiro milênio a.C., quando compartilhou com Tróia a cultura mais importante da Anatólia. Por volta de 1500 a.C. tinha caído na influência do Império Hitita da Anatólia Central. Segundo o historiador grego Heródoto de Halicarnasso, a cidade foi primeiro estabelecida pelos eólios, mas foi logo depois tomada pelos Jônicos, que a tornaram um dos maiores centros culturais e comerciais do mundo na época. No primeiro milênio antes de Cristo, Esmirna era uma das cidades mais importantes da Federação Jônica. Acredita-se que Homero lá residiu durante este período.
A conquista da cidade pelos Lídios por volta de 600 a.C. trouxe fim a este período. Esmirna permaneceu como pouco mais que uma aldeia da Lídia e depois caiu sob o domínio Persa. Antes do século IV a.C., uma nova cidade foi construída nas encostas do Monte Pagos (Kadifekale), durante o reino de Alexandre o Grande. O período romano de Esmirna, que começa antes do século I a.C., foi a sua segunda grande era. O domínio bizantino chegou no século IV e durou até a conquista seljúcida no século XI.

Perfil da Igreja de Esmirna
Historicamente falando, pouco se sabe sobre a Igreja de Esmirna, mas o que se sabe ao certo é que foi uma igreja que permaneceu fiel em meio à perseguição implacável dos imperadores romanos. 
Comparando a igreja de Esmirna com os períodos históricos pelos quais passou a igreja de Jesus Cristo, ela corresponde ao período de 100 a 312 d.C., quando sofreu intensa perseguição dos imperadores romanos que tinham o objetivo de banir o Cristianismo da face da terra. Foi talvez a maior perseguição sofrida pela Igreja de Jesus Cristo até os dias de hoje. Atribui-se, então, à igreja de Esmirna o título de igreja perseguida.
Revela-se aqui, a primeira estratégia de Satanás para freiar e destruir o Cristianismo: a perseguição. No período de 30 d.C. a 100 d.C., vimos através da igreja apostólica, representada pela igreja de Éfeso, que ela era eficiente: pregou o evangelho por toda a Ásia, era fiel a Cristo. Os membros amavam mais a Cristo do que suas próprias vidas - uma lição para a igreja atual! 
Porém, Satanás aprendeu que quanto mais perseguia a igreja, mais ela crescia! Portanto, a estratégia da perseguição falhou, de início. Veremos, no estudo sobre a igreja de Pérgamo, que Satanás muda sua estratégia e infelizmente dá um golpe de mestre no Cristianismo: ele contamina a igreja Cristã, através do imperador Constantino, que se declarou cristão, mas fundiu as religiões politeístas (vários deuses) greco-romanas com o Cristianismo.
Tamanha era a perseguição sofrida no período representado pela igreja de Esmirna que a Igreja de Jesus Cristo sofreu oito dos dez períodos de perseguição por parte dos imperadores romanos. A tabela abaixo mostra que, fora os imperadores Nero e Domiciano, todos os outros perseguiram a Igreja de Jesus Cristo entre 100 e 312 d.C:
Nero 54-68 d.C.  Decapitou Paulo e crucificou Pedro
Domiciano 81-96 d.C Exilou João na ilha de Patmos
Trajano 98-117 d.C.  
Marco Aurélio 161-180 d.C.   
Severo 193-211 d.C.   
Maximino 235-238 d.C.   
Décio 249-251 d.C.   
Valeriano 253-260 d.C.  
Aureliano 270-275 d.C.  
Diocleciano 284-305 d.C.  
Apenas para se ter uma idéia de como Satanás usava os imperadores para matar cristãos, citaremos algumas atrocidades cometidas no período:
• Nero fazia "cristãos-tocha", ou seja, amarrava cristãos em mastros no jardim de seu palácio e os queimava vivos em público 
• A maioria dos imperadores levaram centenas de cristãos à arena do anfiteatro de Roma para serem devorados por leões, o que era visto pela cidade toda como platéia 
• Diocleciano foi considerado o maior opositor do cristianismo. Ele assinou um decreto para se eliminar as escrituras bíblicas da face da terra. Muitas cidades faziam cerimônias públicas para incineração das primeiras Bíblias 
• Alguns dos imperadores queimavam cristãos em fogueiras 
• Outros eram ainda mais sanguinários: cubriam cristãos com peles de animais e os lançavam aos cães selvagens, que os devoravam até a morte.

