' DA HUMILDADE ORIGINA-SE A HONRA, PORÉM DA SOBERBA ORIGINA-SE A DERROTA " - Parte 2

21/01/2014 06:58

A HUMILDADE E SUA IMPORTÂNCIA NO CRISTIANISMO – Parte 2

Humildade É A Obra de Deus

Em II Cor. 7:6 diz: "Mas Deus, que consola os abatidos..." Os cristãos que têm tribulações, pobreza e sentimentos de fraqueza, sem dúvida alguma usufrui da companhia do poderoso Consolador, o próprio Deus.

O sábio tem a sua sabedoria para lhe consolar.

O forte tem a sua força para lhe consolar.

O rico tem a sua riqueza para lhe consolar.

Porém, os fracos podem conhecer a beneficência, juízo e justiça do próprio Deus. Este é o consolo que o abatido pode gloriar-se (Jer. 9:23,24). Porém, não se glorie de sua pobreza, mas em Deus. A pobreza pode ser um fator convincente da sua necessidade de Deus, mas a glória deve ser dada a Deus.

Em Tiago 4:6 e em I Pedro 5:5 lemos: "Deus dá graça aos humildes" . Deus ampara os desamparados e os humildes. Os que se julgam auto-suficiente, não precisam de amparo. Deus dá ajuda em tempo oportuno aos humildes. Os que se julgam poderosos, não precisam de graça. A graça de Deus sempre está ao lado dos espiritualmente fracos e necessitados. Veja o que Jesus disse a respeito disso em Marcos 2:17 e também em Lucas 5:32 Aos que se julgam perfeitos não precisam de misericórdia. Jesus Cristo está pronto para salvar todos aqueles que estão conscientes de sua falência espiritual. Veja esta grande verdade em Hebreus 4:15,16. Quando o pecador chega a conclusão da sua precária condição espiritual diante de Deus, então só resta chegar ao trono da graça para obter a misericórdia divina. Reconhecer a sua necessidade espiritual é dadiva de Deus.

É aconselhável que os humildes conheçam a importância desta ajuda: não há virtude na qualidade de ser pobre e fraco. Essas condições porém revelam a necessidade da ajuda divina. Certamente que a ajuda divina vem quando o pecador em qualquer circunstância chega ao trono da graça. Diante do trono da graça os humildes e miseráveis, espiritualmente falando, devem lançar sobre Ele as suas ansiedades (I Pedro 5:7-9); aproveitar dos sábios conselhos da Palavra de Deus (Sal. 19:9-11); ser mais obediente à Palavra do Senhor com determinação e fé (Fil. 4:6-9). Essa é a ajuda que todos recebem de Deus quando O procuram.

 

O Exemplo de Paulo nos Ensina

Em II Cor. 10:1 encontramos o apóstolo Paulo dizendo: "...quando presente ... sou humilde". Em nenhuma ocasião Paulo se achava um bonitão ou um auto-suficiente. Depois de sua conversão a Cristo, Paulo despiu-se de todo orgulho carnal e de todas vantagens que tinha em sua vida religiosa. Antes de aceitar Cristo, Paulo usufruía de muitas vantagens e prestígios em sua vida religiosa. Veja o que ele mesmo disse: "Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé..." (Gálatas 3:7-9). Depois de convertido Paulo tinha as provações e sofrimentos que eram marcas de um discípulo sincero que fez ele sentir as suas fraquezas (II Cor. 11:23-30; Gal. 6:17).

Conforme acabamos de ver, o apóstolo Paulo poderia confiar muito na carne. Vantagens não lhe faltava. Ele era circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamin, hebreu de hebreus; segundo a lei, foi fariseu; segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível (Fil. 3:4-6). Todavia, no seu ministério, ele não usou sublimidade de palavras ou de sabedoria, mas, sentiu-se em fraqueza, e em temor e em grande tremor. A sua palavra, e a sua pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder (I Cor. 2:1-5). Paulo se considerava crucificado com Cristo (Gal. 2:20). A sua glória era na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo estava crucificado para ele e ele para o mundo (Gal. 6:14; I Cor. 2:2, "Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado."). Paulo sentia-se humilde para consigo mesmo, mas ousado com a verdade (II Cor. 10:1, "ousado para convosco").

A atitude de Paulo para com as fraquezas, as injurias, as perseguições e as angustias, é uma lição para o Cristão. Se essas fraquezas ensinam o convertido em Cristo a se aperfeiçoar no poder de Deus mediante a fé no Senhor Jesus, então ele pode sentir prazer nelas (II Cor. 12:5-10). Também o Cristão é ensinado pelo exemplo de Paulo, que, por mais usado seja no ministério, a glória toda pertence a Deus.