" APRENDA A AMAR O QUE DEUS AMA E A VALORIZAR O QUE DEUS VALORIZA " - Parte 1

11/09/2012 11:21

                       Proteja o que é precioso!   -  Parte 1

                                                     
Num momento de grande catástrofe uma inundação, um terremoto ou semelhante nós fugiríamos sem levar nada, porque a vida é o essencial, a base para construir todas as outras coisas. Mas, diante da avalanche da mídia e dos “valores” modernos estamos sendo inundamos e soterrados com valores destrutivos e não estamos salvando o essencial, aquilo que gera Vida para a sociedade.
 
Nós estamos vivendo momentos difíceis, onde valores importantes estão arriscados a serem vaporizados por valores novos e destrutivos, a mídia impulsiona uma nova cultura que passa despercebida por baixo das portas de todos os lares abalando a família e os alicerces da sociedade como o Senhor estabeleceu. Esta história ajuda-nos a retomar a guarda de um sentimento que se vive a dois e que ampara a muitos como um tronco que segura vários ramos. Um sentimento que se transforma em instituição e, por ter sido criada por Deus, é sagrada.
 
Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio. O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:
 
Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

- Meus filhos, foram 55 bons anos…Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.
Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises.
Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor e perdoamos nossos erros… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim…
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo:
- Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.
E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
 
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada. 

Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe e terá a indescritível alegria de compartilhar, alegria esta que a solidão nega a todos que a possuem…

 
Não estou aqui falando de sofrer contra a vontade uma relação destruída pelo adultério (Mateus 19:9), mas de estar apto a abrir mão de si mesmo para responsabilizar-se para cuidar de alguém sem a data de validade de um iogurte. Não é o fim a que os relacionamentos tem chegado que me preocupa, é o princípio sobre os quais eles iniciam, que os levam a cada dia a finais cada vez mais tristes. Nós clamamos por amor e o matamos sufocado pelo egoísmo e por padrões de doença a cada dia. Nenhum tipo de prática ou sentimento que faça o mal para o outro pode ser considerado amor porque amar é dar Vida:“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).   Nenhuma forma de amor que traga como resultados tristeza, doença e morte pode ser considerada como amor.