Pérgamo
(Casamento com o mundo) e o resultado disso é nos tornarmos idólatras (Tiatira). 
Pérgamo (em grego: Πέργαμος, transl. Pérgamos), atual Bergama é uma antiga cidade grega que situava-se na Mísia, no noroeste da Anatólia, a mais de 20 km do Mar Egeu numa colina isolada do vale do Rio Caicos, era a capital da Ásia até o final do século I. Era uma cidade entregue à adoração a vários ídolos gregos, com grande predominância na adoração a Baco (deus da diversão) e a Asclépios (deus da sanidade). Em vista disto, o governador romano local tinha grandes dificuldades em conduzir as inúmeras diferenças religiosas presentes na cidade.
Existiu desde o século V a.C., mas apenas no período helenístico tornou-se importante, por ter sido sede da dinastia atálida.
Possuía uma biblioteca de prestígio que perdia em importância apenas para a tão famosa biblioteca de Alexandria. A tradição de Pérgamo foi tamanha que o seu nome batizou o pergaminho.
No monte cônico, quase 300 metros acima do vale ao redor da cidade, vários templos foram construídos, entre os quais destaca-se um altar dedicado a Asclépio, deus grego da cura. Pérgamo tornou-se o centro de quatro seitas pagãs durante o século I, competindo com Éfeso.
Outro fator importante presente em Pérgamo é o fato da cidade ser considerada como trono de Satanás, segundo Jesus Cristo. 
Perfil da Igreja de Pérgamo 
Vimos, ao estudar a Igreja de Esmirna, que Satanás usou de sua primeira estratégia para banir os cristãos da face da terra: a perseguição. Porém, Satanás aprendeu que, quanto mais perseguia os cristãos, mais a Igreja prosperava e permanecia. Portanto, perseguir não foi uma estratégia bem sucedida por parte do inimigo.
Agora Satanás muda a estratégia, e dá um golpe muito forte, e infelizmente de muita inteligência: Satanás passa a contaminar a Igreja para tentar extingui-la. Depois das perseguições implacáveis, porém sem êxito, promovidas pelo imperador Diocleciano, entra em cena um novo imperador romano: Constantino.
Constantino se sentiu atraído pelo Cristianismo, tanto que aceitou a fé cristã e se declarou seu defensor e protetor. Logo após assumir o poder, emitiu um edito de tolerância ao Cristianismo e passou a favorecer financeiramente a Igreja Cristã. Ele também determinou que os templos a deuses pagãos agora pertenceriam também à Igreja. Aparentemente tudo bem. A perseguição cessa. Mas é exatamente aqui que Satanás começa a contaminar a Igreja.
Satanás sabia muito bem que se juntasse poder religioso com poder político, o resultado seria o controle das massas. Vimos isto na figura dos faraós do Egito, nos líderes da Babilônia, nos caldeus etc. A Bíblia está repleta de povos que ficavam sob o controle do inimigo através de teofania, de adoração a deuses pagãos, etc.
Por conta do favorecimento financeiro que Constantino fornecia à Igreja, os líderes locais passam a "agradar" ao imperador e, para mostrar paz e tolerância para com os povos que cultuavam deuses pagãos, começam também a introduzir costumes pagãos dentro da Igreja. Tudo para não perderem a ajuda financeira vinda do imperador.
