CATOLICÍSMO ROMANO
A Igreja Católica é a única Igreja de Cristo?
A Igreja Católica prega oficialmente que ela é a única Igreja de Cristo. Se o leitor duvida, vamos às provas:
a) “A única Igreja de Cristo… é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la… Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste… na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunhão com ele” (Catecismo da Igreja Católica, página 234, # 816, Editora Vozes, 1.993. O que está entre parênteses é nosso).
b) “A Igreja Católica … continua sendo a única igreja verdadeira” 5
c) O Frei Battistini disse: “Se você pertence à única e verdadeira Igreja de Jesus, a Igreja Católica, sinta-se feliz e agradeça a Deus…” (A Igreja do Deus Vivo, página 46, 33ª Edição, 2001, Editora Vozes).
d) Na obra intitulada Os Erros ou Males Principais dos Crentes ou Protestantes, 7ª edição, editado pela editora O Lutador, sob o imprimatur do Monsenhor Aristides Rocha, afirma-se à página 4 que antes dos protestantes “existiam apenas católicos romanos, os genuínos cristãos do único e verdadeiro Cristianismo” (Grifo nosso).
e) O já citado Padre D. Francisco Prada, asseverou: “Ora, o reino de Deus na terra é a sua Igreja Católica. Pedimos que ela seja reconhecida como única representante dele; que desapareçam aquelas que, usurpando tal nome, a perseguem; que os hereges cismáticos e infiéis se voltem para ela como meio de salvação” (PRADA, Francisco. Novenário. São Paulo: AM edições. 3 Ed., 1996, p. 11, grifo nosso).
f) Vociferou o Padre Leonel Franca: [...] “Igreja Católica, [...] único baluarte da força moral, única tábua de salvação” [...]. (FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed., 1973, p. 298).
g) O autor destas linhas já teve a desdita de ouvir pessoalmente um padre católico dizer que “a Igreja Católica é a única igreja verdadeira, por ser a única fundada por Cristo’’, e acrescentou que as igrejas evangélicas são fundadas por homens.
Apresentar-se como a única Igreja de Cristo é uma das características das seitas; portanto, nenhuma igreja realmente cristã prega isso. O porquê disso é que sabemos que a única e verdadeira Igreja não está na rua tal, número tal, pois a mesma é o conjunto dos redimidos pelo sangue de Jesus, e não os adeptos de uma certa associação.
O ex-padre Aníbal confessou que após entregar-se a Cristo, permaneceu na Igreja Católica por mais de três anos, mostrando a todos os católicos (leigos e clérigos) que o Catolicismo não é bíblico. Logo, ele tornou-se membro da única e verdadeira Igreja de Cristo três anos antes de vincular-se fisicamente a uma igreja evangélica.
Essa vaidade dos papas de alegarem que o seu grupo é a única Igreja de Cristo, não encontra lugar entre os membros da igreja deste autor, os quais, apoiando-se em Rm 14 e outros trechos bíblicos correlatos, fazem “vista grossa’’ às falhas banais de outras igrejas e as consideram co-irmãs em Cristo. Sim, há união entre nós! Aleluia! Este respeito recíproco é importante, pois ninguém é dono da verdade.
Nunca ouvimos um pastor evangélico afirmar que a sua igreja é a única Igreja de Cristo, ou a única organização verdadeiramente cristã, mas a literatura dos católicos, das testemunhas-de-jeová, dos mórmons, dos adventistas do sétimo dia e outros grupos pseudo cristãos, tem a petulância de fazê-lo.
O Catecismo da Igreja Católica, embora diga textualmente que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo, como demonstramos na transcrição supra, se o leitor ler o contexto do texto copiado perceberá que a dubiedade salta aos olhos. O clero católico morde e assopra.
Fora da Igreja Católica não há salvação
A epígrafe acima é de autoria da cúpula da Igreja Católica, e de fato nos declara perdidos, por não seguirmos as suas doutrinas de perdição. Para que se saiba que de fato não estamos caluniando, veja os exemplos abaixo:
1º) No Catecismo da Igreja Católica já citado, há um texto incoerente, cheio de é mas não é (a saber, ora diz que só os católicos se salvarão, ora diz que os evangélicos e até os adeptos das religiões não cristãs [principalmente os muçulmanos] também serão salvos. O dito texto deixa claro que embora seja necessário ser católico para se salvar, Deus abrirá uma exceção para os religiosos sinceros que ignoram esta verdade). Sim, leitor, nas páginas 232-244, ## 811-848, há um comentário autodiscrepante, objetivando provar que a Igreja Católica é necessária para a salvação. O parágrafo 846 do referido comentário é arrematado assim: “…Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou então perseverar” (Grifo nosso). Este texto consta também do Compêndio do Vaticano II, 29ª edição, Editora Vozes, página 55, # 38).
2º) Referindo-se a um documento católico intitulado Dominus Iesus (Senhor Jesus), que pelo Vaticano veio a lume em setembro do ano 2000, a revista Época, de 11/09/2000, noticiou: “Ao longo de 36 páginas, o documento afirma a supremacia do catolicismo. Defini-o como a verdadeira igreja de Cristo e o único caminho da salvação. A declaração foi aprovada pelo Papa João Paulo II e leva a assinatura do cardeal alemão Joseph Ratzinger”… (Hoje, Papa bento XVI).
Se realmente a Igreja Católica fosse necessária para a salvação, e se deveras houvesse uma exceção para os que ignoram isso, nós, os evangélicos, certamente não seríamos anistiáveis, visto não sermos inocentes. Veja que o Catecismo da Igreja Católica diz que “não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus, através de Jesus Cristo, como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou então perseverar”. Ora, se assim é, então nós somos incrédulos, não desinformados. E, conseqüentemente, a regra nos deve ser aplicada. Mas, como vimos, o Catecismo nos “anistia” também. Isso prova que o clero católico morde assopra.
3º) O padre John A. O’Brien afirmou em The Faith of Millions (A Fé de Milhões), página 46, Que “A Igreja Católica Romana é a verdadeira igreja, estabelecida por Jesus Cristo para a salvação de toda a humanidade”.
4º) Segundo a Época, o Padre Dom Estêvão Bittencourt, visto como um dos maiores teólogos do Catolicismo, asseverou: “… O Catolicismo é o único caminho para Cristo.” (revista Época, 11/09/2000).
5º) O Padre Leonel Franca vociferou: [...] “Igreja Católica, [...] único baluarte da força moral, única tábua de salvação” [...]. E: [...] “o catolicismo vive e só ele pode dar vida” [...]. (FRANCA, Leonel. Noções de História da Filosofia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 21 ed. 1973, pp. 298 e 326 respectivamente. Grifo nosso). Aqui o Padre Leonel Franca questiona não só o valor espiritual das igrejas evangélicas, mas também põe em xeque sua utilidade moral, ao afirmar que o catolicismo é o único baluarte da força moral. Logo, as igrejas evangélicas não prestam nem para soerguer o moral dos povos. Será que esse infeliz pensa que as igrejas evangélicas são imorais? Raciocine e tire suas próprias conclusões.
6º) Realmente a Igreja Católica não crê na salvação dos evangélicos, pois ela prega oficialmente que os que não somos devotos de Maria estamos nas trevas, e assegura que sofreremos as conseqüências dessa nossa atitude, nos impetrando um “ai”. veja: “perca uma alma a devoção para com Maria e que será senão trevas?… Ai daqueles… que desprezam a luz deste sol, isto é, a devoção a Maria…’’ (Glórias de Maria, de autoria de um bispo católico que virou “santo” e “Doutor” da “Igreja”, a saber, “Santo” Afonso de Ligório, Editora Santuário, 14ª edição de 1989, página 82, grifo nosso). À página 25 desse livro se vê que a Igreja Católica prega que Maria é o pescoço que liga o corpo – a Igreja -, à cabeça – Cristo. O Papa Leão XIII observou numa encíclica em 1892, que “Como ao Pai celeste só chegamos por meio do Filho, assim semelhantemente só por meio de Maria, chegamos ao Filho” (Ibidem, nota de rodapé). Ora, se isso fosse verdade, que seria de nós, os evangélicos, que não só consideramos a mediação de Maria como algo desnecessário, impossível e inexistente, porém, mais grave ainda, isto é, como um pecado para a morte, a saber, idolatria? E o livro Glórias de Maria é obra oficial da Igreja Católica? Sim, e provaremos isso no capítulo VI deste livro.
Como já informei, às vezes o Catecismo da Igreja Católica finge reconhecer a validade das igrejas evangélicas, bem como das religiões não-cristãs (como se pode ver às páginas 235 e 242, # # 818-819, 841. Veja também o Compêndio do Vaticano II, 29ª edição, Editora Vozes, páginas 56-57, # # 41-42). Mas esse malabarismo é um sofisma, cujo alvo é bem definido: fazer com que o dito fique pelo não dito, e, deste modo, confundir os incautos. Como o diabo sabe preparar suas arapucas!
Todos os que estudam a História Geral sabem que a Igreja Católica pregava que FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO, mas muitos pensam que esse radicalismo é coisa do passado. Porém, como o leitor acaba de ver, essa heresia ainda está de pé. Como bem o disse o ex-padre Aníbal, de saudosa memória, “O Concílio Vaticano II não trocou as velhas heresias por doutrinas novas, mas tão-somente pintou-as”.
Alegando a Igreja Católica que ela é necessária à salvação, está usurpando a função daquele que disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6).
Caro leitor, não se submeta à tirania desses usurpadores. Para se salvar, você não necessita de nenhuma igreja. Após entregar-se a Cristo e se salvar, se você não quiser se vincular a nenhuma das igrejas que já existem, funde a sua própria denominação. Portanto, siga a Cristo e liberte-se (João 8.12,32). Mas, se você não quiser fundar a sua denominação, sugerimos que você se dirija a uma das muitas igrejas realmente cristãs, para usufruir do companheirismo daqueles que, como você, também têm Cristo em seus corações (Hebreus 10.25). Ademais, se todos os católicos, leigos e clérigos, decidirem seguir a Bíblia, se salvarão dentro da própria instituição católica. Não cremos que eles tenham que vir para as igrejas evangélicas. Nós cremos que quem salva é Cristo.
Muitos católicos já nos perguntaram: “Por que vocês dizem que se não formos para suas igrejas não seremos salvos?’’ A nossa resposta tem sido: Nós não pregamos isso. Quem prega isso são os clérigos da sua igreja.
Segundo a Bíblia, a queda de Satanás consistiu no fato de que ele concebeu o seguinte pensamento: “…Subirei ao céu; acima das alturas das estrelas de Deus exaltarei o meu trono… subirei acima das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Mas Deus disse-lhe “…Levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.’’ (Isaías 14. 13 a 15). Temos, na Igreja Romana, uma repetição dessa usurpação. Ela também disse no seu coração: Subirei ao trono do Império Romano, estabelecerei o meu trono no Vaticano, e serei semelhante ao único Salvador, tornando-me também a única salvadora. Mas Deus está dizendo a ela e aos que estão sob seu cetro: “Contudo, levados sereis ao inferno”.
A salvação não está na Igreja Católica, nem tampouco no protestantismo. Especialmente nos séculos 16 e 17, muitos protestantes eram tão assassinos quanto a pretensiosa “Igreja” Católica (Veremos isto no capítulo 12 [12.4.]). Às vezes pensamos que isso era coisa das idades Média e Moderna, mas Deus sempre condenou o homicídio e prometeu lançar no Inferno a todos os assassinos que não se converterem. Logo, no Inferno há padres, protestantes, papas, pastores evangélicos, etc. E, se você não quer se juntar aos infelizes que lá sofrem as conseqüências de suas imbecilidades, deixe de crer que a salvação está neste ou naqueloutro grupo, e refugie-se em Cristo já. Sim, refugie-se em Cristo, mas só em Cristo, e não, numa mistura de Cristo, ídolos e homens embusteiros.
