Toda família é instituída por Deus para honrar, glorificar e exaltar o Seu Santo Nome, anunciando em toda a terra os seus maravilhosos feitos !“ parte 2

06/01/2014 11:52

Familia Cristã - INSTRUMENTO DE AMOR EM DEUS NA TERRA  – Parte 2

             

2 - O NAMORO CERTO DE BOAZ E RUTE: (Rute 2).

Deus também nos deixou exemplos bons neste assunto, e Boaz e Rute servem como exemplos bom dum casal que controlou sua amizade e que foi ricamente abençoado pelo Senhor no seu casamento. Nós usamos a palavra "namoro" neste caso com cuidado e não como o mundo fala hoje.

Rute já era viúva, mas ainda nova e sem filhos. Ela voltou de Moabe com Noemi, sua sogra, e era verdadeiramente convertida ao Deus de Israel ( Rute 1: 16,17). Boaz também era homem de Deus, solteiro, rico, que esperava no Senhor.

Rute precisava de marido, mas não precipitou-se em procurá-lo. Ela saiu para trabalhar e foi guiada pelo Senhor ao campo de Boaz. As moças crentes muitas vezes procuram atrair os rapazes pelo seu modo de vestir, enfeitar e agir etc., mas esta vaidade vem da carne e não do Senhor, e um rapaz espiritual não será atraído à tal moça.

Boaz observou Rute e notou seu caráter espiritual e ouviu suas boas obras (v.s 5,1 1). Ele ajudou Rute e lhe deu proteção, sustento e conforto, mas esperava no Senhor e não havia nada de pressa ou da paixão carnal. Podemos deduzir de 3: 1 que Boaz não era mais jovem, e que não agiu precipitadamente em razão de sua idade. Com tempo, a amizade desenvolveu e o amor verdadeiro se manifestou em toda a santidade, respeito mútuo e pureza. O amor verdadeiro nunca vai humilhar a pessoa que ama, mas quer o seu bem e felicidade.O casal estava procurando saber a vontade do Senhor e chegou a entender Seu plano para suas vidas em casamento. Havia obstáculos, mas foram vencidos pelo poder de Deus e casaram "no Senhor". Foi um casamento feliz e Deus abençoou sua união matrimonial no nascimento de um filho chamado Obede, que se tomou pai de Jessé, avô de Davi (4:13,21,22). Assim, este casal se tornou parte da linhagem humana do nosso Senhor Jesus Cristo ( Mt 1 :5-16).

Este casal serve como exemplo para os jovens hoje. Devemos observar e conhecer o caráter da pessoa que nos atrai. A atração apenas física não é o suficiente para compreender a vontade de Deus para nosso casamento. Mesmo que a pessoa seja salva, isto não é suficiente para provar que é a pessoa "designada" para nós (Gn 24:14;44). Uma maneira de conhecer melhor o caráter e prioridades da pessoa sem qualquer influência de emoção é pelas cartas escritas. Com o tempo, observação e oração, nós vamos saber no coração se esta amizade é a vontade de Deus ou não. Se tivermos dúvidas, seria melhor parar e esperar mais no Senhor (1 João 3:19-22). O conselho de pais e presbíteros deve ser procurado e recebido humildemente. Deus tem um plano para nossa vida e nem sempre o casamento é parte deste plano, mas se for a Sua vontade para nós, Ele revelará Seu plano no tempo certo (Sl. 32:8,10; 37:3,5).

O NOIVADO

As palavras "noivo" e "noiva", achadas muitas vezes nas Escrituras referem-se aos casais "DESPOSADOS", que era na cultura dos judeus o estado antes do casamento semelhante ao "noivado" da nossa cultura (Is 62:5). O "desposado" era mais constringente sendo reconhecido perante a lei e somente podia ser desfeito no caso de infidelidade sexual que podia ser punida com até a morte dos culpados (Dt 20:7; 22:23-29, Mt 1: 19).

O desposado começou com uma cerimônia entre as duas famílias quando o valor do pagamento, chamado o "dote", foi combinado e pago pelo homem aos pais da moça. Também nesta ocasião os noivos trocaram presentes. Em certos casos um contrato de trabalho manual foi aceito pelos pais em lugar deste pagamento, como no caso de Jacó e Raquel (Gn 29:18-20). O tempo do desposado durava mais ou menos um ano e durante este tempo o rapaz era dispensado do serviço militar (Dt 20:7) e o casal podia arrumar sua morada futura e geralmente a noiva fazia a sua veste nupcial. Embora chamados de "marido" e "mulher" desde o começo do desposado, não viviam juntos e não tinham relações sexuais durante este tempo. Esta parte era rigorosamente guardada pelo casal e a moça tinha que provar que era virgem quando casou oficialmente no fim do desposado (Dt 22:13-21).

 

No dia do casamento oficial, os convidados chegavam às BODAS na casa dos pais do noivo. O noivo, acompanhado pelos seus amigos, saía tarde para encontrar com a sua noiva. As amigas da noiva esperavam a sua chegada e quando chegasse avisavam a noiva e os dois grupos iam para as bodas onde havia o casamento oficial e a recepção com o banquete que era celebrado com festividades e brincadeiras e que durava às vezes até por sete dias (Juizes 14:10-12; Mt 22:1-4; 25:1-6).

Embora o desposado do oriente fosse mais formal que o noivado que conhecemos, há aplicações importantes para os jovens salvos pensando em casamento.

1. O PROPÓSITO DO NOIVADO

Como o desposado dava um tempo para o casal preparar-se para o dia do casamento, hoje o casal, tendo a certeza que o casamento é a vontade de Deus para eles, geralmente ainda precisa dum tempo de preparação. Seria possível casar sem ter este tempo de noivado, mas a maioria de casais jovens tem pouco recurso financeiro e precisa dum tempo de preparação antes do dia do casamento.

Nunca devemos entrar nesta fase de noivado se tivermos qualquer dúvida sobre o casamento, pois é promessa séria e geralmente começa quando o rapaz conversa com os pais da moça sobre o seu desejo de casar-se com ela; e, sabendo que estão de acordo, dá uma "aliança" de ouro a ela como símbolo da firmeza desta promessa de casamento. Assim, os noivos começam a se prepararem para o dia do casamento.

Não podemos mencionar aqui todas as preparações necessárias para o dia, pois haverá preferências pessoais sobre a ordem do casamento, mas haverá a parte civil, e geralmente a parte espiritual e a parte social para planejar.

Com certeza o casamento trará mudanças e durante o noivado o casal deve procurar a vontade de Deus sobre onde vai morar e servir ao Senhor depois do casamento. O plano de Deus é que a nova família more numa casa diferente que seus pais, onde podem organizar a sua vida conjugal guiado por Deus e com a devida independência dos seus pais (Gn 2:24). Os pais do casal devem aceitar estas mudanças e deixá-los fazer a vontade de Deus. Lembramos aqui o exemplo de Rebeca e seus pais que entenderam que a vontade de Deus foi que ela mudasse longe para casar com Isaque e para servir ao Senhor em outro lugar (Gn 24:55-61). A nova morada deve estar perto de onde o casal pode reunir-se com outros irmãos para ajudar no serviço do Senhor (Hebreus 10:25) e normalmente isto será na igreja onde um ou ambos já são membros. Contudo, a possibilidade do casal mudar neste tempo para outro lugar para ser mais útil numa igreja menor deve ser considerada na presença de Deus.

Toda família é instituída por Deus para honrar, glorificar e exaltar o Seu Santo Nome, anunciando em toda a terra os seus maravilhosos feitos !“