Com isto, a Igreja Cristã passa a ser contaminada e perde sua autenticidade diante de Deus. Romanos e gregos eram politeístas e cultuavam aos mesmos deuses. somente com nomes gregos ou romanos. Esta cultura politeísta, por causa do agrado ao imperador, começa a invadir a Igreja, e passam a ser cultuados em forma de santos e anjos - doutrinas não bíblicas. Introduzem-se então vários costumes pagãos na Igreja neste período, entre eles:
300 d.C.  Oração pelos mortos
375 d.C.  Adoração a santos e anjos 
431 d.C.  Adoração a Maria 
500 d.C  Os sacerdotes passam a se vestir diferentemente do resto do povo 
526 d.C.  Extrema unção 
593 d.C.  Instituída a doutrina do purgatório 
600 d.C.  Os cultos só podem ser realizados em latim 
Tais fatos históricos, baseados em documentos de pesquisa, revelam a estratégia de Satanás ao longo da história da Igreja, que sempre foi exterminar o Cristianismo - obviamente que Satanás não conseguiu tal intento. 
Satanás uniu os poderes político e religioso mais uma vez e passa novamente a controlar as massas. Quando o Estado passou a controlar a Igreja, o evangelismo, a consagração a Deus, o fervor no Espírito sumiram. Estava estabelecida a contaminação. A Igreja então começa a enriquecer financeiramente e se tornar poderosa politicamente, e o povo da época acreditava que tal fato faria com que a Igreja seria melhor a cada dia.


Tiatira
Igreja de grandes obras, serviço, mas idolatra uma mulher (Jezabel), que engana ao filhos de Deus para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. 
Tiatira era o nome antigo da moderna cidade turca de Akhisar ("Castelo Branco"). Era um importante centro comercial na Ásia Menor e foi fundada para ser um posto militar. Foi destruída por um grande terremoto durante o reino de Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.), mas foi reconstruída com a ajuda do Império Romano.
Era famosa pelo seu comércio e por sua produção de têxteis, incluindo o índigo. Segundo o livro de Atos dos Apóstolos, uma das comerciantes de roupas da cidade era uma mulher chamada Lídia, que conduzia negócios em lugares distantes como Filipos (Atos 16:14).
Na Antiguidade, a cidade era conhecida pelas suas muitas guildas comerciais. E, para poder trabalhar no comércio era necessário que o cidadão pertencesse a alguma guilda, sendo muito comum que os membros dessas associações participassem de festas dedicadas ás divindades pagãs que terminavam geralmente em orgias sexuais.
Perfil da Igreja de Tiatira
A Igreja de Tiatira tem como uma de suas características o foco maior nas obras das mãos dos homens do que a crença na sã doutrina. Além disso, Jesus repreende essa igreja por ela permitir o ensino de heresias e falsas doutrinas.
A Igreja de Tiatira representa também o período histórico chamado de Idade das Trevas, que compreendeu o período de 606 d.C. a 1517 d.C. "Trevas" significa que durante esse período, se acentuou muito o paganismo dentro do Cristianismo, continuando processo de contaminação iniciado por Satanás no período histórico da Igreja representado pela Igreja de Pérgamo.
A luz que Jesus Cristo confiou à Igreja se extinguiu por muito tempo e não apareceu mais até a Reforma, promovida por Martinho Lutero, em 31 de outubro de 1517. Como continuação do paganismo iniciado no perído que compreende a Igreja de Pérgamo, algumas das seguintes doutrinas pagãs passam a ser introduzidas no Cristianismo:

607 d.C. Bonifácio III é nomeado o primeiro Papa
709 d.C. Os fiéis passam a beijar os pés do Papa
786 d.C. Começa a adoração a imagens e relíquias
850 d.C. Começa o uso da "água benta"
995 d.C. Começa a canonização dos santos que morreram
998 d.C. Começa o jejum às sextas-feiras e no período de quaresma
1090 d.C. Começa-se a rezar o rosário
1184 d.C. Começa a inquisição 
1190 d.C. Vendem-se as indulgências
1220 d.C. Adoração à hóstia 
1229 d.C. Proibição do povo de ler a Bíblia (somente sacerdotes poderiam lê-la) 
1414 d.C. O povo é proibido de participar da ceia durante a comunhão 
1439 d.C. Decretada a doutrina do purgatório 
1546 d.C. Os livros apócrifos são inseridos na Bíblia 
1870 d.C. Proclamada a infalibilidade do Papa (o Papa passa a ser um homem que jamais se engana) 
1965 d.C.  Maria é proclamada como mãe da Igreja 
O nome "Tiatira" é originário de duas palavras que significam sacrifício e contínuo. Ou seja, a Igreja, agora com sua sede em Roma, nega a doutrina da salvação por meio de Jesus Cristo e promove a heresia do sacrifício contínuo para se adquirir a salvação e purificação dos pecados, o que envolve penitências, indulgências, obras das próprias mãos (como pagamento de promessas) - todas idéias satânicas que o próprio Senhor Jesus classifica como sendo "coisas profundas de Satanás" (Apocalipse 2:24). 