Infalíveis
Como já vimos, o Catolicismo sustenta que o Papa é infalível quando fala ex-cátedra, ou seja, de sua cadeira, isto é, com a autoridade de que é investido. Crê-se que Deus delegou aos papas o dom da inerrância quando dissertam sobre fé e costumes. Isto significa que os católicos não precisam se preocupar com a ortodoxia doutrinária. Eles podem fechar os olhos e seguir ao papa sem medo, pois é impossível que o papa erre.
Para que o leitor possa ver mais uma vez que realmente as coisas são assim, fazemos as quatro transcrições abaixo:
1ª) “Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a verdade. Pelo ‘sentido sobrenatural da fé’, o povo de Deus ‘se atém indefectivelmente à fé,’ sob a guia do Magistério vivo da Igreja.
A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar SEM ERRO a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores de carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades”(Catecismo da Igreja Católica, página 255, # 889 a 891 [grifo nosso]).
Bastaria a cópia acima, contudo, prometemos acima quatro cópias e, portanto, prossigamos:
2ª) “GOZA DESTA INFALIBILIDADE O PONTÍFICE ROMANO, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes…A INFALIBILIDADE prometida à Igreja RESIDE TAMBÉM no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo EM UNIÃO COM o sucessor de Pedro’ , sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, pelo seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa ‘a crer como sendo revelada por Deus’ e como ensinamento de Cristo, é preciso aderir na obediência da fé a tais definições’. Esta infalibilidade tem a MESMA EXTENSÃO que o próprio depósito da REVELAÇÃO DIVINA” (Catecismo da Igreja Católica, página 255, # 889 a 891, [grifo nosso]).
3ª) O Padre Luiz Cechinato disse que “…o papa, quando fala em lugar de Cristo sobre as verdades de nossa salvação, não pode errar, porque ele tem a assistência do Espírito Santo, e porque Jesus assume em seu próprio nome o que o papa decide. [...]“ (Os Vinte Séculos de Caminhada da Igreja, Editora Vozes, 4ª edição de 2001, página 358).
O que o Papa pretende com essa pretensão de infalibilidade exclusiva? Resposta: Manipular os católicos a seu bel-prazer.
O Papa se declara tão inerrante quanto a Bíblia, quando afirma que a sua “infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da revelação divina”, como vimos acima.
Uma prova material de que os papas não são infalíveis nas “decisões eclesiásticas” é o fato de eles se contradizerem. Vejamos alguns exemplos:
a). Em 1.229 o concílio de Toulouse proibiu a leitura da Bíblia ao povo. Hoje, não obstante adulterarem-na com a adição de livros apócrifos e “explicações” heréticas nas margens inferiores (rodapés), sua leitura é recomendada.
b). A Inquisição, cujas bases foram lançadas em 1183 no Concílio de Verona (veja a prova em 12.8. item “c”), voltou a ser louvada em 1229, no referido concílio de Toulouse, e ratificada em 1232 pelo Papa Gregório X. Segundo essa tal de santa Inquisição, todos os que pregassem alguma coisa que não harmonizasse com o Catolicismo, deveriam ser torturados até a morte. E muitos fiéis servos de Deus morreram nessa época, por não se submeterem aos abusos desses emissários de Satanás. Hoje, porém, embora mantenham por escrito que “os heréticos, além de serem excomungados, devem ser condenados á morte” (Enciclopédia Católica [em inglês], página 768, citado em O Movimento Ecumênico, editado pela Imprensa Batista Regular, página 17, da autoria do pastor Homero Duncan), já não nos matam mais a bel-prazer, como o fizeram durante séculos.
c). Em 670, o papa Vitélio, para manter o povo no obscurantismo, decidiu falar a missa em Latim, exatamente para que ninguém entendesse nada, por ser já o Latim uma língua morta. Essa idéia agradou tanto aos papas que o sucederam, que ampliaram a idéia, proibindo também a tradução da Bíblia para os idiomas dos povos. Naquela época, a Bíblia já havia sido traduzida para o Latim, e então se determinou que não se fizesse nenhuma outra tradução. Hoje, porém, as traduções são feitas com a aprovação dos papas. Estas contradições entre um papa e outro provam que de infalíveis eles não têm nada. Contudo, o Padre Miguel Maria Giambelli, em o livro de sua autoria intitulado A Igreja Católica e os Protestantes, à página 68, “interpreta” Mateus 16.19, como se Jesus tivesse dito o seguinte: “Nesta minha Igreja, que é o reino dos céus aqui na terra, eu te darei também a plenitude dos poderes executivos, legislativos e judiciários, de tal maneira que qualquer coisa que tu decretares, eu ratificarei lá no céu, porque tu agirás em meu nome e com a minha autoridade”. Mas esta conclusão não está respaldada pela Bíblia, a qual diz que o apóstolo Paulo não se silenciou diante do erro do apóstolo Pedro, como quem diz: “Está errado Pedro, mas, como Jesus disse que qualquer coisa que decretares, Ele ratificará lá no Céu, eu concordo”; mas o repreendeu prontamente (Gálatas 2.11-14). Leitor, se nestes versículos não aparece na sua Bíblia o substantivo Pedro, mas Cefas, saiba que Cefas é o mesmo que Pedro (João 1.42).
Mateus 16.19 está mal traduzido na maioria das Bíblias protestantes e católicas. Estas traduzem este versículo mais ou menos assim “… tudo o que ligares na terra, será ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus”. Estas traduções equivocadas conferem a Pedro uma autoridade tal, que o põe acima de Deus. Já não é mais Pedro quem deve se orientar pelo Céu, mas o Céu é que se orientará por ele. Mas na ARA (Almeida Revista e Atualizada) este erro foi corrigido, razão pela qual podemos ler lá o que se segue: “… o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra, terá sido desligado nos céus”. Deste modo, Jesus não está dizendo que aprovaria tudo quanto Pedro fizesse; e sim que Pedro, ao fazer qualquer coisa, devia certificar se a mesma gozava ou não da sanção do Rei dos reis e Senhor dos senhores – Jesus Cristo – o Filho do Deus vivo.
O modo como Mateus 16.19 está no original, aceita tanto esta última tradução, quanto as outras. Nestes casos, a tradução fica a cargo do bom senso e, sobretudo, do contexto bíblico. Sabemos pela Bíblia que os cristãos primitivos não se submetiam cega e incondicionalmente às decisões do apóstolo Pedro, mas o questionavam e exigiam dele explicações, sob pena de excomunhão. Para vermos isto, basta lermos o que está registrado em Atos dos Apóstolos, capítulo 11, versículos 2 a 18, detendo-nos nos versículos 2, 3, e 18, meditando no fato de que, quando Pedro se explicou, os irmãos se apaziguaram (v. 18). Se os irmãos se apaziguaram, então o debate foi acirrado. E é assim que os cristãos primitivos tratavam todos os apóstolos. Eles tinham que provar que os seus sermões tinham a aprovação de Deus (Atos 17.10,11).
Para que se enxergue que os papas vêm errando através dos séculos, basta raciocinar. Logo, os que ainda pensam sabem que os papas também erram, por duas razões: 1ª): Os papas são seres humanos. 2ª): A História registra inúmeros erros cometidos por papas. Mas, como o fanatismo religioso priva do uso da razão, é possível que alguém diga que esta questão é relativa, alegando que o que nós, os evangélicos, chamamos de “erros dos papas”, pode não estar errado de fato. E, para que até os cegos vejam, apelamos para as incoerências papais. Talvez as contradições entre um papa e outro, ajudem os fanáticos a entenderem que a suposta infalibilidade papal é uma farsa. Deus não se contradiz!!!
Os papas se expõem ao ridículo quando se auto-proclamam infalíveis. E não menos ridículo é tentar provar que os papas são falíveis. Nós só nos expomos ao ridículo de refutar esse disparate, por amor aos católicos. Realmente há heresias que não merecem ser refutadas, e a chamada “infalibilidade papal” é uma delas.
Este autor não tentaria convencer pessoa alguma (seja lá quem for, inclusive Papa) de que ela está equivocada por se julgar infalível, pois custa-nos crer que haja alguém que não saiba disso. A menos que ela sofra de algum distúrbio mental. Ora, se todos já sabem que são falíveis, não há porquê, nem como, convencer alguém deste fato. Por outro lado, se houvesse alguém que se julgasse infalível, Deus não iria condená-lo por isso, visto não ser justo que os loucos respondam por seus atos. Não me expresso desta maneira ironicamente, e sim, porque deveras eu suspeito da sanidade mental de alguém que, com sinceridade, se proclama infalível.
A ironia é um recurso válido. Até o profeta Elias foi irônico para com os adoradores de Baal. Este autor também às vezes lança mão deste recurso, mas no presente tópico não estou sendo irônico, e sim, falando do que realmente penso.
Há um senhor catarinense, chamado Iuri Thais, cujo pseudônimo é Inri Cristo, que se diz Jesus Cristo. Ora, sem ironia alguma digo que a meu ver, ou esse senhor é demente, ou é charlatão. Ele e seus discípulos sem dúvida irão se melindrar se tomarem ciência deste meu parecer. Talvez digam que estou sendo irônico. Mas posso garantir que não é este o caso. Digo com toda a sinceridade, diante de Deus, que não estou sendo irônico. Estou falando do que realmente penso. Se estou ou não com a razão quanto a isso, é discutível (suponhamos que seja). Logo, o senhor Inri e seus seguidores têm o direito de concordar ou não comigo. Mas diante de Deus informo que a presente declaração não é irônica, nem tampouco se destina a afrontá-los. Repito: Estou apenas falando do que penso, sem retórica.
Talvez o leitor pense que o último parágrafo acima não tem nada que ver com o tema abordado neste tópico. Porém, sua existência destina-se a notificar que, a meu ver, dizer-se Jesus Cristo é tão absurdo quanto se proclamar infalível; e que quando digo que suspeito da sanidade mental de quem se julga inerrante, não estou sendo irônico, tampouco o faço a título de ofensa. Antes falo do que verdadeiramente penso.
Embora eu não seja psiquiatra, nem psicólogo, parece-me (corrijam-me os profissionais dessas áreas se estou errado) que se autoproclamar “Jesus”, é tão patológico quanto dizer-se infalível. Talvez você esteja pensando: “Como esse pastor ousa comparar esse tal de Inri com Sua Santidade?”. A resposta é que assim como para você o Papa é Sua Santidade, para os adeptos do senhor Inri, o Papa não é nada, enquanto Inri é tudo. Inri é Jesus. E aí temos apenas a sua opinião contra a deles. Se os papas podem se julgar infalíveis, por que o senhor Inri não pode se considerar Jesus? Os direitos são iguais, não?! Por que penso assim? Resposta: Quem se julga Jesus Cristo, não deve se considerar uma simples criatura, já que Jesus não o é. Semelhantemente, considerar-se infalível equivale a se auto-endeusar, visto que só Deus é inerrante. Assim sendo, pergunto reverentemente aos que estudam a psique: Será que os “infalíveis” e os “Jesus Cristos” não estão com algum problema mental?
