Olho no olho

Pedro havia jurado sua eterna fidelidade a Jesus. Depois, sentado no pátio do Templo, esquentando-se à beira da fogueira, ele não conseguiu disfarçar seu sotaque, deixando ver que era provavelmente um discípulo do rabi da Galiléia. Sua linguagem tornou-se amarga e ele ficou tentando convencer as pessoas de que nunca havia conhecido Jesus. O olhar penetrante do Mestre, no entanto, lembrou a Pedro suas palavras: "Eu lhe digo, Pedro, que antes que o galo cante hoje três vezes, você negará que me conhece." 

Pedro, a rocha, tornou-se Simão, o covarde. Em nosso testemunho a respeito de Jesus, muitas vezes, falta também a força de uma rocha. É fácil professar a fé em Jesus na comunhão de amigos cristãos. É outra questão viver nosso discipulado nos pátios públicos da sociedade. Para nossa vergonha, quando o assunto é religião, um olhar estranho no rosto de um colega pode ser o suficiente para intimidar nosso testemunho. Quando estivermos em situações em que formos tentados a negar nossa fé, seria bom lembrar que Jesus está ali ao nosso lado e seu olhar é sempre de compaixão e amor. Então, quando a oportunidade para o testemunho surgir, poderemos olhar em sua direção, olho no olho, sem medo, sem amargura. 

Pense:
Só podemos olhar Jesus "olhos nos olhos", porque sua misericórdia é infinitamente maior que sua ira. 

Ore:
Senhor, damos-te graças por teu olhar de ternura, compaixão e amor. Teu olhar vigilante e protetor. Ajuda-nos a seguir com fé e testemunhar a tua graça com coragem e certeza.

Amém.