Todas essas práticas pagãs vieram da Babilônia. Satanás fez exatamente a mesma coisa nos costumes religiosos dos babilônicos. Somente se trocavam os nomes dos deuses e das práticas. Não é à toa que Jesus se refere à Babilônia como "mãe das meretrizes e das abominações da terra" (Apocalipse 17:6).
Em contrapartida, é também extremamente importante comentar o fato de que o paganismo acentuado em 606 d.C. continua até hoje em muitas igrejas (inclusive em muitas igrejas que se denominam evangélicas), por isso consideramos que o período representado pela Igreja de Tiatira começa em 606 d.C. e se estenderá até a Tribulação. Obviamente, uma igreja pagã e contaminada não subirá no dia do Arrebatamento e continuará presente até que se inicie a Tribulação, quando o anticristo então elegerá o falso profeta como o regente de uma religião mundial (única e falsa), unindo todo paganismo possível mascarando uma adoração ao próprio Satanás.

Sardes
Porém Deus não desiste pois tem um propósito: ter uma expressão de Seu Reino na terra, e por meio de Sua luz separa aqueles que receberam a verdade e dá início então à Sua Restauração. Mas por essas verdades não serem praticadas, cessou-se então a obra de restauração e deu-se início as divisões, e a divisão não é uma obra do Espírito. A obra do Espírito consiste na unidade do Corpo de Cristo que está relacionada à Igreja em Filadélfia. 
Sardes ou Sárdis (Σάρδεις, em grego), correspondente ao moderno vilarejo turco de Sart, foi a capital do antigo reino da Lídia, sendo depois sede de uma província durante o Império Romano, após as reformas administrativas de Diocleciano, continuando a pertencer depois e durante o período bizantino.
Sardes localizava-se no vale do rio Hermo e no sopé do íngreme monte Tmolo, distante cerca de 34 km ao sul daquele curso d'água. No local, encontra-se hoje o vilarejo turco de Sart, da província de Manisa.
A importância da cidade era devida ao seu poderio militar, à sua localização numa estrada importante que ligava o Egeu ao interior, e ao vale fértil do Hermo.
Perfil da Igreja de Sardes 
Alguns poucos crentes desta igreja eram realmente vivos e não contaminaram suas vestes. A palavra "Sardes" quer dizer os que escapam ou os que saem. Ao relacionarmos esse nome com a condenação de Cristo a essa igreja, o resultado será uma descrição perfeita das igrejas da época da Reforma. 
Por isso, a igreja de Sardes representa também o período histórico da Reforma Protestante, que ocorreu em 1520 d.C. A Reforma Protestante ocorreu como resultado da contínua prática da igreja de Roma nas doutrinas pagãs em vez da permanência nas Escrituras.
O ponto principal de protesto à Roma era justamente o que Martin Lutero citava em Romanos 1:17, que diz que "o justo viverá pela fé". Em 31 de outubro de 1517, Martin Lutero publicou 95 teses provando que a doutrina da igreja de Roma estava totalmente equivocada e pagã à luz da Bíblia. As igrejas da Reforma passaram a não mais praticar a salvação pelas obras (o que Roma impunha até então) para declararem que a salvação, na realidade, vem pela fé. Até aí, o movimento Protestante foi realmente benéfico e Satanás recebeu um contra-ataque aos seus planos de manter a igreja contaminada sob o seu controle.