Há notáveis diferenças, bem como algo em comum entre o senhor Inri e os papas. EI-las parcialmente:
O senhor Inri e os papas dizem, de per si, coisas igualmente inusitadas de si próprios, porém o senhor Inri é visto pela grande maioria como, ou charlatão ou psicopata, enquanto os papas são vistos como celebridades;
O senhor Inri possui poucos adeptos, mas o Papa tem mais de 1.000.000.000 de discípulos;
É difícil acreditar que homens tão ousados consigam adeptos, mas, para nossa surpresa, eles os possuem. E, pasme o leitor, ambos são seguidos por pessoas cultas. O senhor Inri tem, entre seus adeptos, até uma psicóloga. E ninguém ignora que entre os seguidores dos Papas, há as mais ilustres celebridades. Esse é um fenômeno que nem Freud explica.
Extraído do livro – Análise Bíblica do Catolicismo Romano, POR PASTOR JOEL SANTANA
Os mortos podem proteger pessoas, cidades e nações?
Não.
Em lugar algum da Bíblia, encontramos qualquer indicação de que os mortos possuam poderes para nos proteger. Como também a Palavra não nos orienta a buscarmos auxílio nos que já partiram desta vida. Ao contrário, está escrito: “Quando vos disserem: Consultai os que tem espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; – não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?” (Is 8.19). “Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias” (Sl 34.17);
Também está escrito que a nossa proteção vem do Senhor: “O Senhor é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Sl 46.1); “O Senhor é a tua segurança…” (Pv 3.26); “Tu és o meu refúgio e o meu escudo” (Sl 119.114); “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).
Jesus nos ensinou a orar assim: “Pai nosso, que estás nos céus…” (Mt 6.9). A Bíblia não diz para pedirmos aos que já morreram, por exemplo, a Abraão, Moisés, Elias, Isaías, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria, Mateus…Vejam: “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos” (1 Jo 5.14-15).
Ademais, os espíritos dos mortos não são onipresentes, atributo exclusivo da divindade. Por isso, não podem ouvir nossas rezas. Fazer preces a falecidos é perder tempo. Apesar dessas verdades, claras como sol de meio dia, religiosos há que elegem determinado falecido a quem consagram suas vidas, e dele esperam conforto, alívio e segurança.
Em muitas cidades brasileiras há, logo na entrada, uma imagem de escultura, indicando que seus moradores estão sob a proteção de determinado falecido. Nada mais enganoso. Necessário que respeitemos a crença de cada qual; mais necessário ainda que apresentemos aquilo que acreditamos ser a Verdade.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
Por que não é certa a canonização dos santos?
“A vida santa é muito desejável e ordenada por Deus. Só existe um sentido para a santidade depois da morte: os salvos pela graça de Deus, distintos na piedade e justiça no mundo, foram separados por Deus dos mundanos e reprováveis, estando ainda no mundo; depois de mortos, eles são à priori santos, porque já eram separados para o Senhor e aguardavam a sua volta, agora aguardam no paraíso a ressurreição do corpo para a vida eterna com Cristo. Hoje os santos, também os que estão vivos têm essa expectativa, e pela graça de Deus vivem ou ainda viverão uma vida em santificação do Espírito e obediência a Deus, sendo purificados pelo sangue de Jesus Cristo e justificados somente pela fé " (I Pe 1:1, 2; Rm 5:1; Ef 2.8-9).
Quem é verdadeiramente santo depois da morte aguarda a ressurreição em glória, numa condição muito melhor (Lc 16:19-31). Comparada a vida humana: “O que é incomparavelmente melhor” (Fl 1:21). A fé verdadeira entende que e os mandamentos de Deus devem ser obedecidos, à caridade para com o próximo e toda justiça não pode ser negligenciada. Teologicamente, dentro da verdadeira Igreja de Cristo, o contrário de santo é hipócrita. Isto é, aquele que honra o Senhor com os lábios, mas o seu coração está longe dele, porque não lhe obedece a Palavra. (Mt 15:8).
Não é mais responsabilidade dos santos mortos o serviço da verdadeira santidade que implica em piedade e justiça, mas é dos santos vivos o dever de socorrer aos necessitados com toda generosidade “orando no Espírito Santo” e realizar a obra de Jesus Cristo enquanto aguardam a sua volta (Jd 20, 21; At 20:35). A santidade é responsabilidade ordenada por Deus para ser vivida e não para ser sepultada ou transformada em um memorial. Por essa razão afirmo a verdade: ninguém pode ser santo depois da morte no sentido da santidade útil ao povo devoto como acreditam os papistas.
Quando uma tradição cristã diz que uns são santos e os outros não, está dizendo que uns são verdadeiros e os outros são falsos cristãos, uns são santos no mundo e os outros não vivem em santidade, conseguintemente e infelizmente endeusam os que julgam ser obedientes, por terem conseguido algo que não é para todas as pessoas. Assim, aplacam a sua culpa na prática de uma religião hipócrita, não se arrependem verdadeiramente de seus pecados, entregam-se às suas inclinações idolátricas e ao fracasso de toda a comunidade.
A canonização de um santo não tem base bíblica e nem lógica, primeiro porque sabemos que ela não tem autoridade para tornar uma pessoa santa, pois ou ela é ou não é. Se por um lado reconhecer que uma pessoa viveu em santificação é necessário, é bom para nos lembrar o mandamento do Senhor, para nos estimularmos a nós mesmos a viver em santidade como os santos que são exemplos que, apontam para Cristo (Fl 3:17; I Co 11:1; Ef 5:1), por outro lado, as canonizações se fundamentam em estórias, lendas e crendices do povo que, faz dos santos deuses ou semi deuses, atribuem-lhes poderes exclusivamente divino como por exemplo: o poder de conhecer todas as coisas (onisciência); o poder de fazer o que bem quiserem e atender às súplicas do povo e de indivíduos por milagres (onipotência) e estarem presentes nos diversos continente ouvindo e socorrendo às orações do mundo católico (onipresença).
A maneira própria distorcida e contrária à Bíblia de ver a santidade do catolicismo romano afetou o nosso compromisso e segurança da graça maravilhosa de uma vida em santidade. A santidade não pode ser transformada em uma instituição, oficio, honraria ou qualquer coisa distante da piedade popular, do povo comum, apresentada como um sacrifício humano e uma exceção ou que se faça com ela uma confusão e distorção do verdadeiro culto que deve ser prestado somente a Deus. O único Deus vivo, verdadeiro, santo e eterno nos ordena: “Sede santos como eu sou santo”. A santidade está na graça de obedecer a Deus vivendo o aperfeiçoamento em santidade. Ser um santo não é uma benção realizada por um ato canônico político religioso de um colegiado de políticos eclesiástico, mas, se trata de uma benção do céu, concedida pela graça de Deus Pai no Poder do Espírito Santo, pelos merecimentos de Deus Filho e pela purificação no seu sangue derramado na cruz.”
Autor: Rev. Anatote Lopes
Fonte: https://anatotelopes.blogspot.com.br/2014/04/porque-nao-e-certa-canonizacao-dos.html?spref=fb
Postado por Pr. Elio Loiola - Ministério Só em Cristo Há Vida.
A convivência dos Evangélicos com os Católicos
" Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos. " Mateus 9.12
O relacionamento dos evangélicos com os católicos, no Brasil, é muito bom, a não ser nas localidades onde ainda predomina o desejo ardente de separação e isolamento, como acontece em lugares onde alguns padres continuam incutindo maldades e mentiras contra o povo de Deus. Aos católicos praticantes é proibido “a todos os cristãos pertencer a elas [igrejas evangélicas], assistir aos seus atos de culto ou as favorecer por qualquer modo”.97 Mas os evangélicos continuam firmes no seu propósito de explicar as verdades, a pureza do Evangelho ensinado por Jesus, respeitando sempre a liberdade de consciência de cada um. A obrigação que o membro das igrejas evangélicas se impõe é o cumprimento da determinação imperiosa: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8). E também: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). Como se vê, Jesus mandou pregar o Evangelho a toda criatura, mas não mandou que se obrigasse ninguém a aceitá-lo. Fica-se muito feliz quando uma pessoa aceita, transforma a sua vida, acerta-a diante de Deus, conforme disse Paulo: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).
É costume ouvir-se dizer o comentário de que “é por vaidade que os crentes dizem que têm a certeza da salvação de sua alma”, mas quem não passou pela experiência não pode afirmar. É o Espírito Santo, da parte de Jesus, que converte a pessoa, e, de acordo com o último texto transcrito, a pessoa torna-se outra criatura e adquire essa certeza pela fé.
Em geral, os evangélicos visitam os templos católicos sem nenhuma restrição quando convidados por eles, em solenidades como casamentos, bodas etc. Isso não lhes traz qualquer inconveniente. Também não procuram afrontar ninguém, embora conhecedores de que o catolicismo não conduz ninguém aos pés de Jesus.
Um número muito grande de conversões está acontecendo todos os dias em todos os rincões do país. Há não muito tempo, na cidade de São Paulo, organizaram-se 20 igrejas de uma só denominação num só dia. Foi preciso que utilizassem para isso um grande estádio de futebol, tal o número de pessoas.
Em algumas cidades do interior os crentes ainda sofrem perseguições, como vêm acontecendo numa cidade na área do Triângulo Mineiro. Mas padres que hoje perseguem, amanhã se convertem e têm-se mostrado grandes líderes no trabalho de Deus.
O ex-padre Juan Batista Tréccani é sobrinho do falecido Papa Paulo VI. Nascido na Itália em 1933, aos dez anos ingressou no seminário, e aos quinze, o seu tio, naquela época arcebispo de Milão, mandou-o estudar filosofia em Roma. Foi ordenado sacerdote em 1961 e mandado para a Argentina. As razões que o levaram a deixar o catolicismo romano foram as riquezas que se exibem de forma pecaminosa no Vaticano, onde o papa ostenta uma coroa de ouro de 15kg e é anunciado por trombetas do mesmo metal; além disso, nunca tivera a certeza de sua salvação como sacerdote romano. Na Argentina, um pastor índio falou-lhe de Marcos 16.16, que é necessário primeiro crer e depois ser batizado. Ele seguiu o ensino da Palavra de Deus e hoje é pastor na Patagônia, onde dirige cinco igrejas evangélicas pentecostais.
Um padre que conhecemos contou-nos que distribuía seus fiéis para recolher e queimar os folhetos evangélicos que se entregavam nos cemitérios em “dias de finados”; em outra ocasião, comandou a destruição de uma congregação evangélica, e recebeu os parabéns do bispo da diocese; esse mesmo bispo, farisaicamente, escreveu uma cartinha ao pastor “lamentando o ocorrido”; também foi procurado por uma crente pobre no Recife, membro de uma pequena congregação, que lhe pediu uma vaga para seu filho no orfanato católico. O padre exultou. Sabedor de que os crentes não fumam, para afastar em definitivo o menino do convívio dos seus, ensinou-lhe a fumar.
Como dissemos, muitos padres têm-se convertido. Recentemente, um jornal evangélico publicou interessante notícia, que passamos a transcrever:
Este padre se converteu durante a missa
Fato inédito rela tado pelo Pr. Nivaldo Lisboa Soares, ex-padre católico, durante a celebração da missa numa igreja da paróquia de Divino das Laranjeiras, MG, comprovando mais uma vez o poder do Evangelho para salvação de todo aquele que crê. O ex-padre, mineiro de Rio Pomba, MG, era professor universitário na UNIVALE, em Governador Valadares. Nascido em lar católico, tornou-se padre por livre opção, no desejo de fazer algum benefício à sociedade. Trabalhador e idealista, propôs a si mesmo ajudar a todos, e principalmente aos jovens, que tanto carecem. Dedicava-se a tudo com muito afinco, mas apesar disso sentia um profundo vazio em seu coração. Um dia entrou num templo presbiteriano e sentado no último banco ouviu uma palestra proferida pela esposa do pastor; depois, alguns crentes telefonavam instigando-o: “Padre Nivaldo, ligue a televisão no canal X. Há um programa evangélico muito bom.” Certo dia, em 1987, o seu carro apresentou um defeito e ele o levou à oficina em Valadares. O mecânico, homem crente e simples, porém muito espiritual. Conversaram. O padre convidou-o a assistir à missa de domingo, recomendando-lhe: “(…) eseo senhor for à minha igreja, leve a sua Bíblia de capa preta, que eu vou lhe dar a palavra para falar aos católicos no meio da missa; e quero que fale sobre o dízimo. Vocês crentes são craques no dízimo, portanto, fale sobre o dízimo porque eu estou precisando de dinheiro para as obras da igreja que eu estou construindo.”
No domingo seguinte, à hora combinada, o crente adentrou a igreja com sua Bíblia surrada, de capa preta, na mão. O Padre Nivaldo, para dizer a verdade, se assustou, perguntando-Ihe: “O senhor aqui?” E ele respondeu: “O senhor não me convidou? Eu estou aqui.” Convidou o visitante a entrar e sentar-se. Disse-lhe que lhe daria a oportunidade prometida. A igreja estava lotada quando ele o chamou para subir ao púlpito. Passou-lhe o microfone e o humilde pregador abriu a sua Bíblia e pregou ousadamente sobre João 8.32: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” A respeito do dízimo falou bem pouco, mas, da salvação pela graça, por meio da fé em Jesus, comunicou poderosa mensagem, clara, bíblica e objetiva. Foi um autêntico mensageiro de Deus. Ao terminar a pregação fez o apelo:
— Quantos aqui presentes nesta missa crêem no Senhor Jesus de verdade, e querem aceitá-lo como Senhor e Salvador, fiquem de pé, levantem a mão direita para o céu, e orem comigo. O padre levantou a mão e aceitou Jesus, e muitos fiéis com ele. Depois o pregador continuou:
— Todos os que aceitam Jesus como Salvador, venham à frente que eu vou orar por vocês.
O padre e mais de 200 católicos foram à frente, tomando a decisão ao lado de Jesus.
O ex-padre Nivaldo, a seguir, recebeu o batismo de imersão, conforme a Bíblia ensina, foi consagrado ao Ministério da Palavra e hoje é mais um grande obreiro, levando a salvação pela Palavra de Deus a todas as criaturas.
As igrejas evangélicas que vivem como ensina o Novo Testamento são livres, independentes, autónomas, soberanas em suas decisões, tomadas por voto dos seus filiados. Podem unir-se — e às vezes o fazem — em associações ou convenções que elegem diretorias, numa conjugação de esforços para missões locais, nacionais e internacionais no uso do dinheiro, do dízimo dos dízimos, com que elas contribuem para essa finalidade. É assim a vida dos crentes e das Igrejas do Novo Testamento. Elas são o corpo e Jesus é a cabeça das igrejas que ele mesmo criou (Colossenses 1.18).
Extraído do livro “O Catolicismo Romano Através dos Tempos”, Ed. Juerp
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A adoração dos santos e das imagens
Eu sou o Senhor teu Deus (…) Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida (…) Não te encurvarás diante delas, nem as servirás (…)
Êxodo 20.2-5
Conta-se que Pompeu ficou muito admirado ao ver que o Templo de Jerusalém não continha imagens, nem mesmo a do Deus Jeová, e a grande perseguição por parte do imperador filósofo Marco Aurélio, segundo o historiador luterano Moshein, ocorreu por serem os cristãos “considerados ateus, porque não possuíam templos, nem altares, nem vítimas, nem sacerdotes, nem pompa alguma na qual o povo julgava consistir a essência da religião”.
Como dissemos, a hierarquia deve ter recebido de bom grado o ato de tolerância de Constantino, produzido com a manifesta intenção de aumentar os seus adeptos, influência e poderio. Muitos ídolos do paganismo incorporaram-se à Igreja Católica, e hoje sobrevivem com outros nomes:
A estátua de Pedro que se venera no Vaticano é a de Júpiter Tonante (o principal “deus” da mitologia romana), e muitas estátuas há, também, como as de Juno, Cibele, Vénus, Diana, que foram balizadas com o nome de Maria e de outras santas. Do nome de uma matrona romana — Undecimilia — fizeram as “Onze Mil Virgens”, consequência da etimologia da palavra latina.
Foi no sétimo concílio da Igreja, reunido em Nicéia, em 787, o segundo ali realizado, convocado pela Imperatriz Irene, que se assentou definitivamente o culto aos santos e às imagens, num sinal evidente de que a paganização avançava, e a Igreja se afastava cada vez mais da Lei de Deus. Hoje, embora a Bíblia de tradução católica não deixe de possuir o texto que encabeça este capítulo (Êxodo 20), com a sua total proibição, os ensinos erróneos continuam, e muitos católicos confiam mais nos santos do que no próprio Senhor Jesus.
Santo Agostinho, na sua obra Cidade de Deus condena tal prática: “Não tenhamos religião que preste culto aos mortos; não lhes construamos templos”; pois ele já notava certa tendência à acentuação desse grande erro.
Toda idolatria é condenada pela Palavra de Deus.
Quando se lhes condenam a adoração dos santos, sofismam: “Não. Nós não adoramos imagens. Tributamos diante das imagens um culto de veneração aos santos que as imagens representam”. Mas a Palavra de Deus é clara quando diz: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás diante delas, nem as servirás (…)” (Ex 20.4,5).
Para justificar o erro, o jesuitismo teve a sutileza, a artimanha, o sofisma de dividir o culto em três categorias: latria, dulia e hiper-dulia. Para Deus, para os santos e para a Virgem Maria. Mas o culto às imagens confirma-se até pelo próprio papa. O Papa Paulo VI foi à Cova da Iria em comemoração ao cinquentenário das “aparições” de Fátima, onde, de joelhos, cultuou a imagem da santa. Não se pode negar que seja adoração a ídolo.55
A Bíblia condena com veemência a idolatria de um modo geral, sendo até difícil citar um entre tantos textos. A Bíblia Católica tem dois Salmos 10 e dois 113, talvez com a intenção deliberada de confundir. O segundo 113 corresponde ao 115 de todas as demais Bíblias, que diz (Versão Revisada, IBB):
Porque perguntariam as nações: Onde está o seu Deus?Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem.
Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que os fazem, e todos os que neles confiam.
A perturbação das nações, os infortúnios, as intempéries, o desgoverno, as falcatruas na administração, a corrupção, toda espécie de males que acontecem, umas nações mais infelizes, outras menos, tudo isso está inquestionavelmente relacionado com a alma do povo. “Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança. O Senhor olha lá do céu; vê todos os filhos dos homens; da sua morada observa todos os moradores da terra (…)” (SI 33.12 em diante). Esse maravilhoso Salmo prossegue enaltecendo o amor de Deus e o cuidado que ele tem com as nações que o respeitam. Não é preciso que uma pessoa tenha cultura acima da média para notar a diferença de desenvolvimento entre as nações de maioria protestante e as de maioria católica. (Este assunto é tratado de forma mais extensa no capitulo 18.)
O Papa João XV, cujo pontificado estendeu-se de 985 a 996, canonizou o primeiro santo da Igreja, Ulderico, bispo de Hamburgo, falecido em 973. Depois disso foram canonizados centenas deles, de modo que há, no mínimo, um santo para cada dia, e, não raro, muitos são comemorados num mesmo dia.
Há poucos anos, o Papa Paulo VI retirou do calendário alguns deles, “pouco conhecidos ou duvidosos”, como Santa Catarina de Alexandria e “São” Jorge, este considerado padroeiro da Inglaterra e, como se sabe, venerado também no Brasil (mais tarde, em outro ato, São Jorge ficou “valendo” só para a Inglaterra; isto é, foi “reconduzido”). Pergunta-se: e como ficam as igrejas católicas que têm o nome do “santo cassado? e que servem ao sincretismo e sobretudo ao espiritismo? Estarão os seus devotos adorando santo que não existe? Também foram proscritos Nicolau, padroeiro dos marinheiros; Cristóvão, dos motoristas; Bárbara, dos fogueteiros e artilheiros; Praxedes, Prudêncio, Isabel de Portugal, Euzébio, Sabina, Anastácia, Crisógomo e outros. Como fica a infalibilidade diante dos papas que canonizaram esses santos? Ou não foram canonizados e assim mesmo pertenciam à liturgia? E se não pertenciam à liturgia, como eram eles reverenciados? E se continuarem reverenciados depois de suprimidos? Como ficam as igrejas de São Jorge, principalmente onde predominam o espiritismo e as seitas de origem africana? E os padroeiros de Nápoles, da Universidade de Paris, dos motoristas? Como fica a obediência ao papa?
Um fato profundamente lamentável são as duas faces da Igreja Católica. Todo mundo sabe que há dois catolicismos. Um para o homem rude e outro para os cultos; um para as pessoas ricas e outro para as pessoas pobres, para os ingénuos e para os menos ingénuos. E mais: a Igreja Romana fomenta as superstições. Mas há um ditado: “Conhecerás o grau de tua civilização pelo número de tuas superstições”.
Não existe um crente evangélico ou protestante supersticioso. É a condição indispensável. Os que se dizem crentes e são supersticiosos não crêem na Bíblia, não têm a fé exigida pelas Escrituras. Estão mentindo, enganando-se a si próprios.
Os padres são homens cultos, estudam muitos anos, passam por duras provas, têm que “provar” que o pão e o vinho se transubstanciam. Devemos considerá-los “pouco civilizados?” Ou têm certeza de seus erros, dos erros do catolicismo, e continuam a contribuir para o desenvolvimento das superstições? Com que finalidade? Alguém em sã consciência pode conceber uma medalha milagrosa? Na Rua Santa Amélia, no Rio de Janeiro, existe um “Santuário da Medalha Milagrosa”. Que poderes terá essa medalha? De onde virá esse poder milagreiro?
Um ex-padre informou que certo bispo da cidade de Mariana, em sua presença, depois de pregar na igreja sobre Maria, e explicando a súplica: “Ó Maria, rogai por nós que recorremos a vós”, distribuiu umas tiras de papel com as iniciais dessa invocação, entre as senhoras da cidade, conhecida como a “Atenas de Minas Gerais”, aconselhando-as — e isso do púlpito, da tribuna sagrada — a engolir aquela oração quando se achassem em dificuldades de parto, para serem felizes.
Há muitas coisas que desprestigiam e desmoralizam a Igreja que se diz fundada por Jesus, principalmente no âmbito da superstição: o valor dos ídolos, antes e depois do benzimento, os patuás, as verônicas, as “aparições”, as santas que choram. (Há alguns anos, num bairro de classe média do Rio de Janeiro, havia uma igreja de Fátima, cuja imagem “chorava”; descoberto o embuste, veio a confissão do padre: “precisava de dinheiro para a construção do templo”.) Mas em muitas ocasiões os próprios padres não acreditam no que ensinam. Por exemplo: Toda igreja que se preza possui um pára-raios. Ora, o pára-raios foi inventado por um “maldito” protestante. Porém mais vale o invento do protestante do que o poder do “santo” ou “santa” padroeira, seja do Carmo, de Fátima, de Aparecida, ou outro santo qualquer. É uma confissão de impotência dos santos.