Porém, o grande problema depois da Reforma foi outro contra-golpe de Satanás, que novamente usou da estratégia da contaminação para anular qualquer ameaça de avivamento na época. 
Em primeiro lugar, as próprias igrejas da Reforma acabaram se convertendo em igrejas do Estado. Lutero, depois de ser tremendamente usado por Deus para iniciar o processo de reavivamento da igreja, usou de uma estratégia errada e buscou aprovação de líderes políticos alemães e a igreja luterana se transformou em igreja estatal da Alemanha.
E, assim, outros líderes locais do movimento protestante de outros países copiaram a mesma estratégia, respectivamente. A tragédia dessa estratégia foi que, sendo estatal, automaticamente toda a população do país estava automaticamente inserida dentro da igreja, e anulava a necessidade da aceitação individual de Jesus Cristo para salvação. Mais um efeito colateral da estratégia foi que havia sempre a tendência de se satisfazer primeiro o governo do que a Deus.
Em segundo lugar, Satanás procurou paralisar o efeito real que a Reforma traria à igreja de Jesus Cristo no intuito de manter a contaminação impregnada, de uma maneira ou de outra. E teve um certo êxito. Muitos dos costumes pagãos de Roma acabaram permanecendo dentro das igrejas da Reforma, tais como batismo de crianças recém-nascidas, por exemplo.
Esses dois fatores fizeram com que o Espírito Santo de Deus continuasse sem espaço para agir, porque não se ministrava o Evangelho, nem um encontro pessoal com Jesus Cristo. Sem isso, uma igreja é literalmente morta.
É essa a razão pela qual Jesus afirmou que a igreja de Sardes estava morta em sua época.
Cabe uma observação importante aqui: Nem por isso devemos julgar Lutero, porque ele foi mesmo escolhido e usado por Deus para iniciar o ressurgimento da verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Assim como Lutero, até Davi errou ao longo de sua vida com Deus (assassinou, adulterou) mas nem por isso deixou de ser homem segundo o coração de Deus (Atos 13). Lutero era SIM homem segundo o coração de Deus. Prova disso é que Satanás, no fim das contas, não pôde impedir o ressurgimento e o avivamento da Igreja de Jesus Cristo ao longo da história até os dias de hoje. 
"Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas..."

Jesus escolheu uma de suas características mais interessantes para se revelar à igreja de Sardes. Foi a mesma natureza divina que revelou a João em Apocalipse 1. 
Os sete Espíritos aqui citados não são "sete Espíritos Santos", mas sim, uma referência às sete obras do Espírito Santo de Deus, conforme está em Isaías 11:2:
"Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor."
As sete estrelas são as mesmas de Apocalipse 1:20, quando o Senhor revela a João que as sete estrelas são os sete anjos das sete igrejas. Aqui, alguns estudiosos crêem que os anjos representem os líderes das igrejas, e outros crêem que os anjos são realmente seres angelicais sobrenaturais.
Em outras palavras, essa forma de Jesus se apresentar à igreja de Sardes tem o objetivo de justamente adverti-la de que essa igreja confiava mais no Estado do que no Espírito de Deus.

Filadélfia
(Amor de uns para com os outros). Filadélfia não tem como sustentação o ensinamento de homens. O que dá sustentação à igreja é o Nome e a Palavra. É o que precisamos conservar para que ninguém tome a nossa coroa, essa Igreja tem pouca força mas possue uma porta aberta que ninguém pode fechar.
A cidade de Filadélfia estava bem no centro da civilização grega. Foi fundada por Átalos II Filadelfos de Pérgamo, em 189 a.C. Em 481 a.C, o rei persa Xerxes I viajou a Sardes a caminho da Grécia. O prováveis objetivos de Átalos II em fundar a cidade de Filadélfia foram estabelecer uma passagem para a cidade de Frígia e helenizar aquela população que até então falavam em seu próprio idioma, o gálico.