Extraído do livro “O Catolicismo Romano Através dos Tempos”, Alcides Conejeiro Peres, Ed. JUERP
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O batismo na cosmovisão católica
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”
MATEUS 28.19
Batismo é um dos mais famosos sacramentos da Igreja Católica Romana. Ordenado por Jesus em Mateus 28:19, o batismo têm sido observado dentro do Cristianismo desde então. Os primeiros Cristãos batizavam os novos convertidos sob a ordem de Jesus Cristo e a Bíblia relata vários destes batismos mostrando a importância de tal rito para a vida cristã.
Na Igreja Católica, o batismo apresenta algumas características peculiares como a remissão do pecado original em recém-nascidos e sua necessidade para a salvação de uma pessoa. Por outro lado, nas confissões de fé protestantes, o batismo é tido como uma representação, uma figura da morte do Cristão para o mundo e de sua ressurreição para a vida em Cristo.
Tanto Católicos quanto Evangélicos aceitam o batismo como um sacramento, como uma ordenança de Jesus Cristo. No entanto, diferem nos aspectos relacionados ao significado do batismo e ao modo como é realizado. Nós Evangélicos não cremos que o batismo deva ser ministrado a recém-nascidos e nem que ele é necessário para a salvação. Também não realizamos o batismo por aspersão (derramando água sobre a pessoa), mas sim por imersão (imergindo a pessoa totalmente dentro d’água). Isso se dá, pois a palavra Batismo – do original “βαπτίζω”, baptizo - significa imergir. Desta forma, seria um tanto estranho praticar a “imersão” (batismo) por aspersão.
Gostaria de convidar o caro leitor a analisar mais uma doutrina Católica à luz da Bíblia, buscando comparar o dogma batismal Católico com o que a Palavra de Deus diz à respeito do assunto.
Necessário para a Salvação
“Se alguém disser que o Batismo é facultativo, isto é, não necessário para a salvação — seja excomungado.”
Concílio de Trento, Sessão VII, parágrafo 861
O batismo é uma ordenança de Jesus Cristo para a vida Cristã. A Igreja Católica afirma que o batismo é necessário para a salvação. Mas será que é isso que a Bíblia ensina?
O sacramento do batismo não aparece na Bíblia como quesito para a salvação em nenhuma passagem. Sua relação com a redenção do homem é simbólica, assim como a eucaristia. O batismo é somente uma representação e não uma obra redentora.
A Bíblia ensina que o batismo deve ser ministrado ao Cristão como símbolo de sua conversão, morte e ressurreição espiritual para uma nova vida em Cristo. Podemos dizer que o batismo não é obra de salvação e sim uma representação de tal obra já efetuada na vida daquele que se batiza.
A Igreja Católica – e mais algumas seitas – ensinam que o batismo é necessário para a salvação, isto é, se uma pessoa não for batizada ela nunca poderá entrar no reino do céu. Os apologistas Católicos tentam encontrar nas Escrituras algum versículo que dê apoio para essa ideia. Analisemos alguns dos mais usados por eles:
O caso de João 3:5
O versículo de João 3:5 diz: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
Os defensores da doutrina romana sublinham a parte “quem não nascer da água” e focalizam a ideia de que estes não poderão entrar no reino de Deus. Segundo eles, nesta passagem, Jesus estaria ensinando a necessidade do batismo para a salvação. No entanto o sentido das palavras de Jesus não são estes. Provavelmente Jesus estava se referindo à profecia de Ezequiel: “Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. [...] Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ez 36:25,27). Ezequiel fala de um lavar espiritual e não físico, assim como complementa Paulo, fazendo uma clara refutação ao argumento da salvação pelo batismo: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (Tt 3:5). Como podemos ver claramente, não é por obras de justiça praticadas por nós, mas pelo amor, graça, misericórdia e pela ação do Espírito Santo nos concedendo um lavar espiritual que nos torna aptos a entrar para o reino de Deus.
O texto de 1 Pedro 3:21
Este verso diz: “a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo;”.
Com base neste texto, os apologistas Católicos, ignorando o contexto e separando as palavras “figurando o batismo, agora também vos salva”, dizem que a Bíblia ensina o batismo para a salvação. No entanto, o contexto pode nos mostrar o que Pedro realmente quis dizer. Sendo assim, o texto prossegue: “não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus,”. O que Pedro está dizendo? Pedro está dizendo que a cerimônia Batismal exterior não salva, mas sim a realidade espiritual que o batismo representa. Quando Pedro fala que a salvação não é fruto da “remoção da imundícia da carne” ele se refere ao ato exterior do batismo, isto é, o contato da uma pessoa com a água, onde ela estaria teoricamente se lavando. Logo depois Pedro explica o que realmente salva o homem, ou seja, aquilo que o batismo representa, que é a “indagação de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo.”
Portanto, o texto de 1 Pedro 3:21 não ensina a necessidade do batismo para a salvação; muito pelo contrário, mostra que o rito ou a cerimônia do batismo não salva, mas sim o que ele representa: a morte e ressurreição do cristão para uma nova vida.
As palavras de Jesus em Marcos 16:16
Este é o verso áureo dos que creem na doutrina do batismo para a salvação. Jesus diz em Marcos 16:16: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”. Há uma grande ênfase na primeira parte da frase: “Quem crer E FOR BATIZADO é que será salvo”, afirmam os romanistas. No entanto, Jesus termina dizendo “quem, porém, não crer será condenado”. Percebeu a diferença? Se o batismo fosse necessário para a salvação, certamente Jesus diria “Quem porém não crer e não for batizado será condenado”. Mas foi isso que ele disse?
Jesus coloca a condição de salvação sobre o “crer” e não sobre o batismo, pois se quem não crer será condenado é lógico deduzirmos que quem crer será salvo. Acredito que o que Jesus quis dizer é que o homem que deve crer e passar pela obra regeneradora operada Espírito de Deus. Poderíamos parafrasear Jesus desta forma: “Todo aquele que crer e renascer do Espírito Santo será salvo”.
Concluindo, Jesus não estava falando do batismo físico, cerimonial, ritualístico, mas sim de seu significado, isto é, daquilo que ele representa. O batismo não pode conceder nenhuma graça por si, pois só podemos ser salvos pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo (Is 64:6; At 5:11; Rm 11:6; Ef 2:8-9).
O batismo cerimonial (ministrado pelo homem) é uma obra de justiça, e com base nas Palavras de Paulo em Tt 3:5: “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” (assim como ensinado em outras passagens como Rm 3.27-28, 4.2-5, 15:1; Gl 2.16; Ef 2:9; 2 Tm 1.9 onde podemos ver que obras não salvam) podemos afirmar que o batismo não salva o homem. As obras não são para nos salvar, mas para demonstrar que somos salvos. O batismo representa a salvação do homem, mas não a opera.
Um bom exemplo Bíblico seria o ladrão da cruz que se arrependeu de seus pecados e foi salvo por Jesus sem ter sido batizado (Lc 23: 42-43).
Poderíamos ainda acrescentar que a salvação é por meio da graça, operada pela fé através do sangue de Jesus. Em Atos 16:30 o carcereiro pergunta a Paulo e Silas: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?”, à esta questão eles respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (At 16:31). Não falaram nada sobre batismo.
O batismo é de suma importância para a vida cristã plena em Cristo. Seu sentido está em morrer para o mundo e renascer para Cristo. Isto não ocorre no momento do ritual batismal, mas no momento em que a pessoa entrega sua vida a Jesus Cristo. O batismo é a figura daquilo que Deus, por meio do seu Espírito Santo, operou em nossa vida. Portanto, o batismo representa a salvação, mas não salva.
Remissão de pecados pelo Batismo
“Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não
cometeram pecado pessoal.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 403
A Igreja Católica ministra o batismo com dois propósitos: anexar o batizado à Igreja e perdoar seus pecados. Outras religiões também têm o batismo como um sinal ou um pacto que é feito entre o batizado e a religião na qual recebeu o batismo. Entretanto, a Bíblia não ensina nada disso sobre o batismo.
O propósito do batismo é evidenciar a conversão, isto é, representar ao mundo, de forma exterior, a conversão espiritual de uma pessoa. Desta forma, o batismo marca o ingresso da pessoa na vida Cristã, como uma representação de sua entrega a Deus. Não é no momento do batismo que uma pessoa torna-se Filha de Deus ou Cristã, pois ela já se converteu espiritualmente e já faz parte do povo de Deus, o batismo é somente uma representação externa.
A Igreja Católica Romana ministra o batismo às crianças e adultos também com o propósito de perdoar seus pecados. A Bíblia, por outro lado, não ensina que o batismo tem função de lavar ou causar o perdão de pecados, pois isto só pode ser feito através do sangue de Jesus Cristo (veja 1Jo 1:7).
A Igreja Católica sugere algumas passagens Bíblicas onde, segundo creem, o perdão de pecados por meio do batismo está evidenciado. Vejamos os mais comuns:
I. Pedro em Atos 2:38
O versículo em questão diz: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Este versículo é de difícil compreensão e só pode ser respondido à luz da gramática grega e do contexto hermenêutico Bíblico. A palavra grega traduzida como “para” no texto é eis (do grego “εις”) que pode significar muitas coisas sendo ela uma preposição de referência para indicar relação entre duas coisas. Ela contém vários significados, podendo ser entendida, por exemplo, como a causa de alguma coisa, o que seria expresso como: “devido à” ou “resultante de”. Assim, o que Pedro quis dizer foi que as pessoas se arrependessem e que elas deveriam ser batizadas em resultado da remissão de seus pecados. Isso é evidente pelo fato de que o batismo só é ministrado após a conversão e nunca antes. Várias vezes encontramos na Bíblia expressões do tipo: “e muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados” (At 18:8). Perceba a ordem: creram e depois foram batizados. O batismo é a representação exterior do que ocorreu no interior da pessoa. É esse sentido que Pedro emprega em sua frase.
II. Saulo em Atos 22:16
O texto diz: “E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele”.
Esse texto é muito citado pelos defensores da doutrina da remissão batismal, mas não ensina que o batismo purifica pecados. O texto está da seguinte forma na Bíblia Católica Edições Paulinas: “E agora, o que estás esperando? Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome!”. O leitor já deve ter percebido que as expressões “recebe o batismo” e “purifica-te dos teus pecados” não apresentam relação entre si, ou seja, são efeitos distintos resultantes do ato registrado no final: “invocando o nome dele”. Explicando melhor, Saulo receberia a purificação de seus pecados pela invocação do nome de Jesus e não pelo batismo. Assim sendo, este texto não ensina que o batismo lava pecados.
Além destes dois, outros textos da Bíblia são usados pelos defensores de tal doutrina, mas como vimos, são textos muito mal interpretados.
O batismo não lava pecados e isto é facilmente compreendido no Novo Testamento. Não é a água que purifica, mas o sangue! Diz a Bíblia: “e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap 7:14); e em outra parte: “e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1:7).
Caro leitor, crer que o batismo purifica pecados é irracional. Ora, acaso quem batiza uma vez deixa de pecar para sempre? E se esse alguém pecar depois de ter sido batizado? Vai ser batizado novamente? A Bíblia ensina que há um só batismo (Ef 4:5). Então como se dá o perdão de pecados? Pelo arrependimento e pela confissão! Jesus começa a mensagem evangélica dizendo: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” (Mt 4:17). Quando o apóstolo Pedro estava no templo, logo depois de curar um paralítico na entrada, disse: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados,” (At 3:19). Da mesma forma, afirma o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1:9).
Deus é quem perdoa nossas falhas e transgressões, não pelo batismo, mas pelo quebrantamento do nosso coração, pelo nosso arrependimento, pela confissão de nosso pecado e pelo poder que há no sangue de Jesus.