Hoje, Filadélfia corresponde à cidade turca de Alasehir, situada a 130km ao leste de Esmirna. Portanto, por situar-se em um local estratégico, Filadélfia foi uma cidade que exerceu grande influência sobre aquela região do mundo antigo. Segundo as Escrituras, a Igreja em Filadélfia era cheia de vida, e realmente representava o verdadeiro, autêntico Cristianismo, sem a contaminação que havia atingido outras das sete igrejas de Apocalipse.

Perfil da Igreja de Filadélfia 
Filadélfia é um nome grego que significa "amor fraternal". O Senhor Jesus elegeu a Igreja de Filadélfia para representar o período histórico de avivamento que ocorreu na Igreja por volta de 1750 d.C. e que continuará até a ocasião do Arrebatamento. O período imediatamente anterior representado pela igreja de Sardis marcou a nova contaminação na Igreja por parte de Satanás, apesar da mesma haver passado pelo período da Reforma Protestante que deveria avivá-la, mas Satanás a atacou novamente no sentido de tentar mantê-la fria, morta, sendo novamente Igreja do Estado, tal qual era no período representado pela Igreja de Pérgamo. Tudo para tentar impedir o avivamento do Espírito Santo. 
Em resumo: não foi a Reforma quem contaminou a Igreja, obviamente. Satanás tentou com que a Reforma não fosse efetiva na Igreja neste período. 
Entre vários movimentos do Espírito Santo ao redor do mundo por volta de 1750 d.C. a fim de reativar o avivamento, vale a pena destacar um deles: o surgimento de John Wesley. 
John Wesley, fundador da igreja metodista, surgiu como resultado de intercessão dos cristãos ingleses que clamavam a Deus por mudanças na Inglaterra da época, que estava literalmente entregue à miséria e à bebedice, sem futuro. Há registros históricos impressionantes de odres de vinho que se rompiam durante a disputa voraz da população londrina pobre por bebida, a ponto de homens e mulheres beberem o vinho que escorria pela sarjeta das ruas. A Inglaterra necessitava de mudança social drástica.
Uma das reuniões intercessoras de maior destaque foi o movimento de cem anos de oração elaborado e posto em prática pelo Conde Zindendorff, clamando a Deus por avivamento, no início do século XVIII. Pelo menos uma pessoa por dia orava pedindo perdão pelos pecados da nação inglesa, entrando na brecha (Ezequiel 22:30), fazendo com que o movimento de cem anos de oração fosse ininterrupto. Qual foi o resultado? O surgimento de John Wesley, que percorreu toda a Inglaterra montado a cavalo, sem jatinho, sem internet, e levou a Inglaterra a um dos maiores avivamentos em sua história, tirando-a da situação de miséria que vigorava até então.
O diabo tentou eliminar esse avivamento: aos oito anos de idade, John Wesley quase morreu em um incêndio criminoso misterioso em sua casa. Sua mãe narrou que John foi último dos filhos que ela conseguiu tirar da casa em chamas. Mas o diabo não conseguiu. O Poder de Deus sempre é maior. Dizia Samuel Chadwick: "O diabo treme, quando um homem ou uma mulher começa a orar, porque ele sabe que Deus vai agir". Aleluias!
Que exemplo! A intercessão muda a história! A intercessão acelera o cumprimento da Palavra! Vocês já pensaram se a Igreja Brasileira tomasse uma posição radical assim, nesses moldes? Quando isso acontecer, nosso Brasil será mudado totalmente!
O interessante disso é que o avivamento promovido pelo Espírito Santo nessa época reativou o trabalho missionário ao redor do mundo. O "ide" de Jesus (Marcos 16:15-16) voltou a ser obedecido pela Igreja. Sabem por que? Porque o resultado da intercessão é a reconciliação entre os homens e Deus. Jesus, o intercessor (mediador) entre os homens e Deus, fez isso na cruz, e a intercessão sempre produzirá esse resultado ao final: reconciliação.
Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá:

À igreja de Filadélfia, Jesus revela quatro características que não estão na visão de João em Apocalipse 1. São elas:
• Santo: Jesus relembra a Igreja de Filadélfia acerca da Santidade Dele. Em 1 Pedro 1:16, a Palavra afirma: 
"...porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo."
A Igreja de Filadélfia se preocupava muito em buscar a santidade. Por isso Jesus se revelou como Santo à eles.
• Verdadeiro: Em João 14:6, Jesus afirma ser a Verdade. Verdadeiro, segundo o dicionário Webster, significa íntegro, genuíno, confiável, consistente com fatos ou realidade. Em Jesus, não há duvidas! Em João 6:32-35, Jesus afirma novamente que Ele é o pão verdadeiro: 
"Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá. Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então, lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede."
Laodicéia
Por fim temos uma advertência: se perdermos a simplicidade com relação ao Nome e à Palavra, poderemos cair na condição de Laodicéia, que se achava rica e abastada, pois o Senhor precisa bater para entrar novamente, por estar com a porta fechada.
Entre essas sete igrejas, cinco delas o Senhor adverte para que se arrependam de sua condição, mas Esmirna e Filadélfia não possuem tal advertência pois são igrejas que se arrependem. 
Laodiceia, hoje Pamucale, situava-se cerca de 80 km de Éfeso e 64km a sudeste de Filadélfia, foi uma das mais prósperas cidades da Frígia, durante a época romana era uma cidade muito rica, consistindo em centros de comércio e indústria muito prósperos na época. A cidade em si estava totalmente imersa na cultura grega. As ruínas de três igrejas encontradas na cidade evidenciaram que as mesmas eram realmente ricas, do ponto de vista financeiro. Curiosamente, os vestígios arqueológicos jamais revelaram quaisquer sinais de que a igreja de Laodicéia teria tido êxito na propagação do evangelho na região, ao contrário da igreja de Éfeso, cujos registros arqueológicos provaram que a mesma foi muito eficaz em suas atividades ministeriais.
A cidade é citada algumas vezes no Novo Testamento da Bíblia, na qual Paulo esteve em sua terceira viagem missionário, sendo também mencionada entre as sete igrejas do livro Apocalipse, considerada como uma igreja morna quanto à sua atividade, como uma metáfora à temperatura das águas que abasteciam a cidade.
Perfil da Igreja de Laodicéia 
Laodicéia, em grego, quer dizer leigos. Em Colossenses 4:16, Paulo indica que havia uma relação entre a igreja de Colossos e a de Laodicéia, ou pelo menos ele estimula que haja uma comunicação entre as duas igrejas:
"E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós."
A igreja de Laodicéia é designada por Jesus como sendo "morna", nem fria nem quente, ou indiferente, o que faz com que possamos associar a Igreja de Laodicéia ao período em que a apostasia mais se acentuou na igreja, que começa em 1900 d.C. O termo "morna" é justamente usado em contraposição entre as águas termais quentes da cidade vizinha de Hierápolis e as águas frias e puras de Colossos, o que sugere uma indefinição, ou uma falta de posicionamento por parte dos cristãos laodicenses. Cristãos sem posicionamento definido conferem com o que está escrito em 2 Timóteo 3:5:
"...tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes."
Não adianta ter aparência de piedade, mas negar o poder ou eficácia dela. Assim sugere o texto em que Jesus julga a igreja de Laodicéia.
Ao longo dos versículos a seguir, falaremos ainda mais da apostasia representada pela igreja de Laodicéia que está inserida em muitas igrejas de hoje, e que precisa ser extinta imediatamente. O objetivo, claro, é alertar aos cristãos de que a igreja precisa de cura, pois isso faz parte do processo de adorno da Noiva para poder receber o Noivo dignamente em Sua volta. Mas para se curar uma ferida, é preciso expô-la. Ninguém vai ao médico e espera que ele adivinhe os sintomas de uma enfermidade. O paciente descreve os sintomas, e então o médico faz um diagnóstico e elabora o tratamento correto para a cura. Assim deseja também o Médico dos médicos, Jesus, fazer o mesmo com a Sua Noiva.