O Batismo de Crianças
“A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1252
A prática de batizar crianças é chamada de Pedobatismo. Foi iniciada no século II e não há nenhum indício de que era praticada pelos apóstolos. Neste mesmo século, o pedobatismo causou a primeira grande desfraternização entre igrejas Cristãs que discordavam acerca de tal prática. Isso prova historicamente que o costume de batizar crianças não foi ensinado e nem praticado pelos apóstolos.
O Catolicismo sugere alguns textos Bíblicos que utilizam a expressão do batismo em “casas inteiras” para justificar esta prática. Abaixo estão listados os versículos em que podemos encontrar uma expressão similar:
“Depois que foi batizada, ela e a sua casa,“ (At 16:15)
“foi batizado, ele e todos os seus” (At 16:33)
“batizei também a família de Estéfanas” (1Co 1:16)
Ora, estes textos dizem que alguma criança foi batizada? Se lermos todos eles dentro de seus respectivos contextos, poderemos perceber a presença de três características em comum:
- A Palavra foi pregada a alguém – At 16:14, 16:32 e 1Co 1:17
- Foi recebida e por isso foram batizados – At 16:14, 16:34
- Nenhuma criança é mencionada
Além destes, os defensores do pedobatismo ainda citam o texto de Atos 2:39 para tentar aprovar tal prática: “Porque a promessa vos pertence a vós, a vossos filhos”. Uma lida no contexto deste último versículo pode mostrar claramente que Pedro não estava se referindo a crianças, mas sim às futuras gerações de crentes.
Portanto, a Bíblia não dá margem para o pedobatismo. Diante de tal fato, pergunto aos Católicos sinceros em sua fé: por que devemos crer em algo que a Bíblia não ensina?
Os apologistas Católicos ainda citam o pacto de Abraão (a circuncisão, veja em Gênesis capítulo 17), que era feito em crianças, comparando-o com o batismo. Questionam eles: se a circuncisão era feita em crianças, por que não podemos batizar crianças? Ora, a diferença entre circuncisão e o batismo é imensa. A circuncisão era sinal do pacto de Deus com o povo hebreu e prefigurava a Nova Aliança do sangue de Jesus Cristo (leia 1Co 11:25), não tem absolutamente nada a ver com o batismo. Jesus, por exemplo, foi circuncidado quando criança (Lc 2:21), mas só foi batizado quando já era adulto (Lc 3:21). Além disto, a Bíblia não cria nenhum paralelo entre circuncisão e batismo, mostrando que não há nenhuma relação entre eles.
Alguém ainda poderia perguntar: por que os Evangélicos não batizam crianças? Que mal há nisso? Respondo que não há nenhum mal, no entanto, o batismo é uma representação exterior da conversão interior de uma pessoa. Como uma criança que nem mesmo sabe o que é pecado pode se arrepender de seus pecados? Ninguém pode ser obrigado a servir a Deus e muito menos ingressar na fé Cristã de forma involuntária. Para que uma pessoa possa se batizar existem quesitos como o arrependimento, a fé e a consciência de compromisso com a Palavra de Deus. Como uma criança poderia se arrepender de alguma coisa? Como ela poderia ter fé em Deus ou firmar um compromisso com ele sem nem mesmo saber falar?
Por estes motivos e segundo o exemplo Bíblico, nós Evangélicos ministramos o batismo somente a pessoas que alcançaram a maturidade necessária para tomar a decisão de aceitar a Jesus como Senhor e Salvador e ter uma consciência exata do que o batismo representa e de sua importância.
Presas ao poder das trevas
“Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1250
Dentre os vários absurdos espalhados pelas várias doutrinas Católicas, eu considero este um dos piores. O Vaticano afirma que crianças e recém-nascidos que ainda não foram batizados estão “presos ao poder das trevas”. Isso é biblicamente absurdo! Nenhuma passagem da Bíblia ensina que as crianças estão presas ao poder das trevas e muito menos que o batismo opera a libertação de tal prisão. Gostaria de perguntar ao caro leitor: onde a Bíblia ensina isso? Vamos analisar dois pontos muito importantes dentro deste tema:
- A. A questão do Pecado Original
Alguém poderia levantar a questão: e o pecado original? Bem, para explicar isso, primeiro temos que entender o que é o pecado original e como ele nos afeta.
O pecado original, assim chamado, é a semente de imperfeição que herdamos de nossos pais. Não é um pecado em si, mas uma natureza decaída e propensa a pecar. Explicando melhor, o pecado original é a herança de uma natureza corruptível manchada pelo pecado que afeta o homem por inteiro: corpo, alma e espírito. A influência do pecado original resulta na moralidade corrupta e não no pecado em si. Desta forma, uma criança que ainda não cometeu pecados pessoais tem um espírito totalmente puro e inocente, ainda que sua natureza herdada seja imperfeita e decaída por causa do pecado original. A Bíblia fala sobre o pecado original em várias passagens como: Rm 5:12-19; Gl 5:19-21; Ef 2:1-3; são só alguns exemplos.
Como podemos ver, o pecado original não prende ninguém ao poder das trevas. A Bíblia ensina: “Não se farão morrer os pais pelos filhos, nem os filhos pelos pais; cada qual morrerá pelo seu próprio pecado” (Dt 24:16); e em outra parte: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho,” (Ez 18:20). Nenhuma pessoa carrega sobre si a culpa pelo pecado de Adão, mas sim a natureza decaída resultante de tal pecado. Assim sendo, nenhuma criança pode estar presa ao poder das trevas em razão do pecado original, pois seu espírito é puro e inocente.
O Mestre dos mestres nos deixou um testemunho muito claro e evidente sobre a perfeição espiritual dos pequeninos. Jesus, em um dos episódios mais famosos da Bíblia, disse que as criançinhas (que provavelmente não foram batizadas) pertencem ao “reino dos céus” (Mt 19:14). Como pode alguém afirmar que as crianças estão presas ao “poder das trevas” quando Jesus diz que “delas é o reino dos céus”?
Compare a declaração da Igreja Católica com palavras de Jesus em Mateus 18:1-4:
“Naquela hora chegaram-se a Jesus os discípulos e perguntaram: Quem é o maior no reino dos céus? Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, quem se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”.
Veja que Jesus diz que devemos ser como crianças, pois elas são exemplos de humildade e sinceridade para nós. Acaso Jesus falaria desta forma se elas estivessem “presas ao poder das trevas”? Como imitaremos alguém que está “preso ao poder das trevas”?
Vejamos outro caso interessante que está escrito em Mateus 21:15-16:
“Vendo, porém, os principais sacerdotes e os escribas as maravilhas que ele fizera, e os meninos que clamavam no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se, e perguntaram-lhe: Ouves o que estes estão dizendo? Respondeu-lhes Jesus: Sim; nunca lestes: Da boca de pequeninos e de criancinhas de peito tiraste perfeito louvor?”
Jesus responde aos sacerdotes citando o Salmo 8:2 que diz: “Da boca das crianças e dos que mamam tu suscitaste força,”. Caro leitor, como Deus pode suscitar força para um perfeito louvor da boca de alguém que está “preso ao poder das trevas”? Como o ensinamento Católico pode estar de acordo com a Bíblia? Pense nas palavras de Jesus: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus.” (Mt 19:14).
Conclusão
Neste capítulo abordamos o tema do batismo dentro da doutrina Católica. Creio que não restaram dúvidas sobre o significado real do batismo. A doutrina Católica não resiste a um combate com a luz das Escrituras, antes se mostra falha e sem bases. Vimos que o Catolicismo afirma o seguinte sobre o batismo:
O batismo não é necessário para a salvação e nem lava pecados. Somente a fé em Jesus Cristo salva (Jo 3:16; At 16:31; Ef 2:8-9) e somente o sangue de Jesus pode nos purificar de todos os pecados (1Jo 1:7).
O apóstolo Paulo nos fala sobre o significado do batismo:
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” (Rm 6:4)
O que Paulo está dizendo é que o batismo representa a nossa morte para o mundo e o nosso ressuscitar para Deus em novidade de vida, não uma libertação do poder das trevas e um perdão de pecados como afirma a Igreja Católica. Desta forma, vemos que os ensinos Católicos sobre o batismo não têm bases Bíblicas e por isso volto a questionar: devemos crer na doutrina batismal Católica?
O Concílio de Trento afirma em sua sétima sessão, parágrafo 859: “Se alguém disser que na Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, não reside a verdadeira doutrina acerca do sacramento do Batismo — seja excomungado”.
Eu creio que a verdadeira doutrina acerca do batismo está na Bíblia, que é a única regra de fé para o Cristão. A Bíblia é “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12). Jesus disse que “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt 24:35). Ele também testificou sobre a veracidade das Escrituras dizendo: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (Jo 5:39); e o apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo registrou que “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3:16).
Se o leitor for Católico, pergunto-lhe: a verdadeira doutrina acerca do batismo está contida na Bíblia ou na Igreja Católica? Pense bem nisto.
Perguntas para meditação:
Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia” – Rafael Nogueira
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- B. O Testemunho de Jesus Cristo
- O batismo é necessário para a salvação
- Há remissão de pecados através do batismo
- Sem o pedobatismo, as crianças estão presas ao poder das trevas
- A Bíblia ensina que o batismo é necessário para a salvação?
- O que lava pecados: o batismo ou o sangue de Jesus?
- O pecado original pode ser lavado pelo batismo? O que a Bíblia diz à respeito?
- Por que motivo devemos crer no pedobatismo? Onde a Bíblia ensina tal coisa?
- As crianças que não foram batizadas estão “presas ao poder das trevas”? O que Jesus diz à respeito disto em Mateus 19:14?
- A Bíblia se revela completa e acabada (veja Ap 22:18-19). Devemos crer em algo que a Bíblia não nos ensina?
- A doutrina verdadeira do batismo está realmente na Igreja Católica?
A veneração de Maria
“Com efeito desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades (…) Este culto (…) embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encanado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente ”; este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração Mariana, tal como o Santo Rosário, “resumo de todo o Evangelho”.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 971
Os Evangélicos e Protestantes têm, desde a reforma até os dias atuais, apregoado que o Catolicismo é um sistema idólatra. Os Católicos, por sua vez, sempre se defenderam de tal acusação da forma que lhes era possível. Se o caro leitor for Católico, sinta-se convidado a analisar de forma sincera as ideias que irei propor neste item, pois considero esse assunto um dos mais importantes dentro da doutrina Mariana do Catolicismo.
A citação retirada o Catecismo da Igreja Católica afirma que Maria não é adorada, mas tão simplesmente venerada e honrada com um culto particular que difere do culto prestado unicamente a Deus. Tentando aperfeiçoar este argumento, a Igreja Católica criou três tipos de culto com definições e alvos diferentes. Entendamos estes três tipos:
a) Dulia
A palavra Dulia vem do grego Douleuo (no original “δουλεύω“) que significa “servir como escravo, subservente”. Este verbo é usado em passagens como Mt 6:24 e At 20:19 para expressar nosso dever de servir a Deus. A Igreja Católica ensina que este “tipo de culto” é prestado aos Santos.
b) Hiperdulia
Não há menção deste termo nas Escrituras. A Igreja Católica ensina que este “tipo de culto”, que é prestado unicamente à Maria, é um culto maior do que o de Dulia, porém menor que o de Latria. Seria um culto intermediário; maior que o prestado aos santos e menor que o prestado a Deus.
c) Latria
A palavra Latria em do grego Latreia (no original “λατρεία”) que significa adoração no sentido de culto, ritos e cerimônias. Este verbo é usado em passagens como Mt 4:10 e Hb 9:1 onde expressa serviço devido unicamente a Deus. A Igreja Católica ensina que este “tipo de culto” é prestado somente a Deus.
O Catolicismo ensina que o culto espiritual pode ser divido em tipos que diferem entre si. Ensinam que, assim como o amor de uma mulher pelo seu esposo difere de seu amor por seus filhos, assim também seu culto a Deus difere de seu culto à Maria e aos santos. Entretanto, existe uma grande diferença nesta comparação. O amor de uma mulher, em sentido absoluto, não é exclusivo do marido, ela pode e deve amar todas as pessoas, como o próprio Jesus nos ensina (Jo 13:34). Desta forma, surgem vários tipos de amor que também variam de intensidade. O amor de uma pessoa por outra pode ser maior ou menor.
A Bíblia nos ensina que o nosso culto é exclusivo para Deus. Jesus ensina que “Ninguém pode servir a dois senhores;”(Mt 6:24a). Neste verso, a palavra no original grego para servir é douleuo, que é o tipo de culto que a Igreja Católica aplica aos santos. Agora, uma pessoa pode muito bem amar duas outras pessoas, não é verdade? No entanto, Jesus ensina que ninguém pode servir (do grego douleuo) a dois Senhores. Pergunto ao caro leitor: diante destas palavras de Jesus Cristo, você acha que uma pessoa pode cultuar (douleuo) a Deus e à Maria ao mesmo tempo? Se o leitor acha que não, então pergunto: a quem se deve cultuar (douleuo)? A Maria e os santos ou a Deus? Leia todo o versículo de Mt 6:24 para garantir sua resposta.
Gostaria de analisar mais profundamente este assunto, apresentando quatro argumentos contra a dulia e a hiperdulia prestados aos santos e Maria.
1º Argumento: As orações
A Igreja Católica ensina que é bom fazer orações aos santos e à Maria, como já vimos anteriormente. A palavra grega para oração é proseuche (no original “προσευχή”) que tem sentido de adoração e é usada em vários casos (Mt 21:13, 22; Lc 1:13; At 1:14; Ef 6:18; Fp 1:9). Outra variante muito usada no grego é a palavra proseuchomai (no original “προσεύχομαι) que também significa oração, porém com sentido de adoração, súplica, usada em casos como o de 1Ts 5:17.
O caso mais clássico é que a palavra adorar (culto que a Igreja Católica diz prestar unicamente a Deus) vem do latim “Adorare” que significa literalmente “fazer oração”. Assim, fazer oração não seria o mesmo que adorar? Render súplicas, orações e clamores a Deus não é uma forma de adorá-lo? Quando rendemos súplicas, orações e clamores a qualquer criatura, não estamos praticando um culto idólatra? Finalmente pergunto: existe diferença entre dulia, hiperdulia e latria quando estamos fazendo uma oração, uma vez que fazer oração é o mesmo que adorar?
2º Argumento: Dulia e Hiperdulia na Bíblia
A Bíblia não apresenta três tipos de culto, mas um único tipo de culto que só é devido a Deus. O próprio Deus fala aberta e diretamente a sua lei: “Não terás outros deuses diante de mim.” (Êx 20:3), isto é, Deus não queria que seu povo dividisse a glória que é dele para outras criaturas. Isto se evidencia muito claramente quando Deus diz: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei,” (Is 42:8).
Desta forma, podemos perceber claramente que não existe tipos de culto na Bíblia, mas tão somente um único, devido somente a Deus. As palavras de Jesus em Mt 4:10 são bem claras: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto”; culto espiritual é devido somente a Deus. Toda vez que este culto é direcionado a uma criatura torna-se um culto idólatra (Êx 23:24; Dt 4:19; Jz 3:6,7; 1Sm 15:23; 2Cr 14:3; Sl 106:36; At 7:41-42).
A Bíblia nos ensina a honrar todos os homens (Fp 2:29; 1Pe 2:17), mas não nos ensina a cultuá-los. Será que realmente existe diferença entre hiperdulia e latria como quer a Igreja Católica? Ou seriam apenas palavras diferentes para o mesmo ato? Como já vimos, não existem três tipos de culto, mas apenas um, o qual é devido somente a Deus.
3º Argumento: A Bíblia não nos ensina a cultuar Maria
Em nenhuma parte da Bíblia encontramos qualquer tipo de sugestão de uma superioridade de Maria em relação aos demais Cristãos. Pelo contrário, encontramos várias passagens onde sua igualdade conosco é afirmada. Senão vejamos:
“Ora, enquanto ele dizia estas coisas, certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste.” (Lc 11:27)
A mulher citava Maria, tentando engrandecê-la. Jesus tinha a oportunidade perfeita para ensinar a superioridade de sua mãe terrena. Mas será que ele o fez? Veja a resposta de Jesus: “Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam.“ (Lc 11:28). Por que Jesus não difundiu a superioridade de sua mãe? Por que ele não concordou com a afirmação da mulher? Perceba que Jesus ensinou que antes, ou seja, mais bem- aventurados são os que ouvem a palavra e a observam. Esta fala de Jesus simplesmente destrói o argumento do clero romano de que Maria é superior ou merece algum culto por ter sido a mãe de Jesus.
A verdade é que Maria foi mais bem-aventurada por ter aceitado a vontade de Deus, do que pelo fato de ter sido mãe de Jesus. Agora, ter aceitado a vontade de Deus a torna digna de ser cultuada ou a torna superior a alguém? Vejamos outro caso:
“Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo. Ele, porém, respondeu ao que lhe falava: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.“ (MT 12:48-50).
Jesus estava no meio de uma pregação e sua mãe e seus irmãos queriam interrompê-lo. Jesus novamente teve a oportunidade de afirmar a superioridade de sua mãe, mas ele fez o contrário. Ele estende sua mão para seus discípulos e diz que eles eram a sua família, não por serem de sangue, mas por fazerem a vontade do Pai. Jesus estava ensinando que o título de mãe de Jesus não era um fator de engrandecimento para Maria, pois todos podemos ser mãe, irmãos e irmãs de Jesus, basta que façamos a vontade de Deus.
Isso nos leva a uma compreensão maior do caso das bodas de Caná (Jo 2:1-10), onde Maria intercedeu pelos noivos. Maria não obteve êxito em seu pedido por ser mãe de Jesus e por isso ser superior ou ter privilégios especiais, mas sim por fazer a vontade de Deus. Veja o que Jesus ensina em Lucas 11:5-10:
“Disse-lhes também: Se um de vós tiver um amigo, e se for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu, estando em viagem, chegou a minha casa, e não tenho o que lhe oferecer; e se ele, de dentro, responder: Não me incomodes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para te atender; digo-vos que, ainda que se levante para lhos dar por ser seu amigo, todavia, por causa da sua importunação, se levantará e lhe dará quantos pães ele precisar. Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.”
O que Jesus ensinou nesta parábola foi exatamente o que Maria usou: persistência e fé. Quando Maria fez o pedido a Jesus dizendo que o vinho havia acabado, Jesus lhe respondeu: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegado a minha hora.” (Jo 2:4). Maria desistiu? Não; continuou a bater na porta e declarou com fé: ”Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2:5). Jesus atendeu ao pedido de Maria, não por que ela era sua mãe, mas sim porque ela fizera do jeito que Jesus ensinou. Portanto, a frase que muitos Católicos utilizam – Pede à mãe que o filho atende – não tem respaldo Bíblico algum.
Ainda para reforçar esta ideia, a Bíblia nos mostra outra intercessão que obteve êxito por causa da insistência e da fé:
“Ora, partindo Jesus dali, retirou-se para as regiões de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, provinda daquelas cercania, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim, que minha filha está horrivelmente endemoninhada. Contudo ele não lhe respondeu palavra. Chegando-se, pois, a ele os seus discípulos, rogavam-lhe, dizendo: Despede-a, porque vem clamando atrás de nós. Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então veio ela e, adorando-o, disse: Senhor, socorre-me. Ele, porém, respondeu: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ao que ela disse: Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! seja-te feito como queres. E desde aquela hora sua filha ficou sã” (Mt 15:21-28).
Caro leitor, você pôde perceber que as atitudes desta mulher Cananéia foram as mesmas de Maria? Ela não agiu com insistência e com fé? Por que Jesus atendeu seu pedido? Por que ela era especial? Certamente que não; pelo contrário, ela era a menos especial possível, pois era gentia e Jesus não tinha a missão de atender gentios durante seu ministério terreno. Então por que ele a atendeu? Se Maria fez Jesus adiantar sua hora, esta mulher não fez Jesus abrir uma exceção em sua importante missão? Sim, pois ambas tiveram fé e pediram com insistência, por este motivo as duas alcançaram o que pediram, não porque eram especiais, mas porque agiram da forma de que Deus se agrada.
Caro leitor: Jesus ensinou a superioridade de Maria? A Bíblia ensina a superioridade de Maria? Ensina-nos a cultuá-la? Ensina que devemos prestar hiperdulia a ela? Certamente o leitor já deve ter uma resposta para estas questões. No entanto, resta ainda o último argumento.
4º Argumento: Onde estão os exemplos?
Outro ponto interessante que deve ser analisado é este: durante seu ministério terreno, Jesus foi adorado (Mt 2:11, 14:33, 28:17), servido (Mt 8:15; Mc 15:40-41) e honrado (Mt 26:6-7). Ele ajuntava multidões para ouvir suas palavras e verem seus milagres e prodígios. As pessoas ouviam falar de Jesus e das grandes coisas que ele realizava e isso as levava a procurá-lo.
Diante destas verdades, surge a pergunta: onde estava Maria? Onde estava a hiperdulia? A Bíblia não narra nenhuma ocasião onde Maria tenha sido venerada, procurada ou honrada. Nem mesmo depois da ascensão de Jesus os apóstolos falam sobre uma “peregrinação à casa de Maria” ou algo do tipo. Em nenhuma das cartas existe qualquer alusão a uma hiperdulia e nem no livro do apocalipse Maria é citada como alvo de um culto especial. Onde está, pois, a tão importante hiperdulia?
Gostaria de completar estes quatro argumentos com três perguntas simples: onde a Bíblia ensina uma superioridade de Maria? Onde a Bíblia ensina que devemos cultuá-la? Onde a Bíblia ensina que existem três tipos de culto? Se o leitor for Católico, pense nestas questões de forma sincera, Deus deseja que todos “cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4).
Conclusão
Muitos Católicos dizem que nós Evangélicos odiamos Maria e gostamos de ridicularizá-la e ofendê-la. Isso não é verdade. É claro que existem maus exemplos, como em todos os lugares existem pessoas mal intencionadas. Existem Evangélicos que realmente desrespeitam Maria sem razão. No entanto, estes poucos maus exemplos são exceções e não podemos fazer da exceção uma regra.
Os Evangélicos em geral, têm grande consideração com Maria. Certa vez, eu estava fazendo uma pesquisa na internet e vi um site dizendo: “Os protestantes fazem de tudo para exaltar o pastor e rebaixar Maria”. A verdade não é esta. Nós não rebaixamos Maria, nós apenas não a engrandecemos além do que a Escritura nos permite dizer. Tudo o que nós Evangélicos afirmamos sobre Maria, podemos provar como uso da Palavra de Deus. Se dissermos que ela foi uma mulher cheia da graça de Deus, podemos provar em Lucas 1:30; se dizemos que ela é bem-aventurada, podemos provar isto em Lc 1:48; se dizemos que ela é bendita entre as mulheres, podemos provar isto em Lc 1:42; se dizemos que ela foi uma fervorosa serva de Deus, podemos provar isto em At 1:14. Mas, se dissermos que ela é rainha do céu, onde provaremos isto? Se dissermos que ela é medianeira e intercessora, onde provaremos isto? Se dissermos que ela é imaculada, onde provaremos isto?
Nós Evangélicos odiamos Maria? Nada está mais longe da verdade. Nós a consideramos uma grande serva de Deus, um exemplo a ser seguido. Nós só procuramos, de forma humilde e de acordo com a vontade do Senhor, não criar dogmas e doutrinas sobre Maria que não estão dispostas na Bíblia. Só queria deixar isto bem claro: Maria foi uma grande mulher e uma grande serva de Deus, nada além disso.
Durante este capítulo, vimos que a Igreja Católica ensina o seguinte sobre Maria:
- Maria nasceu sem pecado e nunca pecou
- Maria teve só um filho
- Maria é medianeira dos homens
- Foi assunta ao céu de corpo e alma
- Deve-se venerar, respeitar e orar a Maria
Dentre as várias doutrinas da Igreja Católica, a mais forte e mais arraigada no coração dos fiéis é a doutrina Mariana. Isso ocorre, pois a figura de Maria é amplamente divulgada no mundo; é um símbolo do evangelismo Católico mundial. A cada ano, milhares de fiéis fazem peregrinações à lugares onde Maria teria supostamente aparecido, esperando receberem milagres. Como isso estaria de acordo com a palavra de Deus?
É interessante pensar no fato de que tudo o que a Igreja Católica ensina hoje sobre Maria era desconhecido na era apostólica. Por que Paulo, João, Tiago, Judas, nunca ensinaram alguma doutrina sobre Maria? Se Maria é tão importante a ponto de ser extremamente engrandecida pela igreja, por que a Bíblia fala tão pouco sobre ela? Estas são perguntas válidas que deveriam ser examinadas com mais apreço pelos Católicos.
Resta ainda aos amigos Católicos responderem a algumas perguntas. Se a Bíblia é a palavra inspirada de Deus (1Tm 3:16) e ela é a verdade absoluta (Jo 17:17), logo tudo que está fora da Palavra é equívoco e portanto irreal. Paulo nos diz:“para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito,” (1Co 4:6). Pensem os sinceros: Será que o que o Vaticano fala sobre Maria está realmente de acordo com a Bíblia? Será que o que o Catolicismo ensina realmente procede de Deus? Será que você, amigo Católico, realmente está na fé certa? Paulo nos diz: “Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé;” (2Co 13:5). Não estou falando de uma religião ou de uma crença religiosa, mas do autêntico Cristianismo ensinado por Jesus e pelos apóstolos, a verdadeira palavra de Deus, da qual Tiago diz: “recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas.” (Tg 1:21).
Deus deseja que cada Católico chegue ao conhecimento da verdade plena. A Palavra de Deus não mente, mas os homens sim. A Bíblia afirma que “Maldito o homem que confia no homem,” (Jr 17:5a), isto porque os homens mentem e podem ser lobos devoradores em pele de cordeiros. Por este motivo é que a Bíblia chama aos Tessalonicenses de nobres em At 17:11, pois eles verificavam o que Paulo e Silas diziam nas escrituras. Da mesma forma caro amigo Católico, não quero que acredite em minhas palavras, mas sim no que a Bíblia diz. Faça como os nobres Tessalonicenses: verifique nas Escrituras para se certificar do que é e o que não é verdade.
Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia”
Os santos fazem milagres?
Geralmente os católicos fazem referências aos milagres dos “santos” para se defenderem. Mas, Apocalipse 16.19; 2 Tessalonicenses 2.9; Apocalipse 13.13 e Mateus 24.24 provam que não é bom negócio nos conduzirmos cegamente por milagres. Os católicos precisam saber que há muitos “prodígios” no Kardecismo, na Umbanda, no Candomblé, no Espiritismo europeu, na Igreja Messiânica Mundial, no Budismo, bem como em muitas outras religiões e seitas. Estão todas certas?
Já dissemos e provamos à luz da Bíblia e da História que os “cristãos” fizeram uma mistura de Cristianismo com o paganismo e que desse sincretismo surgiu o que hoje se conhece pelo nome de Igreja Católica Apostólica Romana, a qual, através do que seus adeptos chamam de culto aos santos e às imagens, perpetua o paganismo. Isto já está provado. Provamos inclusive que o clero católico não ignora isso. Contudo, voltamos a exibir provas de que esta afirmação é feita baseada na História Universal e também na Bíblia. A História Universal nos fala da mitologia greco-romana, babilônica, africana, etc., segundo as quais existia (e em alguns lugares ainda existe) um deus ou deusa para cada coisa, enquanto a Bíblia nos dá os nomes de alguns desses deuses, confirmando a História. Ei-los: Dagom (Juízes 16.21-30), Moloque (1 Reis 11.7), Diana (Atos 19.23-37), Rainha do Céu (Jeremias 7.18; 44.17), etc.
É bom lembrarmos que a Bíblia não ensina que as almas dos mortos salvos estejam em condição de ouvir as nossas orações e repassá-las para Cristo. Onde está escrito na Bíblia que Maria, a mãe de Jesus, ou quaisquer outros servos de Deus tenham recebido, ao morrerem, o atributo da onipresença? Claro, para que tais santos atendam as orações dos seus devotos, que de todas as partes do mundo oram a eles simultaneamente, necessário se faz que sejam onipresentes ou dotados de onisciência, para deste modo tomarem ciência lá do Paraíso Celestial, onde estão, das preces de seus pedintes, bem como para se certificarem se seus orantes estão ou não orando com fé, já que a Bíblia diz que sem fé não se obtém a graça pedida. Logo, sendo esse negócio de orar a Maria, ou a qualquer cristão canonizado pelos papas, uma doutrina estranha à Bíblia, nos resta saber de onde veio isso. E, como já vimos, veio do paganismo. Não foi lendo a Bíblia que os católicos aprenderam isso. É por isso que os padres não cessam de citar a tal de “Tradição” para se defenderem, quando, empunhando Bíblias, anunciamos que o Catolicismo não é bíblico. Ora, é muito estranho Deus não ensinar uma única vez, em toda a Bíblia, o livro que se proclama completo (Apocalipse 22.18,19), capaz de nos preparar para toda a boa obra (2 Timóteo 3.14-17), e nos conduzir à vida eterna (Jo 20.30-31), a mediação dos santos. Não é isso curioso?. É, sim, muito lógico concluirmos que, se os servos de Deus que morreram, estão em condição de ouvir as nossas rezas e repassá-las para Cristo, como o ensinam os padres, que essa doutrina esteja exarada nas páginas da Bíblia. Mas, pasme o leitor, a Bíblia não ensina isso nem mesmo vagamente. Pelo contrário, a Bíblia nos diz que Abraão nem mesmo nos conhece, isto é, ele nem sabe que existimos (Is 63.16). Essa doutrina é oriunda da arbitrariedade dos papas que, dizendo-se infalíveis em matéria de doutrina, se vêem no direito de pregar o que bem entendem. Mas, como disse Jesus, “se um cego guiar o outro, ambos cairão no barranco” (Mateus 15.14). Logo, não os sigamos, pois do contrário, cairemos no buraco com eles, isto é, iremos com eles para o Inferno.
Cremos piamente que se os santos estivessem em condição de atuar como medianeiros entre Cristo e nós, que isso teria sido registrado na Bíblia, visto estar escrito que “o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3.7). Sim, se Deus elevou os santos a medianeiros, então Ele mandou os profetas registrar isso. E, se isso não está registrado, é porque se trata duma doutrina espúria. Isto é o que diz Amós 3.7, acima transcrito. Isaías 8.20 também revela que toda doutrina tem que estar respaldada pela Bíblia. Caso contrário, é sofisma: “À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra nunca verão a alva”.
Uma prova de que não é um procedimento cristão orar aos santos, pedindo a eles que roguem por nós, é o fato de o povo de Deus nunca ter recorrido a esse expediente uma só vez sequer. Talvez alguém alegue a possibilidade desse fato ter ocorrido, sem, contudo, ter sido registrado. Mas o registro de inúmeras orações bíblicas, das quais citamos uma minúscula parte em 1.2.2, é prova cabal de que não podemos admitir tal possibilidade nem mesmo remotamente. Por que não encontramos um só versículo falando da mediação dos santos? Por que os apóstolos não oraram uma só vez a Isaías, a Malaquias, a Ezequiel, a Elias, a Moisés, a Abraão, a Abel, a Noé e assim por diante? E se oraram aos profetas, por que não foi registrado? E, se alguém disser que tais rezas constam só da Tradição, perguntamos: Por que Deus empreenderia selecionar, para fins de registro, somente as orações a Ele? Será que não se está inventando moda? Vale a pena fazer isso? Lembre-se: Provamos acima que o que Deus quer que saibamos para sermos salvos e servirmos a Ele como convém, está registrado na Bíblia. Logo, a Bíblia nos basta.
Antes da degradação datada do IV século, que deu origem ao Catolicismo, já existiam alguns “cristãos” pregando heresias de arrepiar, como o batismo pelos mortos (século I [1Co 15.29]), a libertinagem (século I [Jd 4]), a negação da ressurreição (século I [2Tm 2.18]), orações à “Mãe de Deus” (século III), etc. Logo, o que ocorreu no início do 4º século não foi o surgimento das heresias entre os cristãos, mas sim, o aumento do número de falsos cristãos entre os fiéis, o que facilitou a inserção das heresias no corpo de doutrinas da sobredita Associação de Igrejas.
Os líderes da referida Associação de Igrejas tornaram-se mais tarde tão endiabrados que, além de coagir os pagãos à conversão ao “cristianismo” (como vimos acima), passaram a matar os cristãos que ousavam discordar de suas esdrúxulas doutrinas. Sim, o “cristianismo” oficial, cujos líderes (papas) durante séculos exerceram autoridade até sobre muitos reis e governadores, promoveu fortes perseguições aos verdadeiros cristãos. Criou-se uma tal de “Santa Inquisição”, que de santa só tinha o nome, para julgar e torturar até à morte os verdadeiros cristãos, bem como todos os que divergissem da religião oficial, que a essa altura tornara-se conhecida pelo nome de Igreja Católica Apostólica Romana. Referindo-se a isso, disse o Doutor Marcos Bagno: “…Como se sabe… depois da instituição do cristianismo como religião oficial do império romano…Quem se desviasse desses dogmas era acusado de heresia e condenado às mais diversas punições, como o exílio, a prisão, a tortura e a morte na fogueira…” (Marcos Bagno. Preconceito Lingüístico, 23ª edição, abril de 2003, Edições Loyola: São Paulo, página 156. Ênfase no original [Obs.: O Dr. Marcos Bagno pronunciou assim de passagem, pois o livro de sua autoria, do qual fazemos esta transcrição, versa sobre o vernáculo português, e não sobre a Igreja Católica).
Como sabemos, o Império Romano Mundial não mais existe. Mas a referida “igreja” inovadora tem um pequeno (porém muito rico) país chamado Vaticano.
Os “cristãos” inovadores não se limitaram às inovações que eles trouxeram no início do 4o século, como veremos neste e nos demais capítulos deste livro.
No século XVI, os “cristãos” inovadores sofreram um violento golpe, pois alguns de seus líderes, lendo a Bíblia, concluíram que estavam enganando e sendo enganados. E por isso pregaram dentro das igrejas católicas o que alguns grupos cristãos já vinham fazendo há séculos, em meio às torturas e morte nas fogueiras da “Santa” Inquisição. Os papas tentaram e tentam refrear este movimento, mas não conseguem, porque “O SENHOR DOS EXÉRCITOS ESTÁ CONOSCO”, afirmam os integrantes deste mover de Deus!
Extraído do livro “Análise Bíblica do Catolicismo Romano” - Pr. Elio Loiola